Beatriz Azevedo
Resenha por Carol Zappa
Convidada para o festival Celebrate Brazil, no palco do Lincoln Center, em Nova York, há quatro anos, a cantora, poeta, atriz e diretora teatral Beatriz Azevedo passou ao largo de clichês. Estudiosa da obra de Oswald de Andrade (1890-1954), a paulistana radicada no Rio preparou repertório autoral e inédito, inspirado no célebre Manifesto Antropófago, publicado por Oswald em 1928. O escritor modernista teve três poemas musicados pela artista — também viraram letra versos de Hilda Hilst e Raul Bopp. Parcerias com Vinícius Cantuária (como a alegre Devora), Zélia Duncan e Matheus VK, além de arranjos originais para músicas de Cole Porter e Tom Jobim, que ganham toques de jongo e tango, somam-se ao repertório. O registro ao vivo do show resultou no disco antroPOPhagia, que ela apresenta na terça (30) no festival A.Nota, no Oi Futuro, junto com o lançamento do livro Antropofagia – Palimpsesto Selvagem, com participação de Moreno Veloso e do ator Matheus Nachtergaele. Diretor musical do CD, o pianista Cristóvão Bastos integra a banda formada ainda por Jorge Helder (contrabaixo), Angelo Ursini (sopros), Maurício Calmon (bateria) e Miguel Jorge (guitarra).
Oi Futuro Ipanema (93 lugares). Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema, ☎ 3131-9333. → Terça (30), 21h. R$ 30,00. Bilheteria: a partir das 15h (ter.). https://www.oifuturo.org.br.