Ritmo, poesia e política nas letras de Ana Tijoux
Rapper chilena nascina na França famosa por críticas duras em suas músicas traz sua fusão musical ao Rio
Nascida na França em 1977, filha de exilados do Chile, vítimas do golpe militar que assolou o país em 1973, Ana Tijoux cresceu entre a música e a política. Ao voltar de vez para a terra de seus pais, em 1995, já havia decidido unir essas duas pontas em instigantes letras de rap. Sobre batidas de funk, hip-hop e jazz, seu repertório cativou estrelas internacionais como a cantora Julieta Venegas, com quem gravou (participou do hit Eres para Mi), além de Thom Yorke, do Radiohead, e da islandesa Björk.
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O segundo álbum-solo, 1977 (2009), atraiu a atenção dos colegas ilustres, mas foi em La Bala (2011) que o discurso ganhou as ruas: o clipe de Schock, faixa do disco, tornou-se viral no YouTube com suas cenas fortes de confrontos entre estudantes e policiais chilenos. Depois, colaborações do uruguaio Jorge Drexler e do grupo cubano Los Aldeanos acrescentaram novas sonoridades a seu trabalho. Sua mistura habitual, enriquecida de ritmos latinos, desembocou em Vengo, lançado neste ano, base para o espetáculo que ela faz no palco da Lagoa. Músicas como Sacar la Voz, Mi Verdad e Somos Todos Erroristas têm presença certa na apresentação. 16 anos.
Miranda (225 lugares). Avenida Borges de Medeiros, 1424 (2º piso), Lagoa, ☎ 2239-0305. Terça (7), 21h30. R$ 50,00. Bilheteria: a partir das 12h (ter.). IC. www.mirandabrasil.com.br.