Continua após publicidade

Três perguntas para Marcelo Nova, que faz tributo a Raul Seixas

O líder do Camisa de Vênus fala sobre a parceria com o "maluco-beleza", a quem dedica o espetáculo "Camisa Toca Raul", no Circo Voador

Por Carol Zappa
Atualizado em 11 mar 2017, 14h00 - Publicado em 11 mar 2017, 14h00
Marcelo Nova, vocalista do Camisa de Vênus, fala de show em tributo a Raul Seixas (Luiz Maximiano/Divulgação)
Continua após publicidade
Marcelo Nova
Marcelo Nova, vocalista do Camisa de Vênus, fala de show em homenagem a Raul Seixas (Luiz Maximiano/Divulgação)

Os dois são baianos, mas você conheceu Raul Seixas no Rio. Como foi esse encontro?

Era 1983, o Camisa ia fazer um show no Circo e a Maria Juçá (diretora da casa) disse que ele estava chegando para ver nossa apresentação. Para minha surpresa, ele apareceu mesmo, e eu o convidei para subir ao palco. Fizemos um medley de canções dos anos 50, e a partir daí se estabeleceu entre nós uma amizade que só acabou quando ele faleceu.

Os problemas com a censura foram outro ponto em comum entre vocês?

Era divertido. O Camisa tem um álbum, Viva, com uma série de palavrões. Aliás, foi o primeiro disco na música brasileira com palavrão, antes disso só o “bosta” que Chico Buarque colocou em Geni e o Zepelim. Eu tinha visto uma peça de Plínio Marcos em Salvador, Dois Perdidos numa Noite Suja, e, quando ele soltava aqueles palavrões, aquilo chocava e enrubescia as bochechas da classe média baiana e provinciana. Eu pensei: “Uau, se ele fez isso com o teatro, talvez eu possa fazer com a música”. Quando você toma uma topada, não diz “ai, meu Deus, que infelicidade, machuquei meu dedão”. Então nós tivemos álbuns apreendidos pela censura nessa época. Foi o primeiro disco de ouro da carreira do Camisa, e a censura federal contribuiu para isso. Com Raul também tinha essa coisa, vide o Rock das Aranhas. Nós nos divertimos muito, nunca levamos a sério.

Continua após a publicidade

Você já ouviu em algum show o célebre pedido “Toca Raul!”?

Desafio quem não tenha ouvido ainda. Em 1989, nós gravamos juntos o Panela do Diabo. Em 2014, pensei que os 25 anos do disco eram motivo para uma turnê comemorativa. Logo nos primeiros shows houve o retorno do Camisa, após vinte anos sem gravar um disco de inéditas. Agora, depois que fizemos a turnê da volta e lançamos Dançando na Lua, no ano passado, podemos atender ao “Toca Raul”. O repertório traz canções que compusemos juntos e outras da carreira-solo dele, sem distinção de disco ou época, além de clássicos do Camisa.

› Camisa Toca Raul (abertura: The Baggios). Circo Voador. Arcos da Lapa, s/nº, Lapa. Sábado (18), 22h. R$ 100,00.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.