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Por Fabiane Pereira, jornalista
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Emicida desabafa: o Brasil não oficial precisa chegar ao poder

"Tem dois Brasis, o oficial e o não oficial. O 'oficial' é o grande freio de mão do Brasil 'não oficial', que é o Brasil que a gente ama", afirmou o rapper

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Atualizado em 16 jun 2020, 16h17 - Publicado em 16 jun 2020, 16h03

“Tem dois Brasis, o oficial e o não oficial. O ‘oficial’ é o grande freio de mão do Brasil ‘não oficial’, que é o Brasil que a gente ama”, me disse Emicida durante a entrevista que já está no ar no meu canal de Youtube, o Papo de Música. E completou: “o Brasil ‘não oficial’ precisa chegar ao poder”.

Toda semana, eu levo pro Youtube uma entrevista inédita e exclusiva com um artista ligado à música brasileira. Antes da pandemia, as conversas eram presenciais. Agora, as gravações são feitas à distância graças a ferramentas como o Zoom e o Skype.

 

Emicida (rapper, compositor, cantor, apresentador e empresário) é meu convidado esta semana. Acompanho a carreira dele há quase dez anos – a foto abaixo não me deixa mentir, foi feita em 2012, durante a passagem de som de um de seus shows no Circo Voador – e certamente ele é uma das mentes mais brilhantes da minha geração.

Imagem: arquivo pessoal (arquivo pessoal/Internet)

Nessa entrevista (longa), Emicida destrinchou elos que vê no mundo ao refletir sobre as conexões que faz nesse território de brasilidades alternativas, o vínculo entre calma e revolução e a correlação entre passado e presente. Um dos grandes responsáveis pela popularização do rap na música nacional, em sua trajetória aliou diversas sonoridades e formas de poesia, característica que viu seu auge em seu último disco, AmarElo (2019).

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Mesmo esbanjando tranquilidade – sentimento que tem ganhado espaço em sua vida como ferramenta de evolução e revolução -, o rapper não deixa de olhar questões que abalam sua calmaria e falou sobre as desigualdades escancaradas neste momento de pandemia ao destacar o caso de João Pedro, jovem de 14 anos morto dentro de sua casa pela polícia civil no Rio de janeiro. “Eu pego muitas fotos da gente no começo da Laboratório Fantasma, com todos nós moleque, sonhador. Com os mesmos corte de cabelo, o mesmo bigodinho ralo do menino João Pedro, sabe? Poxa, cara! Me falta força”, desabafa.

O artista, no entanto, acredita que o segredo para mudar a realidade está, de fato, na calma e no entendimento das diferentes formas de resistência. “Em geral, as pessoas tendem a achar que isso é abaixar a cabeça, porque a gente foi tão doutrinado a entender que resistir é ficar mordendo uma faca e pulando pro front, que a gente não consegue ler que as nossas mães foram resistência, que as nossas avós foram resistência, que os nossos pais – à maneira deles – foram resistência. Isso é uma coisa que me encanta muito, porque eu acho que é ali que tá a chave de salvação desse país”, conclui.

Minha conversa com Emicida gerou uma playlist que pode ser ouvida aqui.

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