Aguinaldo Silva sobre Vale Tudo: “Bebia caipirinha e escrevia calibrado”
Em tom nostálgico, o autor relembra os frutíferos encontros com Gilberto Braga e Leonor Bassères, co-autores da novela
Inspirado pelo icônico confronto entre Maria de Fátima (Bella Campos) e Raquel Acioly (Taís Araújo), responsável por inúmeros folhetins clássicos, como Roque Santeiro e Senhora do Destino, Aguinaldo Silva compartilhou lembranças da primeira edição de Vale Tudo em seu Facebook, na segunda (7).
Ele revelou que Gilberto Braga (1945-2021), co-autor de Vale Tudo ao lado de Leonor Bassères (1926-2004) e de Aguinaldo, madrugava até 7h da manhã e só acordava para começarem a trabalhar às 17h e antes das reuniões de trama, ele tinha um costume “diferente”.
+ Por que Erika Januza e José Junior terminaram noivado
Ao se preparar para planejar as maldades da vilã Odete Roitman, Aguinaldo passava na clássica Chrurrascaria Majórica no Flamengo, onde saboreava uma picanha regada, acompanhada por duas caipirinhas. Em tom saudosista, ele relembra se encontrar com os parceiros de escrita “calibrado”.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Ao fim do post celebrou as obsoletas máquinas de escrever com nostalgia. “Éramos obrigados a produzir um texto da melhor qualidade na primeira – e única – tentativa. Hoje, no computador, a gente escreve, reescreve e… mesmo assim ainda não ficamos satisfeito… Nem nós, nem esse malvado chamado ‘o público’!”
Confira o texto na íntegra:
“SIM, VALEU TUDO MESMO…
Eu e Gilberto Braga na época em que, junto com Leonor Bassères, partilhávamos a suprema felicidade de escrever a novela “Vale tudo” – a primeira. Atrás de nós a pintura de Carlos Magalhães tão cara a Gilberto, mas que em mim provocava pesadelos.
É impressão minha ou eu estava além do peso? Lembro que, como o Gilberto só acordava às 17 horas (ia dormir às sete da manhã), no dia em que fazíamos as chamadas reuniões de trama – ou seja, inventávamos histórias – eu passava antes na Churrascaria Majórica e comia uma picanha regada a duas caipirinhas. E assim calibrado é que, junto com meus dois parceiros, bolávamos as caretices de Raquel e as maldades de Odete Roitman.
Bons tempos aqueles em que, na máquina de escrever, éramos obrigados a produzir um texto da melhor qualidade na primeira – e única – tentativa. Hoje, no computador, a gente escreve, reescreve e… mesmo assim ainda não ficamos satisfeito… Nem nós, nem esse malvado chamado “o público”!”
Ministro do STJ critica retrocesso e elogia mostra sobre mulheres trans
VEJA RIO COMER & BEBER 2025: confira a lista de premiados
Solidariedade e diversão: amigos repetem festa pelo INCA no Joá
Gávea, entre o verde e o concreto: microapartamentos chegando
Miguel Pereira celebra 70 anos com programação musical de peso