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Morre o diretor de teatro Aderbal Freire-Filho, marido de Marieta Severo

Um dos grandes nomes do teatro brasileiro, ele recebia os cuidados de UTI em casa desde 2020, quando sofreu um AVC. Causa da morte não foi revelada

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
9 ago 2023, 19h17

Morreu nesta quarta (9) o diretor teatral Aderbal Freire-Filho, aos 82 anos, no Rio. Um dos grandes nomes do teatro do país, ele era casado com a atriz Marieta Severo desde 2004 e deixa um filho de um relacionamento anterior, Camilo. A informação foi confirmada por sua assessoria de imprensa, mas a causa da morte não foi revelada.

Em 2020, ele sofreu um AVC hemorrágico e ficou hospitalizado por mais de 70 dias. A partir dali, a atriz montou uma UTI em casa para cuidar do artista. “Foi mais do que sofrido, foi inacreditável. É uma consciência da precariedade da vida que tomou conta da minha. Por mais que a gente saiba dela na teoria, quando ela se apresenta, muda tudo”, contou ela entrevista ao UOL.

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Aderbal Freire-Filho tinha mais de 60 anos de carreira. Como diretor teatral, ficou conhecido por sua ousadia experimental e suas montagens pouco tradicionais. Nascido em Fortaleza, em 1941, já atuava em grupos amadores e semi-profissionais desde os 13 anos quando chegou ao Rio de Janeiro, em 1970.

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Sua estreia como ator na cidade foi em uma montagem de Diário de um Louco, de Nikolai Gogol, encenada dentro de um ônibus que percorria as ruas da cidade. Trabalhava como ator, dirigido por Nelson Xavier e Cecil Thiré, em O Segredo do Velho Mundo, quando, em busca de melhores condições financeiras, escreveu e montou uma adaptação de Flicts, de Ziraldo.

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Sua estreia como diretor no teatro adulto foi em 1972, com a peça O Cordão Umbilical, de Mário Prata. Seu primeiro grande sucesso veio no seguinte, na direção do monólogo Apareceu a Margarida, de Roberto Athayde, estrelado por Marília Pêra.

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Em 1973, fundou o Grêmio Dramático Brasileiro, em que montava simultaneamente peças nacionais, com o mesmo elenco num cenário único. Um Visitante do Alto e Manual de Sobrevivência na Selva, também de Roberto Athayde, foram algumas.

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Em 2011, voltou a atuar, depois de mais de uma década fora dos palcos, no espetáculo Depois do Filme, que também dirigiu e escreveu. Em 2013, recebeu o Prêmio Shell de Teatro na categoria Melhor Diretor, pela montagem da peça Incêndios, que tinha Marieta Severo como protagonista.

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Nas redes sociais, artistas lamentaram a morte do diretor. Veja alguns depoimentos:

Matheus Nachtergaele:

“Tão lindo era o Aderbal Freire Filho! Tão fundamental na cena do nosso teatro! Tão príncipe era o Aderbal! Nossa família do teatro brasileiro está sendo duramente golpeada pela partida de artistas de estofo gigante. Ficamos mais órfãos, mas sempre inspirados. Obrigado, príncipe suave e sábio dos nossos tablados, por tudo! Estou sem palavras… um beijo no coração de Marieta, no coração de cada amor teu….. um beijo grande em nós. Te amamos.”

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Lucio Mauro Filho:

“Mestre Aderbal Freire-Filho partiu hoje, libertando-se da condição que viveu nos últimos tempos, de não poder nos brindar com sua presença e talento. Um dos maiores nomes da história do Teatro Brasileiro e assim permanecerá. Sempre generoso, sempre gentil. Um dos programas favoritos que eu tinha com meu mestre Ivan de Albuquerque era ir assistir ao novo espetáculo de Aderbal, tão logo estreasse. E depois, uma resenha com o próprio, para deleite do jovem Lucinho. Ainda tive a chance de acompanhar de perto sua linda parceria com Marieta Severo e Andréa Beltrão no Teatro Poeira. Meus pêsames à minha amada Marietinha, a todos os familiares, amigos e admiradores deste grande brasileiro. Descansa em paz Aderbal! O Brasil agradece o teu talento e contribuição indelével a cultura nacional.”

Rosane Svartman:

Acho que a peça do gigante Aderbal Freire Filho que mais me marcou foi O Tiro que Mudou a História, encenada pelo Museu do Catete. Nunca vou esquecer. Obrigada, Aderbal.

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