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Cortina aberta: Louise Cardoso e Marcos Veras estreiam espetáculos no Rio

Diversas outras novidades chegam aos palcos cariocas nesta semana, entre elas o novo espetáculo do Grupo Tá Na Rua, dirigido por Amir Haddad

Por Kamille Viola
Atualizado em 6 abr 2023, 16h07 - Publicado em 31 mar 2023, 17h52

Anáguas de Morim

Inspirado nos relatos do e-book No Tempo das Anáguas, o espetáculo é um monólogo baseado na vida da própria autora e de duas gerações de mulheres que a antecederam. A ideia do projeto surgiu com a morte da avó da atriz e autora Claudia Gomes da Cunha, Estelita Maria de Jesus. Ela pediu à sua mãe, Iraci, que escrevesse suas memórias. A partir desses textos e de uma pesquisa com outros parentes maternos, ela conseguiu resgatar parte de sua história familiar.

Lona Jacob do Bandolim. Praça Geraldo Simonard, s/nº, Jacarepaguá. Dom. (2), 17h. Grátis. Única apresentação.

Os Bolsos Cheios de Pão

Estrelado por Louise Cardoso e Luiz Octavio Moraes, o espetáculo, dirigido por Fernando Philbert, é formado por duas peças curtas do romeno Matéi Visniec, O Último Godot e Os Bolsos Cheios de Pão, interligadas pelo humor peculiar do autor. Na primeira história, Godot, o famoso personagem de Samuel Beckett, entra em cena pela primeira vez, em um embate com seu criador. Na segunda, dois senhores debatem calorosamente porque um cachorro foi jogado, sabe-se lá por quem, dentro de um poço.

Sesc Copacabana. Arena. Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana. Qui. a dom., 20h. R$ 7,50 a R$ 30,00. Ingressos somente na bilheteria. Até 23 de abril. 

Cama de Gato

A peça conta a história da aproximação entre três garotos de programa com uma misteriosa e elegante travesti, chamada Lois Lane. Ela aparece na vida de Mike, Biel e Bruno para quebrar preconceitos. A narrativa é costurada por músicas e debates sobre aceitação, distorção de valores, comercialização das relações e amor. Cama de Gato fala de amor, que quebra barreiras e é capaz de transformações.

Arena Carioca Fernando Torres. Rua Bernardino de Andrade, 200, Parque Madureira (Portão 4). Dom. (2), 19h. Grátis. Única apresentação.

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Clóvis

Passada no subúrbio do Rio, em outros tempos, a história é narrada e conduzida por Cria, um jovem órfão nascido entre o cruzamento de ruas e vielas. Poderia ser só mais uma brincadeira, mas um acidente durante uma corrida de carrinhos de rolimã pode mudar vidas e manter tradições. Clóvis, o ser simbólico que carrega em seu bolero as tramas de uma cidade contraditória, vê no ainda garoto Cria a possibilidade de sobrevivência e perpetuação de sua fantasia.

Areninha Carioca Sandra Sá. Rua Doze, 1, Santa Cruz. Sáb. (1), 19h. R$ 2,00. Única apresentação.

O Diabo Na Rua, No Meio do Redemunho!

O monólogo é um recorte do livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, feito pelo ator Gilson de Barros. No espetáculo Riobaldo, um ex-jagunço, hoje um velho fazendeiro, conversa com um interlocutor (o público) e conta passagens sua vida, refletindo sobre o bem e o mal. O espetáculo é parte de uma trilogia inspirada no romance de Rosa, que começou com o solo Riobaldo e termina com O Julgamento de Zé Bebelo, previsto para 2024.

Centro Cultural Justiça Federal. Avenida Rio Branco, 241, Centro. Sáb. e dom., 16h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. De 1 a 16 de abril. 

Distorções

Uma frase em uma etiqueta altera a rotina de duas funcionárias de uma lavanderia, vividas por Carmen Frenzel e Mariana Consoli. Imaginando de onde o pedaço de pano saiu, Uma e Outra mergulham em águas profundas de um mundo imaginário, onde “pedaço de roupa é pedaço de gente”. É pela mão dessas mulheres que histórias de vida são passadas a limpo, torcidas e distorcidas. O texto é de Fabrício Branco e a direção, de Eduardo Vaccari.

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Teatro Glauce Rocha. Av. Rio Branco, 179, Centro. Sex. a dom., 19h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo Sympla. De 1 a 23 de abril.

Geografia Popular do Rio de Janeiro – Uma Viagem Pelo Coração do Cidadão Carioca

Com direção de Amir Haddad, o grupo Tá Na Rua fala sobre o Rio e o carioca usando o trem como ponto de partida. A história desse meio de transporte se confunde com a da cidade, já que é fato que as estações, depois de criadas, deram origem a vários bairros ao longo da estrada de ferro. No espetáculo, as estações têm nomes fictícios, que fazem referência ao povo carioca, seu jeito de viver e se relacionar. Como, por exemplo, Estação Pagode, Estação Favela e Estação Memória.

Lona Cultural Carlos Zéfiro. Estrada Marechal Alencastro s/nº, Anchieta. Sáb. (1), 16h. Grátis. Única apresentação.

Os Homens Querem Casar — parte 3

Neste solo com alma de stand up, Carlos Simões busca trazer um novo olhar sobre o casamento e as relações. O espetáculo mostra que, ao longo do tempo, o olhar sobre o relacionamento e a vida a dois mudam. Sexo, filhos, família e a forma de se lidar com o outro vão se modificando conforme a idade e a maturidade. A peça reflete que a internet trouxe uma visão mais superficial para as relações, dando a entender que a grama do vizinho é mais verde, com as pessoas se tornado vitrine e mudando seus relacionamentos conforme a conveniência.

Casa da Comédia Carioca, Rua Joana Angelica,63, Ipanema. Sex. (31), 21h30. 7 , 21  e 28 de abril, 20h. R$ 27,00 a R$ 52,00. Ingressos pelo Sympla.

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Os Homens Querem Casar e As Mulheres Querem Sexo 2

Continuação do espetáculo que estreou há 15 anos. Se, na primeira história, Jonas (Carlo Simões) entra em crise ao constatar que é apenas usado pelas mulheres, agora duas revelações mudam sua vida. Ele encontra Deus (Camila Santanioni) e descobre que, além de mulher, o Divino é cearense, como ele sempre sonhou. Deus, então, propõe a Jonas passar a sentir tudo que as mulheres sentem para entender, enfim, a visão feminina sobre os homens.

Teatro dos Quatro. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente, 52. Sáb., 21h50. R$ 40,00 a R$ 90,00. Ingressos pelo Sympla. Até 8 de baril.

Leopoldina Carolina Josefa: A Libertadora do Brasil

A peça mostra a história da Imperatriz Leopoldina em seu leito de morte, relatando ao público sua entrada no Brasil e os fatos históricos envolvidos. O drama apresenta desde questões da vida íntima da esposa de dom Pedro I, como seu sofrimento pela infidelidade do marido, a aspectos políticos, como a independência do Brasil, que na verdade foi proclamada por ela. Carol Faxas vive a personagem quando jovem e Elaine Vieira interpreta a monarca já no fim da vida.

Teatro João Caetano. Praça Tiradentes, Centro. Sex. (31), 19h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Eleven Tickets. Única apresentação.

Stanprov

O solo de humor de Leandro Austin reúne stand up e uma história em longform improvisada com sugestões da plateia. Temas como racismo, homofobia e situações diversas de vulnerabilidade social são constantemente tratados no espetáculo, por fazerem parte da vivência do ator. A ideia da apresentação é revisitar esses temas e promover um debate com o público.

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Teatro Municipal Café Pequeno. Av. Ataulfo de Paiva, 269, Leblon. Sáb. (1), 20h. Dom. (2), 19h R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. Únicas apresentações.

Um Tal Guimarães

E se Guimarães Rosa fosse um personagem inventado por ele mesmo? A partir dessa pergunta, a peça constrói um universo poético-ficcional para apresentar Guimarães Rosa, por meio de algumas de suas criações, como Riobaldo e Diadorim, de Grande Sertão: Veredas, entre outros. A partir desse enredo desenvolvido por Luiz Antonio Ribeiro, o idealizador da peça e único ator em cena, Vitor Peres, revisita as próprias memórias de sua infância em um sertão mineiro esquecido de Rosa, ao mesmo tempo que resgata a trajetória de um Guimarães Rosa “urbano”.

Teatro Ruth de Souza. Parque das Ruínas. Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa. Sáb. e dom., 19h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo Sympla. De 1 a 9 de abril.

Vocês Foram Maravilhosos

Em seu mais recente espetáculo, Marcos Veras aborda assuntos como paternidade, carreira e família, refletindo sua fase mais madura. Ele também trata de temas delicados, como as mortes do seu pai e da sua irmã, que mudaram seu jeito de ver a vida. O espetáculo conta ainda com o quadro Terapia Coletiva, onde o ator traz uma pessoa da plateia para uma sessão de terapia descontraída onde tudo pode acontecer. O texto é do próprio Marcos Veras, e a direção é de Leandro Muniz.

Teatro Miguel Falabella. Norte Shopping. Av. Dom Hélder Câmara, 5474, Cachambi. Sáb. (1) e dom. (2), 20h. R$ 35,00 a R$ 70,00. Ingressos pelo Sympla. Únicas apresentações.

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