Lançada na Casa Rosa em 2010, a festa Pessoas do Século Passado congrega moderninhos até hoje com seu variado repertório de hits de outrora. No ano seguinte, o DJ Dodô voltou a inventar moda ao criar a Segredo, com público convidado através de uma exclusiva rede virtual de relacionamentos. Agora, curiosamente, é a vez da Fofoca, no Hipódromo Up, coração do Baixo Gávea: o evento chega à segunda edição, no sábado (23), depois de deixar mais de 1000 pessoas do lado de fora na estreia, em abril.
Por que você resolveu, depois de criar um agito quase exclusivo, inventar outro para todo mundo ficar sabendo? A Fofoca é a irmã gêmea, e má, da Segredo. Antes que a Segredo virasse a night mais famosa da cidade, decidi criar outra em um lugar totalmente exposto. É praticamente tudo igual: o espírito, a música e as atrações. Assim, a Segredo pode voltar a ser o que sempre foi e não seguimos o caminho de festas como a Bailinho — eu definitivamente não gosto de eventos gigantes.
Como anda a cena noturna carioca? Muitos dizem que é fraca, mas discordo. Acabei de voltar de um giro pela Europa. As noites em lugares como Paris e Londres não vão até depois de 2 da madrugada e, por lá, não há nada parecido com uma Lapa. O que causa a impressão de diminuição das festas por aqui é que a divulgação via internet é feita para um grupo fechado de pessoas. O que não pode acontecer é o carioca se acostumar a ir sempre a eventos dos mesmos segmentos.
Qual é o segredo de uma noite perfeita? Procurar fazer com que o público se sinta na balada de um amigo. Por isso colocamos massagistas, mágico, cartomante — tudo gratuito. Essas atrações dão clima de festa no playground. Mas o segredo maior é discotecar para as meninas. Assim, naturalmente, os garotos vêm. Na música, o carioca tem vocação natural para ser eclético. E, claro, o som precisa seguir isso.