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Peça inspirada em Vista Chinesa e mais oito monólogos femininos em cartaz

Espetáculo protagonizado por Julia Lund é baseado no romance de Tatiana Salem Levy, que traz um perturbador relato de um estupro ocorrido no Rio

Por Kamille Viola
Atualizado em 9 mar 2023, 19h48 - Publicado em 8 mar 2023, 17h01
Julia Lund é ruiva, segura dois microfones e veste um moletom marrom.
Vista: Julia Lund estrela o monólogo que relata um estupro ocorrido na Vista Chinesa à luz do dia - (Renato Pagliacci/Divulgação)
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Antígona

Andrea Beltrão volta ao palco do Teatro Poeira com o monólogo, pelo qual ganhou o prêmio APCA de melhor atriz em 2017. A tragédia grega, escrita por Sófocles há 2.500 anos e traduzida por Millôr Fernandes, tem dramaturgia assinada a quatro mãos pela atriz e por Amir Haddad, que dirige o espetáculo. A atriz encena sozinha um texto com mais de dez personagens. Filha do incesto de Édipo e Jocasta, mãe e filho, Antígona contraria a ordem do rei de Tebas, Creonte (seu tio), de deixar seu irmão Polinice sem sepultura. Pela insubmissão, ela acaba pagando com sua vida.

Teatro Poeira. Rua São João Batista,104, Botafogo. Qui. a sáb., 21h. Dom., 19h. R$ 30,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla. De 9 de março a 30 de abril.

Insucessos de Uma Vida Quase Adulta

No espetáculo, escrito e encenado por Bia de Queiroz, Elena é uma jovem atriz que enfrenta dificuldades para lidar com a transição da adolescência para a vida adulta. Durante um teste, o diretor pede a ela que conte algo sobre sua vida. A atriz começa, então, a relatar seus maiores fracassos dos 19 aos 25 anos, expondo suas dificuldades, sonhos e inseguranças nessa fase, seu crescimento pessoal e seus esforços para se estabelecer no mundo. Com direção de Stella Maria Rodrigues, Bia “contracena” com vozes em off de Cininha de Paula e Heloisa Périssé, entre outras.

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Teatro Candido Mendes. Rua Joana Angélica, 63, Ipanema. Sáb., 22h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. Até 25 de março.

Judy: O Arco-Íris é Aqui

Acompanhada pelos músicos Liliane Secco e André Amaral, Luciana Braga vive a estrela americana no espetáculo em que sua própria história se funde à de Judy Garland, jogando luz sobre as lutas internas e externas do artista. A peça Judy: O Arco-Íris é Aqui é entremeada por catorze números musicais, com clássicos interpretados pela estrela de Hollywood, como Over the Rainbow e That’s Entertainment, entre outros. O musical foi criado em homenagem ao centenário de Judy e aos 35 anos de carreira do autor e diretor Flávio Marinho.

Teatro Prudential. Rua do Russel, 804, Glória. Sex. e sáb., 20h. Dom., 18h. R$ 45,00 a R$ 90,00. Ingressos pelo Sympla. Até 26 de março.

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King Kong Fran

Com direção e dramaturgia Rafaela Azevedo e Pedro Brício, e direção musical da cantora e compositora Letrux, o espetáculo usa a personagem Fran, sucesso da atriz no Instagram, para promover uma irreverente e debochada reflexão sobre machismo, assédio, abuso, consentimento e violência de gênero. Num misto de cabaré com circo e show de mulher-gorila, Fran diverte o público virando ao avesso os estereótipos do feminino: com humor e ironia, inverte a lógica machista e brinca com a plateia, fazendo com que os homens “provem do seu próprio veneno”.

Teatro XP Investimentos. Jockey Club Brasileiro. Av. Bartolomeu Mitre, 1110, Leblon. Qui., 20h. R$ 35,00 a R$ 70,00. Ingressos pelo Sympla. De 9 a 30 de março.

Outras Marias

A atriz e cantora Clara Santhana conta a vida e a luta de sete mulheres que têm algo em comum: se chamam Maria. São figuras históricas como Maria Bonita e Maria Felipa de Oliveira (que lutou na Conjuração Baiana, em 1798) e divindades em cultos de origem brasileira e matriz africana, como as Marias Molambo, Navalha, Quitéria e a mais conhecida delas, Maria Padilha — amante de um monarca no antigo reino de Castela. A direção é de Patricia Selonk, a dramaturgia é assinada por Marcia Zanelatto e a direção musical é de Claudia Elizeu.

Teatro Glauce Rocha. Avenida Rio Branco, 179, Centro. Sex. a dom., 19h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. Até 26 de março.

As Pessoas

Dirigido por Rogério Fanju, o monólogo escrito e estrelado por Márcia Santos busca provocar o público ao abordar, de maneira crítica e bem-humorada, comportamentos que, em geral, são percebidos por nós na ação alheia. Na pele da personagem Zelma, ela confronta a plateia com questões pontuais que permeiam nosso cotidiano e que denunciam hábitos e condutas que são naturalizados e que, muitas vezes, são responsáveis por inúmeros desgastes e esgarçamentos nas relações sociais.

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Casa de Cultura Laura Alvim. Av. Vieira Souto, 176, Ipanema. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 20,00 a 40,00. Ingressos pelo site da Funarj. Até 19 de março.

O Prazer É Todo Nosso

Casada por dezenove anos, dos 20 aos 39 anos, depois de se separar, a atriz Juliana Martins buscou viver intensamente sua liberdade sexual. Suas experiências e as de suas amigas inspiraram o monólogo, em nova temporada. Na comédia escrita por Beto Brown e dirigida por Bel Kutner, ela fala com bom humor e sinceridade sobre muitas histórias reais, abordando o sexo de maneira despretensiosa e delicada, fazendo refletir sobre o papel da mulher na sociedade.

Teatro Vannucci. Shopping da Gávea. Rua Marquês São Vicente, 52, Gávea. Qui., 20h30. R$ 50,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla. De 9 a 30 de março.

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Vista

Finalista do Prêmio Jabuti, o romance Vista Chinesa (2021), de Tatiana Salem Levy, ganha adaptação teatral da companhia Polifônica. Reunindo cinema, música e teatro, o espetáculo solo traz o perturbador relato de Julia (vivida por Julia Lund), uma arquiteta que sofre um estupro em um dos principais cartões-postais do Rio, às vésperas da Olimpíada de 2016, em plena luz do dia. A dramaturgia é assinada por Luiz Felipe Reis, que também dirige a peça, Julia Lund e Catharina Wrede.

Espaço Sérgio Porto. Rua Humaitá, 163. Qui. a sáb., 20h. Dom., 19h. Sessão extra: 5 de abril, 20h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. De 10 de março a 9 de abril.

Taquicardia

Ana descobre que sua gata talvez tenha sumido. O medo de descobrir o que de fato aconteceu com a gata faz com que essa mulher tome uma decisão inusitada: não voltará para casa, pois assim não terá que lidar com o possível desaparecimento da gata. Ela, que perdeu o pai, uma amiga e o cachorro num espaço curto de tempo e, ainda de luto, tentando compreender o que ficou depois de tantas perdas, não concebe ter que entrar em contato com esse novo desaparecimento e foge. O espetáculo é uma fuga para dentro de si. O argumento e atuação são de Ana Abbot, a dramaturgia é de Nanda Félix e a direção é de Luciana Fróes.

Sede das Cias. Escadaria Selarón. Rua Manuel Carneiro, 12, Lapa. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 20,00. Ingressos pelo Sympla. De 10 a 19 de março.

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