Solo de Leandro Hassum, comédia policial e mais novidades teatrais no Rio
Além da peça com Vitoria Strada e Isabel Filardis, programação conta com novas temporadas A Alma Imoral, com Clarice Niskier, e Moria, de Moacyr Goes
Abismo de Rosas
No Dia dos Namorados, um homem e duas mulheres são atraídos para uma chácara deserta por alguém que eles não sabem quem é. Horas depois, a imprensa anuncia a descoberta de um corpo crivado de balas na chácara, mas a identidade da vítima é ainda desconhecida. A trama regride dois meses e o público passa a acompanhar a história daquelas três pessoas e seus respectivos pares. A comédia policial tem texto de Cláudio Simões, direção de Emiliano D’Avila e Junior Vieira, e traz Vitória Strada, Isabel Filardis e Emiliano D’Avila no elenco.
Teatro das Artes. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente, 52, 2º piso. R$ 60,00 a R$ 120,00. Ingressos pelo Divertix. De 3 de novembro a 17 de dezembro.
A Alma Imoral
Adaptação de Clarice Niskier do livro homônimo do rabino Nilton Bonder, o monólogo, encenado pela primeira vez em 2006 e desde então em cartaz, já teve mais de 550 000 espectadores. Com supervisão do diretor Amir Haddad, a atriz conta histórias e parábolas da tradição judaica, desconstruindo e reconstruindo conceitos universais como corpo e alma, certo e errado, traidor e traído, obediência e desobediência. Ela usa somente uma cadeira e um grande pano preto, que se desdobra em diferentes vestes: mantos, vestidos, burcas, véus.
Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Sáb. (4), 20h. Dom. (5), 19h. R$ 40,00 a R$ 80,00. Ingressos pelo Sympla.
Cão Chupando Manga
Ao mesmo tempo que não consegue dormir, devido aos latidos de um cachorro de “raça”, o performer Fábio Freitas (que assina a dramaturgia) incorpora um vira-lata caramelo, brasileiro, sem pedigree, que luta por sua dignidade. Tendo essa briga como metáfora, a peça propõe reflexões em torno das nossas relações, dos desafios da vida em sociedade, nos dias ruidosos de hoje. E coloca o artista no centro dessa história, para ora apartar essa briga, ora atiçar os ânimos.
Teatro Domingos Oliveira. Planetário da Gávea. Rua Vice-Governador Rúbens Berardo, 100. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Rio Cultura. De 3 a 12 de novembro.
Cinema Orly
Criada a partir do livro homônimo do compositor e autor Luís Capucho, a performance tem dramaturgia de Gustavo Colombini, direção de Diogo Liberano e atuação de Teo Pasquini. O espetáculo é uma espécie de continuação do livro e traz histórias de um homem gay vividas num cinema pornô na Cinelândia carioca dos anos 90. A peça acontece simultaneamente de duas maneiras: uma parte da plateia fica com o ator no palco, assistindo à performance de perto, e a outra parte fica na plateia original do teatro, diante de uma cortina fechada, e é convidada a escutar a performance e trabalhar a imaginação.
Teatro Dulcina. Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro. Qui. (2) e sex. (3), 19h. Sáb. (4), 15h e 19h. Dom. (5), 15h e 18h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla.
Dos Nossos Para Os Nossos
A partir de um jogo cênico atravessado por imagens, projeções e sons, o espetáculo-manifesto denuncia fatos do cotidiano impregnados de racismo. A peça também exalta a cultura negra, fazendo referencia a diversas grandes personalidades negras da história. No elenco, Êlme, Leandro Guedes, Leona Kalí, Patrick Congo e Rafael Rougues. A dramaturgia é do Coletivo AfroMaré e a direção, de Leandro Guedes.
Teatro Glauce Rocha. Avenida Rio Branco, 179, Centro. Sex. e sáb., 19h. Dom., 18h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. De 3 a 26 de novembro.
É Noix Família
Com texto, direção e interpretação de Leandro Hassum, o espetáculo solo reúne histórias divertidas da família do comediante, mas que poderiam ser de qualquer outra. Situações do dia a dia, viagens em conjunto, datas especiais, como Natal e aniversários, e até a quarentena e o isolamento em tempos de pandemia são munição para as piadas do artista, em uma apresentação com improvisos e interação com o público.
Teatro Multiplan. VillageMall. Avenida das Américas, 3900, piso SS1, Barra. Sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 50,00 a R$ 140,00. Ingressos pelo Sympla. De 4 a 19 de novembro.
Fame — O Musical
Essa montagem do clássico da Broadway, escrito pelo cubano Jose Fernandes, conta com Caio Godard na direção e os alunos da In Cena Casa de Artes e Produções no elenco. Em meio a 15 números musicais, que receberam novos arranjos e coreografias inéditas, os artistas contam as alegrias e agruras de um grupo de jovens de uma prestigiada escola de arte de Nova York, desde sua admissão, em 1980, até sua formatura, em 1984.
Teatro Clara Nunes. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente, 52, 3º piso. Sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 50,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla. De 3 a 25 de novembro.
O Incansável Dom Quixote
Nessa adaptação do romance de Cervantes para o palco, assinada e interpretada por Maksin Oliveira e dirigida por Reinaldo Dutra, há um único ator em cena, que exerce a função de narrador, assumindo as identidades de múltiplos personagens. Ora ele é o próprio Dom Quixote, ora é Sancho Pança ou Dulcinéa ou o cavalo Rocinante. Além da influência direta de Miguel de Cervantes, a dramaturgia conta com pitadas de Mario Vargas Llosa, Fernando Sabino, Fernando Pessoa, Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade.
Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo Sympla. De 3 a 12 de novembro.
Mahatma Andy e a Batata Filosofal
Em formato de mocumentário (obra de ficção apresentada como documentário), a peça conta que a ONU, por meio do Departamento dos Grandes Erros Históricos, buscando corrigir equívocos do passado, concede ao comediante Andy Gercker (o Maicon da série Tô de Graça, do Multishow) um título de honra e a denominação de Mahatma (Grande Alma). Para se tornar digno e merecedor de tamanha nobreza, o ator e neurocientista precisa desvendar o erro histórico que o impede de encontrar a sua tranquilidade interior e conquistar Sans Souci, que significa Sem Preocupação.
CCBB. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Qua. e qui., 19h R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo site do CCBB. De 1º a 30 de novembro.
Moria
Com texto, direção, cenário e figurino de Moacyr Goes, o espetáculo se passa no campo de refugiados chamado Moria, na Grécia (que existe, de fato), e tem como pano de fundo a perseguição aos cristãos nos dias atuais. Ali, onde duas atrizes iranianas se encontram secretamente de madrugada para ensaiar uma peça sobre os apóstolos Paulo e Tiago, enquanto discutem sobre fé, violência, o assédio sexual que sofreram e a falta de liberdade religiosa. O elenco traz Claudia Lira, Tarciana Giesen e Carol Alves.
Teatro Vannucci. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente, 52, 3º piso. R$ 50,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla. De 2 a 30 de novembro.
A Pedra Escura
Com texto do espanhol Alberto Conejero e direção de João Fonseca, a peça se passa no quarto de um hospital militar, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), onde estão o prisioneiro Rapún (Vino Fragoso, que idealizou a montagem brasileira e assina a tradução) e o guarda Sebastián (Lucas Popeta). O revolucionário tem como missão salvar o último trabalho de Federico Garcia Lorca (Carmo Dalla Vecchia, em off), um dos maiores escritores espanhóis de todos os tempos, que está sob sua custódia. Para isso, precisa convencer o jovem militar.
Teatro Poeirinha. Rua São João Batista, 104, Botafogo. Qui. a sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 40,00 a R$ 80,00. Ingressos pelo Sympla. De 2 de novembro a 17 de dezembro.
Pode Ser Que Seja Só o Leiteiro Lá Fora
Última obra do escritor Caio Fernando Abreu, a peça se passa na década de 70, quando sete jovens encontram uma casa abandonada para se abrigar da chuva. Devaneios, discussões, dúvidas, incertezas, mistérios e delírios tomam conta do ambiente. Lá fora, coisas estranhas acontecem, enquanto alguém insiste em bater à porta. A direção é de Igo Ribeiro.
Cine Joia. Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 680. Dom., 19h. R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo Sympla. De 5 a 26 de novembro.
Zum Ou Zois
A Cia Teatro de Máscaras celebra seus 35 anos com a comédia que apresentou pela primeira vez em 1979. Em nove quadros, dois atores, inspirados em Chaplin e na chanchada brasileira, exploram as contradições e os absurdos do cotidiano, em situações como a chegada de um técnico para instalação de um modem ou a crise criativa de dois artistas. Na versão atual, a dramaturgia é de Carlos Meceni, José Mauro Padovani (autor da peça original, já morto) e Décio Pinto, e a direção de Carlos Meceni e Nina Sprovieri. No elenco, Mário Vieira e Raul Tolledo.
Teatro Candido Mendes. Rua Joana Angélica, 63, Ipanema. Sex. a dom., 20h. R$ 35,00 a R$ 70,00. Ingressos pelo Sympla.
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