Nascido José André dos Santos em Juazeiro do Norte, no Ceará, Mestre Zezito (1949-2006) partiu aos 15 anos para Brasília, acompanhando um circo mambembe. Lá, ele se estabeleceu como palhaço, tornando-se um importante nome da arte de fazer rir — além de atuar, dedicou-se a dar aulas, transmitindo assim sua técnica. Entre os influenciados por seu trabalho está a Cia. Carroça de Mamulengos, criada há 35 anos na capital por uma trupe familiar de atores, músicos, bonequeiros, contadores de histórias e, claro, palhaços. Em seu novo espetáculo, Pano de Roda, o grupo homenageia Zezito com uma trama que retrata os percalços da vida circense.
O nome da peça remete ao cercado de chita usado para delimitar o espaço das apresentações mais populares. Na falta de uma lona, este costuma ser o cenário para as apresentações. Na história, um circo itinerante está de passagem por uma pequena cidade. Ali, uma dupla de desocupados (João Gomide e Matheus Gomide) tenta lugar na companhia, formada pela líder (Schirley França) e por um encarregado (João Gomide), uma dançarina (Elen Carvalho), um marceneiro (Francisco Gomide) e uma auxiliar (Luzia Gomide). Além de revelar detalhes sobre a vida no picadeiro, a trama serve de pretexto para uma sequência de esquetes tradicionais, apresentados em clima de brincadeira.
Pano de Roda (70min). Rec. a partir de 3 anos. Teatro Dulcina (429 lugares). Rua Alcindo Guanabara, 17, Cinelândia, ☎ 2240-4879, ? Cinelândia. Sábado e domingo, 16h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 14h (sáb. e dom.). Até 3 de fevereiro. Estreia prometida para sábado (12).