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Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
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Beleza masculina: o melasma de Rafael Nadal

A doença, causada na maioria dos casos por alteração hormonal, gera manchas na pele e é rara nos homens

Por Daniela Alvarenga
Atualizado em 10 jul 2018, 14h21 - Publicado em 10 jul 2018, 14h19

Não é só de Copa do Mundo que vivem os espectadores apaixonados por esporte. Está acontecendo – e vai até domingo -, o tradicional Torneio de Wimbledon, com os maiores tenistas do mundo. E como o assunto neste espaço é beleza, tem chamado a atenção a pele do espanhol Rafael Nadal, o número 1 do mundo pelo ranking ATP.

Como mencionamos, uma avaliação em consultório seria necessária para o diagnóstico preciso, mas o atleta, de 32 anos, parece ser vítima de um discreto melasma. Quem pensa que a doença, provocada na maioria dos casos por alteração hormonal, atinge apenas as mulheres está enganado. Ela é rara nos homens, porém, quando ocorre, apresenta um controle mais difícil.

O melasma é caracterizado por manchas acastanhadas ou escuras na pele. Não há uma causa específica definida, no entanto, existe um componente genético e, além disso, o uso de anticoncepcionais, a gravidez e a exposição solar e à luz visível estão associados à doença. Até o stress pode estar relacionado ao descontrole na produção deste pigmento.

É na genética e na exposição solar que identificamos a possível causa do melasma de Rafael Nadal, já que o Tênis é um esporte que exige treinos diários e partidas sob sol intenso.

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Quando se trata de melasma provocado ou intensificado pelo sol, o fator de alerta é a exposição à luz ultravioleta. Os principais sintomas são manchas que começam a aparecer nas maçãs, testa, nariz e buço. Embora tenham formato irregular, elas costumam ser simétricas dos dois lados do rosto, como por exemplo, nas maçãs. É muito importante procurar um médico de confiança para acompanhar o tratamento, porque um procedimento inadequado pode agravar o estágio das manchas – ou até causar uma melhora inicial e depois voltar mais forte, o famoso efeito rebote.

A proteção solar deve ser redobrada, com filtros físicos e químicos e FPS maior que 30 – a quantidade de produto e o hábito de reaplicar nos intervalos fazem toda a diferença. O uso de bonés, óculos e roupas com FPS são importantes. No caso dos tenistas, como no de Nadal, o boné limita um pouco o campo de visão, principalmente para as bolas altas. Quem é adepto da prática de esporte ao ar livre deve procurar os horários de menor incidência dos raios UV, ou seja, antes das 10h e depois das 16h – o que para um atleta profissional, como Nadal, é algo quase impossível.

Para os que sempre perguntam: o melasma não tem cura mesmo. No entanto, ele pode ser tratado e controlado, o que significa que exige cuidado diário e para toda a vida. Quando o paciente entende isso, temos mais de meio caminho andado para o sucesso.

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O tratamento prevê uma série de iniciativas que vão desde a readaptação do estilo de vida, com uso de filtro solar, faça chuva ou sol, e rotina diária de produtos específicos, peelings e alguns (poucos) lasers. Mais recentemente, a alimentação e alguns suplementos passaram a ser usados como coadjuvantes – não chegam a ter ação direta no clareamento, mas podem ajudar no controle para não agravar a condição das manchas. E fica a dica: os tratamentos mais agressivos não são amigos do melasma.

Um pequeno melasma para um gigante Nadal.

E domingo tem final de Wimbledon e da Copa. Todo mundo vai ficar grudado na televisão sem sair de casa. Mesmo assim, nunca esqueça do filtro solar!

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