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Rainha da Mangueira encena Jesus mulher e não samba na Avenida

Com o propósito de levantar a bandeira do feminismo e criticar a objetificação da mulher, Evelyn Bastos entrou coberta na Avenida

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 23 fev 2020, 23h57 - Publicado em 23 fev 2020, 23h55
Evelyn Bastos: nada de samba na Avenida (Marcela Capobianco/Veja Rio)
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Apostando no bicampeonato, a Mangueira traz um enredo provocador sobre Jesus Cristo: ‘Como seria se o Salvador nascesse na favela, numa família negra?’. A rainha de bateria Evelyn Bastos encarnou, no desfile, uma figura feminina de Jesus. Coberta por um manto de cor roxa, todo bordado, ela não sambou, em sinal de respeito. “Muitas pessoas têm preconceito com o samba, a minha dança é sexualizada. Então, em respeito a quem ainda não entende a nossa cultura, vou andar pela Sapucaí, simplesmente levantando a bandeira de um Jesus feminino. Tenho certeza de que, quando chegar à dispersão, serei muito mais experiente. Quero provar que rainha de bateria pode vestir o que quiser e levantar a bandeira do feminismo.”

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