O relato do ex-jogador Marcelinho Carioca após ser liberado de sequestro
Ex-atleta chegou a gravar vídeo dizendo que havia se envolvido com uma mulher casada e por isso estava em cativeiro, mas ele diz que foi forçado
Após ser sequestrado, o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca negou a versão do vídeo divulgado anteriormente, em que apareceu com olho roxo, dizendo que havia saído com uma mulher casada e o marido dela havia pego, e uma mulher ao seu lado confirmava a história.
Em uma publicação em seu perfil no Instagram na noite desta segunda (18), ele mandou uma mensagem ao público. “Que bom estar de volta em casa, do lado de pessoas que realmente a gente ama. Toda a minha família aqui, me esperando, torcendo por mim: Luca, meu neto; Lucas, meu filho; Mateus, meu filho; Marcela, minha filha; minha netinha Louise; meu genro querido, Gabriel; minha norinha querida, Carol”, disse, ao lado dos parentes citados.
+ Prêmio Cariocas do Ano 2023 tem discursos inspirados e fortes emoções
“Não só eu tô feliz, mas muita gente que torce por mim está feliz também. Eu agradeço a Deus pela minha vida, pela vida da minha amiga, da Taís, que está agora ao lado dos seus dois filhos, ao lado das pessoas que amam ela, que é uma mulher digna, correta“, continuou Marcelinho.
Sobre a versão anterior da situação, ele garante que foi forçado a falar. “Gente, se você está com um revólver apontado na sua cabeça e você é coagido a fazer um vídeo daquele, não tem como. Você vai pensar na sua vida. Fui obrigado a fazer aquele vídeo, só que não colou”, afirmou.
Marcelinho declarou que foi ao evento Tardezinha, de Thiaguinho, na Neo Química Arena, em São Paulo, com um casal de amigos. “Somente nós três. E saí de lá sozinho. Fui encontrar os amigos e a Thaís em Itaquá (Itaquaquecetuba, na Região Metropolitana de São Paulo), para poder entregar os ingressos do show de domingo, onde eu não poderia estar presente. E eles iriam”, seguiu.
O ex-jogador contou que tudo se tratou, na verdade, de um sequestro-relâmpago. “Duas, três ruas acima, aquele baile funk, o fluxo, passando várias pessoas. Quando saí para cumprimentar todo mundo, já vieram três armados, desesperados, colocando pessoas dentro do carro. Uma terceira pessoa, quase entrando, saiu. Mas aí tudo que aconteceu dentro do cativeiro (foi) desesperador. Mas Deus deu a segunda oportunidade para a gente”, comentou.
+ VEJA Rio premia Cariocas do Ano com festa no hotel Fairmont, em Copacabana
A polícia civil indiciou seis pessoas por sequestro, extorsão, formação de quadrilha, roubo, lavagem de dinheiro e receptação, tendo como vítimas Marcelinho Carioca e Thaís Moreira. Os dois foram sequestrados no domingo (17) e libertados pela polícia militar na segunda (18). Eles estavam num cativeiro em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.
Quatro pessoas já foram presas pelos crimes: dois homens e duas mulheres. Uma delas estava no cativeiro quando as vítimas foram encontradas. Outro homem e mais uma mulher ainda são procurados.
+ Desapego feminino: Suzana Pires raspa a cabeça por personagem com câncer
A Divisão Antissequestro (DAS) de São Paulo, que investiga o caso, pediu à Justiça a prisão preventiva dos seis. Os quatro que já foram detidos passaram por audiência de custódia nesta terça (19) e tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Ao todo, dez pessoas participaram da ação criminosa. Segundo ele o delegado Fábio Nelson Fernandes, diretor da DAS, a quadrilha não planejou o sequestro de Marcelinho e da amiga. De acordo com a investigação, ele ocorreu por acaso, quando os bandidos viram o carro do atleta, um modelo de luxo.
+ Ailton Graça é o carioca do ano no cinema
Segundo a investigação, os pedidos de pagamento de resgate para libertar o ex-jogador foram feitos pelos no domingo e na segunda. Um amigo chegou a transferir dinheiro para os sequestradores. O automóvel de Marcelinho foi encontrado pela polícia militar abandonado em Itaquaquecetuba.
O delegado explicou que os criminosos forçaram o ex-atleta e a amiga a fazer o vídeo divulgado anteriormente para despistar a polícia. Denúncias anônimas levaram a PM até o local do cativeiro, também em Itaquaquecetuba.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui