Os altos e baixos do Rock in Rio 2015
Listamos tudo o que deu certo, e também o que deu errado, na sexta edição do festival
Neste domingo (27), chegou ao fim a sexta edição do Rock in Rio. Foram muitos os momentos (e músicas) marcantes em mais uma temporada que, com certeza, deixou boas memórias. Outras, nem tanto. Assim como em todo grande festival, o público também teve que enfrentar uma porção de perrengues na Cidade do Rock, de sujeira a furtos. Teve até apagão de som durante show no palco principal. A seguir, VEJA RIO listou os pontos altos e baixos do evento em 2015. Concorda?
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PONTOS ALTOS
Xô, calor!
As altas temperaturas castigaram, mas a organização do festival tomou medidas para tentar amenizar o calor na Cidade do Rock. Além do chafariz que esguichava água no público, mais bebedoures foram instalados ao longo dos dias de evento e chegaram até a abrir os portões mais cedo para que as pessoas não ficassem sofrendo sob o sol, em pé, do lado de fora.
Menos filas nos brinquedos
Mesmo com algumas falhas de funcionamento, o aplicativo lançado a fim de amenizar o tempo de espera nas filas das atrações fez uma enorme diferença. Fazendo um agendamento prévio por meio do programa, as pessoas, que antes chegavam a perder até sete horas na fila da tirolesa, diminuíram o tempo de espera para apenas 20 minutos.
Karaokê da Pepsi
No espaço de maior sucesso na Rock Street, uma banda formada por músicos profissionais acompanhava ao vivo os que se aventuram a subir no palco. A letra da música escolhida passava nos telões para facilitar o desempenho dos cantores de uma noite só. Batizado de Epic Stage, o palco permitia que espectadores do Rock in Rio cantassem suas músicas preferidas para uma plateia de cerca de 200 pessoas que se formavam no local. Diversão garantida.
Passarela do Palco Mundo
Inovação no palco principal, a rampa em direção ao público funcinou, e muito bem. Praticamente todos os artistas foram até a ponta, para o delírio dos fãs que se amontoavam na grade. Alguns nomes como Seal e Ben Thatcher, baterista do Royal Blood, se empolgaram ainda mais e foram para os braços do público. Quem não seu deu muito bem foi o vocalista Mike Patton, do Faith no More, que ao tentar se jogar na plateia acabou caindo no fosso dos fotógrafos. Por sorte, Patton não se machucou e seguiu com o show.
Pontualidade
Quase todas as atrações começaram na hora marcada. As poucas exceções foram as atrações principais de cada dia. Mas os atrasos foram de, no máximo, 40 minutos, e não irritaram o público.
Mega produções
Enquanto a banda de mascarados Slipknot tocou o terror no Palco Mundo com direito a um enorme castelo macabro e até pirotecnia, Katy Perry fez uma espécie de espetáculo circense repleto de cores, trocas de figurino (com microfone combinando), bailarinos, cenários variados e chuva de papel picado no final.
PONTOS BAIXOS
Poças e alagamento
Assim como aconteceu em edições anteriores, o chão da área próxima aos banheiros (a caminho do palco Sunset) voltou a ser tomado por poças escuras de esgoto. O problema era resolvido temporariamente, e depois persistia. A organização chegou, inclusive, a ser autuada pelo Procon. Já no último dia de festival, domingo (27), não teve jeito: a chuva torrencial que caiu sobre a Cidade do Rock provocou alagamentos em determinados pontos, com direito a lixo boiando.
Sujeira
O público teve que lidar com lixeiras transbordando e banheiros sujos sem papel higiênico. A organização tomou providências, mas o problema persistiu.
Falhas técnicas
Especialmente para os fãs, foi imperdoável o apagão do som durante o show do Metallica, que se repetiu três vezes ao longo da apresentação. O grupo chegou, inclusive, a sair do palco para retomar a apresentação apenas quando o problema estivesse resolvido. Outra: os monitores instalados nos mictórios dos banheiros masculinos, que deveriam trabsmitir os shows, não funcionaram. Os televisores, cuja instalação custa 1000 euros, cada, só estavam ligados na área VIP.
Assaltos
Mais uma vez, o público presente no Rock in Rio teve que lidar com furtos durante o evento. No primeiro fim de semana do festival, mais de 300 ocorrências foram registradas na delegacia montada no Riocentro. Os celulares foram os principais alvos dos meliantes.
Transporte
Um dos fatores que geraram maior estresse no primeiro fim de semana de Rock in Rio foi a saga do transporte até o festival. A estação do BRT ficou lotada, e as pessoas que passavam por lá reclamavam da falta de informações. Quem optou pelo ônibus primeira classe, que custava 70 reais, também não teve as facilidades anunciadas, sobretudo na hora de deixar o evento. Na segunda semana de evento, a Prefeitura montou novo esquema de trânsito na tentativa de livrar os frequentadores do sufoco.
Lanchonete autuada
Principal opção de lanche na Cidade do Rock, a rede de lanchonetes Bob’s enfrentou uma série de problemas nos primeiros dias de festival. Na sexta (18), um dos quatro pontos de venda ficou quase 40 minutos sem funcionar por falta de combustível no gerador (a rede culpou a organização). Nos dias seguintes, problemas de fila e até sanduíches trocados geraram inúmeras reclamações. O Procon chegou a autuoar a lanchonete por não organizar filas para consumidores preferenciais.
Área VIP sem vips
Foi difícil encher o espaço com personalidades de peso. Os únicos dias que lotaram de gente bacana foram o sábado (26) e o domingo (27), quando Rihanna e Katy Perry, respectivamente, se apresentaram. VEJA RIO descobriu, ainda, o point onde os vipões se escondiam para não cruzar com os vipinhos que cruzavam o camarote principal… Deselegante!
Dá-lhe playback!
Rihanna fez um show que, no geral, agradou os fãs, mas muita gente saiu decepcionada com a performance da cantora. Riri não era capaz de cantar uma música sequer até o final, parando os versos pela metade, e carregou nos recursos técnicos de voz, como playback e autotune. Katy Perry também usou a tecnologia a favor de sua voz, mas fez um show mais equilibrado e rico visualmente.