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Homenageado em filme, Ney Matogrosso se emociona no set: “Lágrimas pulavam”

Artista caiu em prantos em cena em que seu então companheiro descobriu que estava com Aids; ele falou ainda sobre nude vazado e outros temas

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 abr 2024, 13h23 - Publicado em 11 abr 2024, 13h22

Ainda sem previsão de estreia, o filme Homem Com H, de Esmir Filho, que leva o nome de um grande sucesso de Ney Matogrosso e recria a trajetória do artista, emocionou o cantor. Ney esteve no set de filmagem algumas vezes, e afirma que os atores (entre eles Jesuíta Barbosa, que interpreta ele) eram tão convincentes que ele, que não é de chorar, perdeu o controle.

“Não que comecei a chorar, as lágrimas pulavam do meu olho, eu não tinha controle sobre aquilo”, enfatizou. “Eu fiquei com vergonha”, confessou ele à jornalista Maria Fortuna, no talk-show Conversas Para Iluminar o Mundo, no Manouche, no Jardim Botânico. “Eu disse: ‘Eu não sou assim.’ E o danadinho do Jesuíta, na sequência da cena, ele começou a chorar, aí ele disse: ‘Eu não sou assim!’. Eu disse: ‘F*** da p***'”, divertiu-se.

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Na trama, Jullio Reis é Cazuza, com quem o artista teve um notório romance, e Bruno Montaleone é Marco de Maria, último companheiro de Ney e o único com quem conviveu na mesma casa por 13 anos. Foi justamente uma cena que conta uma situação sua com Marco que o fez cair em prantos.

Era eu chegando na minha casa com o Marco, que já estava doente. Eu dizia a ele que não entendia por que meu exame de DNA tinha dado negativo. Então, ele me perguntava se eu ia ficar com ele, mesmo ‘magro, feio, com cabelo caindo, manchas pelo corpo’. Eu respondia: ‘Claro!'”, contou em entrevista à mesma jornalista, no Globo.

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Jesuíta Barbosa: ator vive Ney Matogrosso no longa Homem Com H, de Esmir FIlho (Paris Filmes/Divulgação)
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Ney, que tem 82 anos, também recordou quando, os 17, foi trabalhar no bar de um amigo do pai e acabou se envolvendo com uma menina “muito bonitinha”, de 16, que também era funcionária do local. “A gente transava em tudo quanto era lugar, em pé, nas paredes, no meio do mato… A gente ficava transando e ouvindo as pessoas passando”, detalhou.

Ney revelou que os anos 70 foram provavelmente a fase mais sexualizada de sua vida e que se sentia atraído pelo público de seus shows. “Eu fazia um strip-tease radical, eu tocava de tapa-sexo. Tinha um biombinho na minha frente, atrás de mim um espelho que alguém de um determinado ângulo me via nu”, descreveu. “Tudo era intencional. Só que eu olhava para a plateia, eu tinha tesão na plateia. Eu achava que era uma pessoa de mil cabeças e eu queria transar com aquela gente toda.”

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Nessa época, ele revelou, vivia na esbórnia “na mão de quem chegasse primeiro, homem ou mulher”. Mas, logo em seguida, deu uma segurada no comportamento, em uma espécie de premonição. “Foi muito estranha essa história”, frisou.

Ele lembrou que a Aids chegou aqui nos anos 80, mas pouco antes, em 1979, ele já havia decidido mudar de comportamento. “Depois que o Cazuza se afastou de mim, uma coisa bateu na minha cabeça: ‘Você tem que pisar no freio, você não pode estar à disposição disso o tempo todo. Não dá mais para isso.’ Na minha cabeça. Não tinha doença. E aí eu comecei a frear. Aí veio a doença”, afirmou.

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O cantor também explicou por que resolveu lidar com naturalidade com a situação quando acidentalmente postou um nude em seu perfil do Instagram. “As pessoas começaram a dizer assim: ‘Você tem que dizer que você foi hackeado, que você foi não sei o quê…’. Eu disse: ‘Eu não vou dizer nada, eu vou falar a verdade: era para um canto, foi para o outro'”, admitiu, arrancando risos e aplausos da plateia.

“Pronto, no dia seguinte, quando a VEJA me telefonou, eu falei isso. Morreu a história. Se eu dissesse que eu tinha sido hackeado, já iam atrás, para saber. Não, para que complicar a vida?“, analisou Ney, para concluir: “Existe vida aos 80.”

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