A pedido da Fiocruz, Paes vai endurecer medidas restritivas
Prefeito se diz assustado com dados divulgados por cientistas; Rio está entre os estados que passam por momento mais crítico desde o início da pandemia
A Fundação Oswaldo Cruz foi incisiva na nota técnica que divulgou nesta terça (2): o cenário da pandemia de Covid-19 no país nunca foi tão assustador. De posse dessa informação, Eduardo Paes pode decretar medidas restritivas mais duras na cidade ainda nesta quarta (3). O anúncio deve ser feito ao final de uma reunião entre o prefeito e o secretário de Saúde, Daniel Soranz.
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No texto divulgado em seu site, a Fiocruz aponta o agravamento da pandemia em 19 estados — entre eles o Rio, que tem 88% de taxas de ocupação de leitos de UTIs. Segundo o boletim da Fundação, “pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos e de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de SRAG (síndrome respiratória aguda grave), a alta positividade de testes e a sobrecarga dos hospitais”.
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O prefeito diz que teve acesso a este nota, “mas as informações que me passaram é que existe uma estabilidade na rede municipal de Saúde, nos leitos e filas zeradas”, disse. “Diante dessa notícia, eu convoquei os técnicos para eles me dizerem o que devo fazer. Não sou epidemiologista. Mas, se os infectologistas e os epidemiologistas nos disserem que teremos que tomar medidas mais duras, vamos tomar”. Paes afirma que não vai esperar “o pior acontecer” para tomar uma atitude. “Eu adoraria que a cidade funcionasse normalmente. Aqui não existe negacionismo. Vamos tomar todas as medidas necessárias”.
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A agenda de Eduardo Paes divulgada para esta quarta (3) prevê uma entrevista coletiva às 15h. Assunto: sistema de bilhetagem eletrônica do BRT. A expectativa é que ele anuncie mudanças na condução do combate à pandemia na cidade logo depois de se pronunciar sobre a questão do transporte.
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