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A volta de Pressa, Cão Vadio e mais espetáculos que estreiam no Rio

Os musicais Renato Russo e Leci Brandão — Na Palma da Mão são outras peças que retornam aos palcos cariocas nesta semana

Por Kamille Viola
Atualizado em 4 abr 2023, 20h54 - Publicado em 4 abr 2023, 20h16
Na peça Pressa, Roberto Lobo dá um beijo forçado em Mariah Viamonte
Pressa: Mariah Viamonte e Roberto Lobo estão no elenco da peça da cia Os Fodidos Privilegiados (Guga Melgar/Divulgação)
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Ao Som de Clarice

O espetáculo fala do encontro imaginário de um músico solitário e sua musa inspiradora, uma atriz de teatro de personagens inspirados nos pensamentos de Clarice Lispector. A peça é toda passada no camarim da atriz. Três personagens em cena dialogando com as poesias em dor, amor, esperança, desesperança, desespero, medo e resgate, versos, acordes como resposta e declaração de amor. Anita é interpretada por três atrizes diferentes, cada uma delas vivendo uma fase da personagem, atormentada por dúvidas e medos. O texto e a direção são de Marília Damatta.

Teatro Dulcina. Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro. Qua. e qui., 19h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla.

Aos Sábados

Com texto de Adyr de Paula e direção de Danilo Salomão, a peça aborda a relação entre Jandira (Nedira Campos) e as suas duas filhas, Malu (Luiza Lewicki) e Regina (Nina da Costa Reis), com encontros ao longo de 25 anos, sempre aos sábados. As personagens se veem às voltas com lembranças e causos, culminando com a descoberta do Mal de Alzheimer pela matriarca. A narrativa enfatiza o afeto e os aspectos emocionais desse laço, abordando a doença numa perspectiva de superação.

Teatro Nathália Timberg. Freeway Center. Avenida das Américas, 2000, Barra.  Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo Sympla. De 8 de abril a 7 de maio.

Cão Vadio

A quinta obra da premiada Trupe Ave Lola, companhia curitibana há em atividade 13 anos, convida o espectador a uma viagem pelo mundo do realismo fantástico através do cabaré. Com dramaturgia e direção de Ana Rosa Genari Tezza, o espetáculo aborda temas atuais, como as questões migratórias e de fronteiras, a intolerância, a violência e a dificuldade de comunicação gerada pelas diferentes realidades sociais e seus personagens que vivem às margens. Uma reflexão sobre a natureza humana e suas condições em um mundo em constante mudança e conflito.

Sesc Copacabana. Rua Domingos Ferreira, 160. Qui. a dom., 20h30. R$ 7,50 a R$ 30,00. Ingressos na bilhteria. De 6 a 30 de abril.

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A Filha da Virgem

Com texto e atuação de Wanderlucy Bezerra, o monólogo relembra episódios importantes da vida da atriz pernambucana, sua relação com as duas mães adotivas, com a arte, além de compartilhar, com leveza, seus traumas, dores e frustrações. O espetáculo intercala cenas biográficas com danças, músicas e expressões populares que fizeram parte da história da atriz, no ambiente rico da cultura popular nordestina. A direção é de Sandra Calaça e Leo Carnevale, com supervisão de Luiz Carlos Vasconcelos.

Teatro Candido Mendes. Rua Joana Angélica, 63, Ipanema. Ter. e qua., 20h. R$ 10,00 R$ 20,00. Ingressos pelo Sympla. De 4 a 26 de abril.

Leci BrandãoNa Palma da Mão

Artista à frente de seu tempo, a sambista é homenageada no musical. que tem texto de Leonardo Bruno e direção de Luiz Antonio Pilar. A trama é construída a partir da relação da artista (vivida por Tay O’Hanna) e sua mãe, Dona Lecy (Verônica Bonfim). Sérgio Kauff­mann representa personagens masculinos importantes na vida da cantora, como o líder comunitário Zé do Caroço, inspiração de uma de suas músicas mais famosas. Na trilha, executada ao vivo, composições de Leci, como Isso é Fundo de Quintal e Papai Vadiou.

Teatro João Caetano. Praça Tiradentes, s/nº, Centro. Sex., 19h. Sáb., 18h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo Eleven Tickets. De 7 a 29 de abril.

Pai-de-Deus

O apelido usado por um torturador nos sombrios anos da ditadura brasileira, que também remete ao pas de deux, a famosa performance em dupla no balé, dá nome ao espetáculo. Joao Schmidt interpreta um homem mais velho que recebe duas visitas de um jovem, vivido por Germano Rusch. Não se sabe ao certo quem são esses personagens, mas os conflitos que surgem apontam para memórias terríveis que os ligam a um passado comum: a ditadura militar. Em meio a culpas, remorsos, desespero e violência, eles se veem presos num jogo de forças opostas e complementares.

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Sede Cia dos Atores. Rua Manuel Carneiro, 12, Santa Teresa. Qua. e qui., 20h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. De 5 a 13 de abril.

Nefelibato

Era o ano de 1990, e o Brasil voltava a ter um governo eleito democraticamente. Inflação nas alturas, a nova equipe econômica resolve confiscar parte da poupança da população. A medida levou milhares de brasileiros ao desespero e à falência. Muitos enlouqueceram, como Anderson, que perdeu o negócio, um ente querido, um grande amor e foi parar nas ruas, perambulando. Esse andarilho é a figura central do monólogo de Regiana Antonini, que o ator Luiz Machado leva à cena para celebrar seus 25 anos de carreira. A direção é de Fernando Philbert e a supervisão, de Amir Haddad.

Centro Cultural da Justiça Federal. Av. Rio Branco, 241, Centro. Sex. a dom., 19h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo Sympla. De 7 a 30 de abril.

Pelada

Escrita por Eudes Veloso e sob direção de Orlando Caldeira, que desenvolveu a dramaturgia com Eudes e Patrick Sonata, a comédia brinca com estereótipos — sem ridicularizar — para contar uma história típica do subúrbio carioca. A partir do cruzamento da pelada heterossexual com a “gaymada” (adaptação do jogo de queimado por gays periféricos), a montagem apresenta os bastidores da disputa de dois times pelo uso do Campo do Furão (um local que, de fato, existe em Olaria) antes que uma empreiteira o compre.

Teatro Gláucio Gill. Praça Cardeal Arcoverde, s/nº, Copacabana. Sáb. e dom., 20h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Eleven Tickets. De 8 a 30 de abril.

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Pressa

Encenado por pela companhia Os Fodidos Privilegiados, com direção artística de João Fonseca e Nello Marrese, e texto de Otávio Martins, o espetáculo aborda, com humor ácido e provocador, as relações humanas afetadas pela insanidade perversa da urgência. Os personagens vivem aprisionados na lógica absurda do imediatismo alienante que encobre a amoralidade, a corrupção e a falta de escrúpulos na vida cotidiana. São quatro histórias com onze personagens que têm suas trajetórias cruzadas por questões que demandam uma solução de curto prazo. 

Casa de Cultura Laura Alvim. Ipanema. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema. Ter. e qua., 20h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo Eleven Tickets. De 4 a 19 de abril.

Renato Russo – O Musical

Encenado por Bruce Gomlevsky desde 2006, o espetáculo, que revisita a vida e a obra desse grande compositor do rock brasileiro, percorre a trajetória de Renato Russo, desde a juventude punk em Brasília, quando fundou a banda Aborto Elétrico, até o sucesso da Legião. Entre números musicais com sucessos da carreira do artista, são abordados temas como a relação de Renato com as drogas. Com dramaturgia de Daniela Pereira de Carvalho e direção de Mauro Mendonça Filho, o musical passou por mais de 50 cidades e já foi assistido por mais de 700 mil pessoas.

Teatro Prudential. Rua do Russel, 804, Glória.  Sex. e sáb., 20h. Dom., 18h. R$ 40,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla. De 7 a 30 de abril.

Sentença de Vida

A montagem inédita acompanha a jornada da médica infectologista Marcia Rachid, símbolo no tratamento da Aids/HIV no Brasil, tendo como base o seu livro homônimo. Com a proposta de entender as bases discriminação que inviabiliza vidas para ressignificar, por meio do humor, a forma como se lida com a doença. A estética queer perpassa o roteiro dividido em quatro atos, que remete ao teatro de revista. A direção é de Gilberto Gawronski, que também divide o palco com Clarisse Derzié Luz e a drag queen Suzy Brasil.

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Turma OK. Rua dos Inválidos, 39, Centro. Sex. (7), 20h. Grátis.

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