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Rio sedia Mundial de Ginástica Rítmica, feito inédito na América do Sul

Representantes de 78 países estarão por aqui; esperança brasileira é obter a sonhada medalha inédita por equipe

Por Bruno Chateaubriand Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 ago 2025, 18h02 - Publicado em 15 ago 2025, 07h31
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Grande fase: seleção de conjunto levou o ouro na Copa do Mundo em Milão, no mês passado (André Menezes/CBG/Divulgação)
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Em 1967, a carioca Daisy Barros (1935 – 2020) abriu caminhos para novas gerações de atletas ao se tornar a primeira brasileira a disputar as competições individuais do Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, em Copenhague, na Dinamarca. Seis décadas mais tarde, o Rio de Janeiro escreve um novo capítulo na história da modalidade. De quarta (20) a domingo (24), a Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, será a sede da 41ª edição do torneio global. Esta é a primeira vez que o torneio é realizado não só em terras brasileiras, como em toda a América do Sul.

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“Não é só uma conquista institucional, mas uma prova de que o esporte vem sendo valorizado. Além disso, podemos inspirar meninas que estão dando seus primeiros passos na categoria”, celebra Larissa Salgado, presidente da Federação de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro. O evento, aliás, já registra um recorde: representantes de 78 países estarão por aqui. Em 2023, em Valência, na Espanha, foram 62 nações.

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Cada atleta se apresentará em quatro aparelhos: arco, fita, bola e maças. Serão 36 conjuntos e 111 ginastas individuais competindo ao longo de cinco dias. A esperança brasileira é obter a sonhada medalha inédita por equipe. Maria Eduarda Arakaki, Maria Paula Caminha, Mariana Gonçalves, Júlia Kurunczi, Sofia Pereira e Nicole Pircio vão se apresentar ao som do clássico Evidências, consagrado por Chitãozinho e Xororó.

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Barbara Domingos nos Jogos Pan-americanos de Santiago em 2023 (Miriam Jeske/Divulgação)

Já no individual, estão no páreo Bárbara Domingos, paranaense de 25 anos que terminou os jogos de Paris 2024 em 10º lugar no individual geral, o melhor resultado da história do Brasil numa olimpíada, e a capixaba Geovanna Santos, 23, que voltou do Pan-Americano, realizado em Assunção, no Paraguai, com duas pratas e dois bronzes na mala. Maria Eduarda Alexandre, de 18 anos, nascida em Santa Catarina, se recupera de uma lesão e será a reserva. As três vivem grande fase, com desempenhos expressivos nas últimas etapas da Copa do Mundo.

Introduzida no país nos anos 1960 pela professora húngara Ilona Peuker (1915-1995), a ginástica rítmica é, atualmente, a modalidade com maior número de atletas federados entre as 27 entidades filiadas à Confederação Brasileira de Ginástica. No estado do Rio, há 23 clubes inscritos, reunindo cerca de 700 jovens atletas. Em todo o país, mais de 12 000 crianças e adolescentes se dedicam à prática. “É um setor bem-sucedido, com demanda crescente por profissionais que buscam capacitação tanto esportiva quanto educacional”, comenta Renata Teixeira, árbitra internacional desde 2005 e consultora técnica do RG Science, que presta auxílio a atletas e treinadores.

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Renata Teixeira, árbitra internacional desde 2005 e consultora técnica do RG Science (./Divulgação)

Exemplo do alcance social da ginástica em solo fluminense, o projeto desenvolvido pela Acadêmicos do Salgueiro oferece aulas gratuitas a sessenta crianças da comunidade. “A realização do Mundial no Rio celebra uma paixão, reafirma um legado e representa um trampolim para um futuro brilhante”, opina Viviane Andrade, campeã sul-americana que comanda a iniciativa.

A chegada do evento também integra uma estratégia da prefeitura e do governo do estado para fazer do Rio um destino esportivo. “Em 2025, devemos ter 350 eventos do tipo, movimentando cerca de 2,2 bilhões de reais”, calcula o secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder. Em 2026, a cidade receberá jogos da National Football League (NFL), a principal liga de futebol americano profissional dos Estados Unidos, e a Copa do Mundo de Futebol Feminino de Futebol virá no ano seguinte.

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A realização de torneios atrai visitantes, gera empregos em toda a cadeia turística e traz benefícios para a imagem da cidade. Em cada arco lançado ao alto, em cada fita que risca o ar, vibra o esforço de quem dá a vida pelo esporte e tem suas trajetórias transformadas por ele. Para o Rio, é mais do que reafirmar sua vocação para grandes eventos, é renovar o compromisso com a inclusão e a sensação de pertencimento.

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Tudo já foi um sonho: a linha do tempo da modalidade no Brasil (Editoria de arte/Veja Rio)
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