Numa conversa ao telefone, diretamente do Chile, uma das escalas da turnê de seu novo grupo, Beady Eye, o roqueiro Liam Gallagher mostrou a excessiva espontaneidade de sempre. Como de hábito, ele foi ferino ao falar do irmão Noel, tachando de “risível” sua opção de cantar na carreira-solo os hits do Oasis, banda criada pelos dois e desfeita em 2009. Na segunda (7), Liam sobe ao palco do Circo Voador acompanhado dos integrantes do antigo conjunto ? com exceção, claro, do mano dissidente. Fanático por futebol, ele curte o ótimo momento de seu time do coração, o Manchester City, atual líder do Campeonato Inglês e que recentemente aplicou um retumbante 6 a 1 sobre o maior rival, o todo-poderoso Manchester United.
O que lhe passou pela cabeça quando foi anunciado o fim do Oasis? O Oasis não acabou oficialmente. Quem disse que acabou foi o Noel. Ele não pode fazer acabar. Foi só um membro que não quis mais seguir. Não tenho dúvidas de que vamos voltar a tocar os grandes sucessos. Morro de vontade de fazer isso e estou certo de que o público adoraria ouvir, mas agora não dá. Quatro dos cinco integrantes do Oasis formam o Beady Eye. Se tocássemos as músicas antigas, seríamos o Oasis, e não queremos isso. Fico muito triste quando vejo o Noel tocando nossas músicas na carreira-solo. É risível.
Além do repertório, o que diferencia a banda atual da antiga nos shows? O intervalo entre as canções. No Beady Eye, quase não damos espaço entre uma música e outra, fazemos um rock muito mais intenso. No Oasis, isso podia durar vinte minutos por causa do Noel.
Está curtindo o grande momento do Manchester City? Tivemos uma vitória incrível no clássico da cidade, mas não consegui assistir à partida, pois estava em Toronto com minha mulher. Depois vi os gols na TV. Temos o ataque mais positivo do torneio. Desta vez, vamos ser campeões.