VEJA RIO Recomenda
Oitenta ampliações fotográficas em preto e branco e colorizadas a mão com guache, Ecoline e caneta hidrográfica.
EXPOSIÇÃO
IVAN CARDOSO. Além de irrequieto, esse fotógrafo e cineasta carioca é bem enturmado. Já nos anos 60 circulava por sets de filmagem, ateliês de artistas, coxias de teatro e bastidores de shows. Munido de uma câmera analógica, flagrou artistas de diversas áreas em situações de intimidade e descontração. Tantas fotos fez que acumulou 70?000 negativos. Nesta individual, em cartaz na nova galeria Graphos: Brasil, ele apresenta oitenta ampliações fotográficas em preto e branco e colorizadas a mão com guache, Ecoline e caneta hidrográfica. São peças com estética que lembra a pop art, repleta de tons chamativos. Há casos em que só é possível identificar o personagem retratado através da legenda, como o flagrante do dirigente esportivo João Havelange nadando numa piscina. Sonia Braga, Gilberto Gil e Luís Melodia aparecem em pleno viço da juventude. Há também exemplares em que Ivan multiplicou as imagens lado a lado, obtendo interessante efeito ótico com o grafismo. Esse exemplo engloba os trabalhos com Clóvis Bornay e Jards Macalé, além das peças em médios e grandes formatos com Raul Seixas. Entre as obras mais tardias, dos anos 90, figuram instantâneos de atrizes como Débora Bloch.