Viagem ao passado
Rio se destaca entre representações de paisagens brasileiras reunidas no Instituto Moreira Salles
Capital da colônia, do Império e da República entre os séculos XVIII e XX, o Rio exerce histórico, e compreensível, fascínio sobre os artistas viajantes. Cidades como Salvador, Recife, Ouro Preto e São Paulo estão representadas, mas recantos cariocas são maioria na mostra Panoramas: a Paisagem Brasileira no Acervo do IMS, que ocupa o Instituto Moreira Salles a partir de domingo (4). Entre os 313 trabalhos selecionados há gravuras, desenhos e pinturas produzidos de 1820 a 1920 por artistas como o inglês Charles Landseer e os alemães Rugendas e Von Martius. Fotografias completam o acervo. A lista inclui imagens oitocentistas do suíço Georges Leuzinger e do francês Augusto Stahl, além de um belo flagrante de Marc Ferrez – Jardim da Glória com Avenida Beira-Mar à Esquerda e Entrada da Barra, de 1906.
?A exposição apresenta transformações urbanas e exibe a evolução nas técnicas e na forma de representação da paisagem brasileira?, diz Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS, que assina a curadoria com Carlos Martins. Um ambiente específico promete fazer sucesso. É a recriação de uma rotunda, construção de forma circular, atração na Europa do fim do século XVIII, usada para a exibição de grandes panoramas. A obra escolhida para a exposição foi uma reprodução, de 13,5 metros quadrados, de Panorama do Rio de Janeiro (Tomado do Morro do Castelo, 1821), pioneira gravura de Félix Émile Taunay mostrada em Paris em 1824.
Panoramas: a Paisagem Brasileira no Acervo do IMS. Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400. → Terça a sexta, 13h às 20h; sábado, domingo e feriados, 11h às 20h. Estac. grátis. Visitas guiadas de terça a sexta, às 17h. Até 13 de novembro. A partir de domingo (4). https://www.ims.com.br.