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Carioca Nota 10: Jimmy de Oliveira dá aulas gratuitas de dança no Catete

Um dos principais nomes da dança de salão no país, dançarino ensina passos de forró, bolero e tango de segunda a quinta

Por Renata Magalhães
20 abr 2023, 19h00

Depois que anoitece e se fecha o grande portão de visitantes do Museu da República, um burburinho começa a tomar conta da calçada em frente ao principal ponto turístico do Catete. De uma modesta caixa de som sai a trilha sonora, enquanto uma grande roda de pessoas se divide em pares. É dada a largada para mais uma aula ministrada por Jimmy de Oliveira, um dos principais nomes da dança de salão do país.

Desde o fim do ano passado, ele vem ensinando gratuitamente, de segunda a quinta, para quem quiser chegar, passos de forró, bolero e tango — tudo sob os olhares curiosos de pedestres que desaceleram para acompanhar a movimentação. “Acabo reunindo um grupo muito eclético, que encontra sem querer uma nova atividade dentro do próprio bairro”, conta o professor. Ainda que seja aberta para todas as faixas etárias, a maior parte da turma é formada por pessoas da terceira idade, beneficiadas não só pelo exercício físico, que fortalece o sistema muscular e melhora o ritmo cardíaco, mas pelo convívio social. “Vi pessoas depressivas, solitárias, que perderam seus companheiros, conseguindo reencontrar na dança um motivo para seguir. Esse é o melhor reconhecimento”, afirma.

“Vi pessoas depressivas, solitárias, que perderam seus companheiros, conseguindo reencontrar na dança um motivo para seguir”

A carreira de Jimmy se mistura com a própria história do Catete. Há trinta anos, ele abriu no bairro a sua academia, de onde consegue ir e vir para as aulas abertas com uma caminhada de dez minutos. Muita gente que começa na rua decide aperfeiçoar os movimentos por lá — ainda mais depois de saber que o professor foi responsável pela criação de um novo estilo, que explodiu no início dos anos 2000, o samba funkeado.

Jimmy também já acompanhou grandes artistas em turnês mundo afora, como Alcione, Martinho da Vila e Neguinho da Beija-Flor, até chegar ao Palácio de Versalhes, na França, onde se apresentou para o ex-presidente Jacques Chirac. “Quem diria que aquele menino que sonhava em ser um artista pop como o Michael Jackson conseguiria ir tão longe”, lembra o dançarino, introduzido nesse universo pelas rodas de samba frequentadas pelo pai, ainda aos 4 anos de idade.

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Hoje ele dá consultoria para novelas da Globo e prepara o lançamento de um livro sobre sua história. “A dança me deu tanto e agora tenho a possibilidade de retribuir e acompanhar de perto novas transformações”, diz ele sobre o projeto que movimenta uma calçada do Catete durante a semana. Belos passos para se acompanhar.

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