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“É um ato político”, diz Erika Hilton, deputada trans e musa de camarote

"Essa escolha é um recado de que a política não acontece só em Brasília", defende a parlamentar, que brilhou no camarote Arara na Avenida

Por Kamille Viola
Atualizado em 21 fev 2023, 16h52 - Publicado em 21 fev 2023, 03h48

Musa do camarote Arara na Avenida, a deputada federal Erika Hilton, primeira mulher trans eleita deputada por São Paulo e também a ocupar a presidência da Comissão de Direitos Humanos no Congresso Nacional, celebrou sua primeira vez no Carnaval carioca, que acontece em um papel cheio de simbolismos e representatividade.

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“É uma alegria, porque nós passamos por anos muito difíceis, tanto pelo ponto de vista de não ter podido viver o Carnaval por causa da crise sanitária que o mundo passou, como pelo desmonte que o setor cultural sofreu com relação à conjuntura política. Ter como musa de um camarote na Sapucaí uma mulher que é jovem, negra, LGBT e que também constrói a política no nosso país também é uma mensagem de mudança. É uma mensagem-provocação, é um recado de que a política não é uma coisa estática, cinza e que acontece só dentro do parlamento”, frisa ela, em entrevista a VEJA RIO.

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“Estar aqui também é um ato político. É uma demarcação de lugar importante. Eu me sinto honrada, trazendo visibilidade para as barreiras que eu carrego no meu corpo. Sinto também que eu estou transformando o cenário político com a minha presença em todos os lugares, e não apenas na Câmara e nos espaços convencionais da política”, pondera.

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Para Erika Hilton, o Carnaval em si, aliás, é um momento de festa, mas também extremamente político. “O Carnaval é quando as escolas e as comunidades ganham protagonismo no nosso país, toda a atenção midiática é voltada para esse momento, do qual as escolas se utilizam para trazer narrativas extremamente importantes. A gente vê na Avenida o debate sobre raça, sobre religião, sobre gênero. A manifestação política através no Carnaval é algo extremamente simbólico e representa a junção de todos esses grupos que muitas vezes são tratados como abjetos”, conclui.

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