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Marco Nanini: “O trabalho me dá oxigênio”

Após lotar sessões em várias cidades, o ator apresenta no Teatro Prio a temporada carioca da peça Traidor, sob direção de Gerald Thomas

Por Luiza Maia
Atualizado em 19 abr 2024, 06h48 - Publicado em 19 abr 2024, 06h47

Você emendou a pandemia com trabalhos no audiovisual e, agora, está de volta aos palcos. O que o motivou a regressar aos teatros? Um novo trabalho com Gerald, reeditando nosso encontro em 2005 com a peça Circo de Rins e Fígados, soou desafiador. Eu gosto disso, acho que a arte deve sempre ser algo que nos coloca em xeque. O trabalho me dá esse oxigênio, e o prazer de reencontrar a plateia é muito grande.

Traidor teve sessões esgotadas em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. A que atribui a presença maciça do público? Eu tenho frequentado muito o teatro desde o pós-pandemia e noto que a plateia está mais interessada, talvez pelo fato de estarmos ali, presencialmente. No mundo conectado e cheio de telas, talvez o espectador busque uma experiência ao vivo, humana, real.

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Seu personagem transita entre a tragédia e o humor, o otimismo e o pessimismo. Você se identifica com ele? O personagem leva meu nome, Nanini, mas não sou eu. Ele está atormentado, inquieto, emenda assuntos e frases que aparentemente não fazem sentido. É alguém que está enlouquecendo neste mundo de hoje, bombardeado com tantas notícias, conteúdos, redes sociais. Tudo acontece naquele exercício de estilo do Gerald, que mistura assuntos contemporâneos, cria um universo à parte, mas com muito humor para falar do caos que nos cerca.

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Você afirmou que “se considerava um garoto até uns cinco anos atrás e, de repente, entendeu que era um senhor”. O que mudou? Nosso ofício exige muito do físico. Lembro de quando fazia Irma Vap — de como eram exaustivas, fisicamente, aquelas trocas todas de roupa, de personagem. Nos ensaios e no trabalho, a gente vai sentindo um pouco mais o corpo reclamar, à medida que o tempo passa. Vi que precisava cuidar mais da saúde.

Como faz isso? Pratico exercícios, pilates, fisioterapia, parei de fumar há sete anos, cuido da alimentação, me tornei vegetariano. É preciso estar preparado para enfrentar, aos 75 anos, toda a rotina de uma temporada e também da turnê, das viagens, dos ensaios. Eu estou.

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