A volta do musical 80, com Sandra de Sá, e outras novidades nos palcos
O feriadão conta ainda com a estreia de Outra Revolução dos Bichos, a chegada de A Origem do Mundo ao Rio e o retorno de Carangueja à cena carioca
80: A Década do Vale Tudo — Doc.Musical
Sandra de Sá faz sua estreia no teatro nesse espetáculo da série Doc.Musical, criada por Frederico Reder e Marcos Nauer, que utiliza ferramentas do documentário, teatro e música para falar de momentos marcantes, com foco na música como grande protagonista. A história se entralaça a hits da carreira da cantora, como Retratos e Canções, Joga Fora no Lixo, Bye Bye Tristeza e Solidão. Material de arquivo e depoimentos reais ajudam o público a descobrir a origem das músicas de sucesso da época.
Teatro Claro. Rua Siqueira Campos, 143, 2º piso. Copacabana. De 7 a 24 de setembro. Qui. e sex., 20h. Sáb., 16h e 20h. Dom., 15h e 19h. Sessão extra Qui. (7), 16h. Não haverá sessão dia 14 de setembro. Ingressos pelo Uhuu!.
Cálculo Ilógico
A autoficção, escrita e encenada por Jéssika Menkel, busca uma nova perspectiva para ver o mundo a partir de fórmulas matemáticas. Dirigida por Daniel Herz, a atriz interpreta Ella, que vive em um universo numérico em busca de nova perspectiva para ver o mundo. Em cena, a personagem relembra, revive, calcula acontecimentos e expõe, em números, fatos marcantes de sua vida, como a eliminação errada de seu irmão D + 1. O espetáculo foi inspirado pela perda do irmão da atriz, quando ela ainda era criança.
Teatro Poeira. R. São João Batista, 104, Botafogo. Ter. e qua., 20h. R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo Sympla. Até 25 de outubro.
Carangueja
No monólogo, uma mulher (Tereza Seiblitz), que não sabemos de onde vem ou a que tempo pertence, é atravessada por múltiplas vozes, que ouvimos como se estivéssemos dentro de sua cabeça. Entre elas, há desde uma voz de locução de aeroporto até um radialista que ensina uma receita. As vozes falam de diferentes formas através do corpo da mulher e vão desenhando pistas do que está acontecendo. Uma espécie de metamorfose vai se dando ao longo da ação, levando essa mulher a viver num limiar entre humano e crustáceo, entre mulher e carangueja. A peça tem texto e idealização de Tereza Seiblitz de e direção de Fernanda Silva.
Teatro Ipanema. Rua Prudente de Morais, 824. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo site Rio Cultura. De 8 a 24 de setembro.
Lia
Com texto e a atuação de Hugo Andrade, o monólogo conta os desafios e vivências de uma mãe interiorana que se dedica a cuidar de sua filha com paralisia cerebral. A narrativa compartilha com o público os sentimentos e reflexões dos personagens nos momentos mais delicados e de questionamentos sobre a existência e a fé, sem deixar escapar a certeza de que, mesmo com as dificuldades pelo caminho, viver vale a pena. A direção é de Tárlia Laranjeira.
Del’Art — Teatros da Barra. BarraPoint Shopping. Avenida Armando Lombardi, 350, 3º piso. Sáb., 21h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo Sympla. De 9 a 30 de setembro.
A Origem do Mundo
Inspirada na história em quadrinhos da artista gráfica e cientista política sueca Liv Strömquist, editada em 25 países, leva à cena a didática e bem-humorada saga do livro para falar da hegemonia masculina na construção de tabus históricos sobre a vulva e a vagina. Intepretando mais de dez papéis cada, Luisa Micheletti (que assina a dramaturgia) e Julia Tavares mostram em cena como o corpo da mulher foi representado ao longo dos séculos pela ciência, filosofia e psicologia, áreas dominadas pelos homens. A direção é de Maria Helena Chira.
Teatro Glaucio Gill. Pça Cardeal Arcoverde, s/nº, Copacabana. Qui. e sex., 20h. R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo site da Funarj. De 8 a 29 de setembro.
Outra Revolução dos Bichos
Depois de realizar uma montagem para os palcos do clássico A Revolução dos Bichos, de George Orwell, com 20 atores, em 2022, Bruce Gomlevsky dirige outra adaptação, agora um monólogo, com atuação de Gustavo Damasceno e dramaturgia de Daniela Pereira de Carvalho. Para o diretor, é uma espécie de versão Dogma 95 do espetáculo, em referência ao movimento criado em 1995 pelos cineastas dinamarqueses Lars Von Trier e Thomas Vinterberg, que possui uma série de regras em busca de um cinema essencial, em contraponto às grandes produções. A trama, sobre um grupo de animais que se rebela contra a exploração por parte dos humanos, é uma reflexão sobre as estruturas de poder.
CCBB. Teatro III. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Qua a sáb. e seg., 19h. Dom., 18h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo site do CCBB. De 8 de setembro a 2 de outubro.
O Pôa
Com texto de Vitor Hugo Guimarães, que assina a direção ao lado de Luiza Kosovski, a peça tem como protagonista Nabuco, um ator com deficiência, e se propõe a colocar em xeque os conceitos de “normal”, “deficiência” e “corpo”. Com elementos da pantomima, do palhaço e do teatro do absurdo, o espetáculo apresenta o conflito de um corpo não ortodoxo com uma situação aparentemente absurda e sem esperanças. A partir daí, busca causar uma reflexão sobre o lugar das pessoas com deficiência na soecidade.
Teatro Cândido Mendes. Rua Joana Angélica, 63, Ipanema. Seg., 20h. R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo Sympla. Até 25 de setembro.
A Quebra
Comemorando 40 anos de carreira, Jayme Periard sobe aos palcos no Rio e estreia o espetáculo “A Quebra”, no dia 4 de setembro, no Teatro das Artes (Shopping da Gávea), na Zona Sul. Com concepção do próprio Jayme e dramaturgia de Regina Antonini, a peça nos leva a conhecer e a refletir sobre os inúmeros casos de abuso sexual contra menores na Igreja Católica.
Sextas de Graça, Mas Paga!
A cada semana, artistas diferentes apresentam seus shows de stand-up, com curadoria de Alexande Regis. Nesta sexta (8), quem sobe ao palco é Bia Guedes, Helio de La Peña, Nelson Freitas e Cláudio Torres Gonzaga.
Del’Art — Teatros da Barra. BarraPoint Shopping. Avenida Armando Lombardi, 350, 3º piso. Sex., 21h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla.
DANÇA
Vestidas de Vento
O espetáculo marca o retorno aos palcos do Grupo Devoar, fundado por Mariana Medina, que também dirige a produção. A companhia é formada por seis mulheres acrobatas que se expressam com a linguagem do circo contemporâneo, utilizando tecidos, trapézios e cordas para mergulhar fundo na exploração de subjetividades que moldam os encontros entre os corpos, principalmente o feminino. Vestidas de Vento marcou a estreia do grupo e foi apresentada pela primeira vez em 2019, tendo a circulação interrompida pela pandemia da Covid-19.
Teatro da Caixa Nelson Rodrigues. Avenida República do Paraguai, 230, Centro. Sex. (8) e sáb. (9), 19h. Dom. (10), 18h. R$ 10,00 a R$ 20,00. Ingressos pelo Bilheteria Digital.
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