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Pincelada impressionante: novos artistas para conferir na ArtRio

Priscila Rooxo, Jaime Lauriano, Igor Rodrigues e Hal Wildson são alguns dos jovens emergentes em destaque na feira, que vai domingo (17) na Marina da Glória

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 set 2023, 17h39
Hal Widson é um homem não branco de pele clara, cabelos e bigode pretos. Ele usa camisa, blusa e calça brancas, tem as mãos nos bolsos e sorri. Ao fundo, duas obras suas, com pinturas sobre páginas de livros coladas: um quadro uma árvore e cercada por pessoas, em fotografia em preto e branco recortada e pintada de vermelho, e a outra uma marcha de pessoas, feita com fotografia em preto e branco recortada e pintada de vermelho, em que elas carregam uma bandeira onde se lê futuro.
Hal Wildson: aos 32 anos, ele tem a reconstrução de memórias coletivas e e pessoais com norte de sua obra (Agata Cunha/Divulgação)
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Além de contar com trabalhos nomes consagrados, a ArtRio é também uma vitrine para os artistas emergentes na cena brasileira. A Feira de Arte do Rio, que vai até domingo (17) na Marina da Glória, é uma chance desses nomes serem vistos por um público expressivo: no ano passado, passaram por lá 50 000 pessoas, e, para 2023, são previstas 60 000.

O quadro tem quatro mulheres fazendo pose como se fossem dançar funk em uma galeria de arte, com os quadros ao fundo. Elas estão com roupas que geralmente as mulheres usam nos bailes funk, como sandálias plataforma, shortinho curto e vestido justo e curto.
Priscila Rooxo: trabalho da artista gira em torno de temas como o feminino, território e classe social (Agata Cunha/Divulgação)

Uma das mais jovens na edição deste ano é Priscila Rooxo, de 21 anos, uma das vencedoras do Prêmio Foco do ano passado. A premiação é realizada pela ArtRio e seleciona artistas para expor na mesma edição em que são contemplados e fazer residências em instituições importantes.

A artista está com um estande só dela, na galeria que a representa, a Francisco Fino, de Lisboa, no Pavilhão Terra. Nascida em São de Meriti e moradora de Mesquita, Priscila aborda temas como gênero, território e classe social em seus trabalhos.

Jaime Lauriano é um homem negro de pele clara. Ele está de camisa branca listrada e calça branca, sorrindo e com as mãos no bolso. Tem o cabelo curto e descolorido, barba, bigode e cavanhaque pretos. Atrás dele, estão dois quadros: um é retangular e o outro é quadrado, com um dos vértices para cima. Os dois com fundo preto.
Jaime Lauriano: em sua obra, artista denuncia a violência sofrida pela população negra ontem e hoje (Agata Cunha/Divulgação)
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Outro destaque é o paulista Jaime Lauriano, 38 anos, vencedor do Prêmio Foco em em 2016. Atualmente em cartaz no Museu de Arte do Rio (MAR) com a mostra Aqui é o Fim do Mundo, na ArtRio ele está com uma exposição individual na galeria Nara Roesler, no estande S8, dentro do programa Solo.

Em sua obra, Lauriano denuncia a violência sofrida pela população negra ontem e hoje. Neste sábado (16), às 15h, ele participa do bate-papo O Artista e Suas Múltiplas Possibilidades no Campo Cultural, ao lado de Ademar Britto, curador do Solo, e das artistas Panmela Castro e Mariela Scafati.

À esquerda, uma tela quadrada de um homem negro com corte de cabelo flat top branco, sobre fundo vermelho. à direita, uma mulher negra de vestido vermelho, com cabelo com tranças.
Igor Rodrigues: racismo, empoderamento e resistência são temas das telas do artista (Agata Cunha/Divulgação)
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Igor Rodrigues, 28 anos, de Feira de Santana, na Bahia, por sua vez, está em sua primeira exibição solo no evento, no Acervo Galeria de Arte, no estande A12, no Panorama. Em sua obra, ele aborda questões como racismo, empoderamento e resistência, a partir de sua vivência enquanto homem negro, mesclando realismo e surrealismo.

Artista multimídia, Hal Wildson, 32 anos, apresenta as séries Utopia Original e Singularidades, na Galeria Movimento, no estande S13, no Solo. Nascido no Vale do Araguaia, Araguaia, região de fronteira entre Goiás e Mato Grosso, ele se apropria de materiais e processos de documentação que foram utilizados para registrar a história oficial do país, como a datilografia, carteiras de identidades e carimbos, para a reconstrução de memórias coletivas e pessoais atravessadas por questões sociais e políticas.

Marina da Glória. Avenida Infante Dom Henrique, s/nº, Glória. Sex. (15) e sáb. (16), 13h/21h. Dom. (17), 12h/20h. R$ 40,00 a R$ 80,00. Ingressos pelo site da ArtRio.

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