O incômodo silêncio de Regina Duarte: artistas se revoltam
Secretária de Cultura mantém a rotina de ignorar solenemente a morte de brasileiros ligados às artes, irritando cada vez mais seus companheiros de classe
Com a morte da atriz e radialista Daisy Lúcidi – ela faleceu em decorrência do coronavírus na madrugada desta quinta-feira (7) – , Regina Duarte teve outra oportunidade de se manifestar publicamente sobre a perda de mais um artista brasileiro. Mas a secretária especial de Cultura preferiu manter o silêncio, assim como se calou quando Rubem Fonseca, Moraes Moreira, Luiz Alfredo Garcia-Roza e Aldir Blanc morreram. Uma exceção foi aberta para Flávio Migliaccio, com quem contracenou em “Chiquinha Gonzaga” e “Rainha da Sucata” – e, necessário destacar, a festinha para o amigo foi feita num dia de certo estranhamento com o presidente Jair Bolsonaro, quando, num ato de rebeldia, homenageou também o dramaturgo Plinio Marcos, perseguido pela Ditadura. A filha de Plinio, aliás, pediu para ela apagar a foto.
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A atitude de Regina, ainda periclitante no cargo, vem irritando seus antigos companheiros de profissão e também personalidades ligadas à cultura. Em entrevistas ou nas redes sociais, atores como Antonio Fagundes, Lima Duarte, Humberto Carrão, Tuca Andrada e Letícia Sabatella já se pronunciaram contra o incômodo silêncio da secretária, assim como a fotógrafa e diretora de arte Mari Stockler e a apresentadora Astrid Fontelle, entre outros. Veja abaixo algumas postagens.
Nesta quinta-feira, a secretária usou emojis variados para homenagear o jornalista de direita Caio Coppola, da CNN, que revelou ter testado positivo para a Covid-19 – mesmo vírus que tirou a vida de Daisy Lúcidi e Aldir Blanc. E o post em que festeja Plinio Marcos? Continua lá, apesar dos pedidos da família para que fosse apagado.
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