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Coronavírus: tratamento de Paulo Gustavo custa 50 000 por dia, em média

Tecnologia usada para tentar salvar a vida do ator não é coberta pelos planos de saúde nem oferecida pelo SUS; cariocas recorrem à Justiça para ter acesso

Por Da Redação
9 abr 2021, 12h47
A imagem mostra o ator Paulo Gustavo e o marido Thales Bretas
Paulo Gustavo e o marido, Thales Bretas: sete em cada dez pessoas que se submetem ao tratamento sobrevivem (Instagram/Reprodução)
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Adotado desde a última sexta (2) pela equipe médica que cuida do ator Paulo Gustavo, o tratamento por oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) é indicado para casos extremamente graves de doenças cardíacas ou pulmonares e custa, em média 50 000 por dia. Ele não é coberto pelos planos de saúde nem oferecido pelo SUS, o que faz com que tenha aumentado siginificativamente a quantidade de pacientes que buscam a Justiça para ter acesso à tecnologia.

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Especialista em direito à saúde, a advogada Renata Vilhena Silva viu a procura por este tipo de ação aumentar cerca de 50% nos últimos meses. “Como os valores são altíssimos e pagos por dia, nós recomendamos que o paciente entre, sim, com uma ação na Justiça obrigando o plano de saúde a fornecer o tratamento”, diz. Embora o ECMO não esteja no rol de cobertura mínima obrigatória da Agência Nacional de Saúde (ou seja, na força da lei, os planos não são obrigados a cobri-lo) Renata diz que os resultados vêm sendo positivos.

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“A Justiça tem entendido que é obrigação do plano de saúde oferecer o que há de melhor para o tratamento dos pacientes, principalmente em um momento de crise sanitária sem precedentes”, afirma. Tanto esforço para ter acesso ao ECMO tem sua motivação nos resultados alcançados até agora pela tecnologia, relativamente nova – existe há dez anos. De acordo com o oncologista e cirurgião geral Marcelo Aisen, o indíce de sucesso do tratamento chega a 70%.

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Na prática, o equipamento se torna uma espécie de pulmão artificial, que substitui o órgão original enquanto ele se recupera. “Ele é a melhor opção para quando o pulmão está muito comprometido porque ajuda na circulação do sangue e o oxigena fora do corpo”, explica Aisen. Resultado: enquanto o pulmão reserva está em campo, aquele que é o “de verdade” acaba se restabelecendo. “Ele entra em descanso e se recupera, para voltar à ação depois”, diz.

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