Novo livro de Bruno Chateaubriand exalta Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Jornalista e colunista de VEJA RIO mergulha no universo dessas figuras centrais para as escolas de samba, que transportam uma imensa carga de história
O universo de duas figuras centrais das escolas de samba é o tema do novo livro de Bruno Chateaubriand, jornalista e colunista de VEJA RIO. Em Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Uma Arte Essencialmente Nossa (Ace Digital), ele promove um mergulho na história desse bailado especial.
Na publicação, ele aborda temas como o alto grau de complexidade técnica exigida para a execução da dança, seu enorme poder simbólico, a imensa carga de história que transporta e a sofisticação estética que o coloca no mais alto nível das artes coreográficas do mundo, entre outros aspectos.
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O projeto, que tem apoio da Riotur e da prefeitura do Rio, ajuda a preencher uma lacuna, já que existe pouca literatura sobre o tema. “O embrião para o livro foi um texto que escrevi para a minha coluna em VEJA RIO, durante o Carnaval de 2022, quando comecei a conversar com os casais de mestre-sala e porta-bandeira sobre o significados dessa arte”, lembra Chateaubriand.
“Fui pesquisar mais a fundo e, à época, encontrei o livro do Aydano André Motta que fala especificamente sobre porta-bandeiras. Eu me emocionei com o processo de escrita do texto e enviei para o Alberto Mussa, escritor que entende tudo de Carnaval. Ele gostou e me incentivou a escrever um livro, e aí está o resultado”, completa.
O autor estudou a trajetória de grandes artistas do bailado, como Mestre Dionísio, Vilma Nascimento, Rita Freitas e Carlinhos Brilhante, além de ouvir mestres-salas e porta-bandeiras contemporâneos, que ganharam um capítulo especial.
Ele também entrevistou pensadores do Carnaval e das culturas negras, como Felipe Ferreira e Helena Teodoro; carnavalescos, como Maria Augusta; e os artistas que fazem os sapatos, as fantasias, os mastros, os talabartes e, é claro, os próprios pavilhões que a dupla de dançarinos carrega.
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“Nesse primeiro momento eu não queria um livro inacessível, com papel caro, direcionado aos brancos privilegiados e distante da realidade. A minha verdadeira vontade é presentear os casais de mestre-sala e porta-Bandeira, abrindo um diálogo sobre essa tradição, que é o centro geográfico-espacial de uma escola de samba”, frisa Bruno Chateaubriand.
Para 2025, ele pretende ampliar a publicação com fotos e mais dez capítulos, além de lançar também uma versão em inglês. O lançamento do trabalho acontece nesta terça (16), das 15h às 20h, no Fairmont, em Copacabana.
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