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Cantora Teresa Cristina é a carioca do ano na categoria música

Rainha absoluta das lives na pandemia, a artista brilhou com intensidade em saraus virtuais com plateia numerosa e prestigiada, incluindo Chico e Caetano

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 18 dez 2020, 10h16 - Publicado em 18 dez 2020, 06h00

Aos 7 anos, ela já brilhava no palco de sua sala de aula, imitando Fafá de Belém. Mas, com o tempo, passou a ser alvo de ofensas racistas dos colegas e se fechou numa timidez que até então não aflorara.

Nascida em Bonsucesso e criada na Vila da Penha, ambos na Zona Norte carioca, Teresa Cristina se destacava no boletim, porém morria de vergonha de ser celebrada pelos professores. Adolescente, ia aos bailes do clube Olaria e lembra como se fosse hoje a agonia quando tocava música lenta e ninguém a convidava para dançar. “Ao longo da vida, passei por várias situações que minaram minha autoestima”, reconhece ela, que virou a mesa em definitivo ao estrear no mundo das lives, durante a pandemia.

“Éramos só eu e meu celular, e esse medo se esvaiu. Senti que pude finalmente ser a pessoa que eu sempre fui”, diz a cantora e compositora. Nesses últimos meses, Tetê, como os amigos a chamam, chegou a reunir mais de 14 000 pessoas simultaneamente no seu sarau virtual, recebendo nomes estelares como Chico Buarque, Gilberto Gil, Marisa Monte e muitos outros. Era dela a live, em meio a tantas, a que todo mundo queria assistir.

Teresa Cristina cresceu ouvindo música brasileira com o pai, feirante, enquanto o ajudava a ensacar limões. Aos 26 anos, estudando letras na Uerj, trabalhando no Detran e fazendo uns bicos de manicure, ganhou de um amigo um disco de Candeia. Quando deu play no CD, teve um estalo: ela escutava aquelas músicas na infância e sabia cantá-las de cor.

Foi ali que Tetê decidiu se dedicar ao samba — quase duas décadas depois, montaria um show homenageando o repertório de Candeia. A história de Teresa Cristina está umbilicalmente ligada à revitalização da Lapa. Exibindo sua voz potente no Bar Semente, um dos mais emblemáticos do bairro boêmio, ela se estabeleceu como artista.

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O reconhecimento nacional, por ironia, veio no auge destes tempos pandêmicos, quando bares e casas de shows precisaram baixar as portas. “As lives surgiram sem pretensão alguma. Em muitas noites, comecei desanimada, mas a troca com o público e com tantos artistas talentosos me revigorava e dava gás para repetir a dose”, revela a estrela, que brilhou e assim continua.

 

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