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Coronavírus: ‘Só os supermercados não vão dar conta’

Presidente do SindRio diz que fechamento de bares e restaurantes irá gerar crise sem precedentes: 'Medidas duras têm que ser tomadas, mas gradualmente'

Por Cleo Guimarães
16 mar 2020, 15h50
Fernando Blower: "A formalidade está sendo punida enquanto as ruas são invadidas por Levei propostas de medidas restritivas ao governador, sei que algo tem que ser feito"  (SindRio/Divulgação)
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Presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio, Fernando Blower participou de uma reunião de quase quatro horas nesta segunda-feira com o governador Wilson Witzel e com representantes do segmento do turismo e do comércio. Ele contou a VEJA RIO a expectativa do setor para o decreto que será baixado ainda hoje por Witzel – em entrevista à TV, o governador disse estar propenso a seguir o exemplo da Itália e fechar totalmente o acesso do público a bares, restaurantes e lanchonetes no estado (ficariam liberados somente os serviços de entrega a domicílio e de take away, no qual o cliente busca seu encomenda na loja). Leia abaixo alguns trechos da conversa com Blower:

Vamos viver uma crise sem precedentes, sabemos que as medidas têm que ser duras, a gente só pede que se tome atitudes prudentes e graduais para que todos possam se preparar.”

“A situação muda muito a cada dia, mas me parece que o governador está muito convencido a somente autorizar o delivery e o take away. O que nós estamos propondo é uma série de medidas restritivas que garantam a segurança de clientes e funcionários, e que permitam a continuidade no fornecimento de refeições no Rio, porque só os supermercados não vão dar conta.”

“Nossa proposta é limitar a 50% a capacidade no números de assentos, e uma distância mínima de um metro entre as mesas, além do cumprimento integral dos protocolos de assepsia que forem determinados. Mesmo com a  diminuição de metade dos lugares, a limitação seria de até cem pessoas nos ambientes, que também não teriam mais música ao vivo”.  Blower conta que está esperando a publicação do decreto para decidir que atitude o SindRio irá tomar. “É tudo muito sério”, afirma.

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