Os destaques da programação e os escritores confirmados na Flip 2023
Adriana Calcanhotto abrirá festa literária de Paraty com show com apresentação única que une Pagu e Augusto de Campos, homenageados nesta edição
Com show de Adriana Calcanhotto, a 21ª edição da Flip, Festa Literária Internacional de Paraty, começa na próxima quarta (22). A celebração musical une a autora e jornalista Patrícia Galvão, a Pagu, e Augusto de Campos, os grandes homenageados deste ano. Será uma apresentação única e pensada especialmente para o evento, com participação de Cid Campos, filho de Augusto e responsável por musicar diversos de seus poemas e traduções, alguns deles contidos na nova antologia “Viva Vaia” que a Ateliê Editorial publica durante a festa.
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O show, que será aberto no auditório da praça do centro histórico de Paraty logo após a mesa de abertura com Adriana Armony e David Jackson, terá projeção de imagens e vídeos concebidos por Omar Salomão e Emílio Rangel. A ideia é conectar o espírito de diversas mulheres que simbolizaram rupturas inconformadas e indóceis com sua época entre elas, a americana Emily Dickinson, traduzida por Augusto de Campos em poemas musicados por Cid. “São interligações entre diversas mulheres que me formaram, das quais eu sou uma espécie de elo”, disse Adriana Calcanhotto à Folha de São Paulo.
Ao todo são 38 autores convidados, sendo 28 mulheres. Entre os nomes internacionais estão a equatoriana Mónica Ojeda, de “Madíbula”; Alana S. Portero, espanhola, mulher trans e ativista, autora de “Maus Costumes”; Dionne Brand, autora de “Um Mapa para a Porta do Não Retorno”, de Trinidad e Tobago e outras. Do Brasil, a lista conta com Itamar Vieira Junior, de “Torto Arado”; Manuela D’Ávila, de “Por que lutamos”; Socorro Acioli, de e “A Cabeça do Santo”, entre outros. Até o dia 26 de novembro, a Flip levará as mais diversas atrações à Praça da Matriz. Além das 20 mesas, programa principal da festa, a Flip também conta com outras duas categorias de programação: programa educativa e Flip+.
Confira a programação oficial:
Quarta-feira (22)
Mesa 1: A mulher do povo (19h) — pago
Quinta-feira (23)
Mesa 2: Um teatro, um precipício (10h) — pago
Mesa 3: Já não agia por minha conta (12h) — pago
Mesa 4: Um quarto meio escuro (15h) — pago
Mesa 5: Digamos que seja a lua nova (17h) — pago
Mesa 6: As suas nebulosidades (19h) — pago
Mesa 7: Lembranças de todas as coisas ocorridas (20h45) — pago
Sexta-feira (24)
Mesa 8: Uma prisão mortal (10h) — pago
Mesa 9: Bate ainda o coração da cidade devastada (12h) — pago
Mesa 10: Terra de fumaça descoberta pela guerra de nossos dias (15h) — pago
Mesa 11: Contra a mentalidade decadente (17h) — pago
Mesa 12: As suas nervuras (19h) — pago
Mesa 13: Venha com um nome de família (20h45) — pago
Sábado (25)
Mesa 14: Alguém telegrafa para o mundo pedindo atenção (10h) — pago
Mesa 15: Artistas em destaque: Augusto de Campos, sou um canal (12h) — pago
Mesa 16: O meu primeiro amor que acabou com o segundo (15h) — pago
Mesa 17: Os passarinhos se escondem dos homens (17h) — pago
Mesa 18: Vocês servirão de lenha para a fogueira transformadora (19h) — pago
Domingo (26)
Mesa 19: Só então pude falar (10h) — pago
Mesa 20: Livro de cabeceira (12h) — pago
Confira algumas das atrações abertas ao público em geral:
Flipinha
Neste ano, o tema da programação educativa da Flip é: “modos de habitar”. De acordo com a organização, o objetivo é ampliar o olhar do público sobre a ecologia e a forma de como se relacionar com o universo. As atividades, que são gratuitas, contam com rodas de conversa, apresentações artísticas e atividades para crianças, jovens, famílias e educadores. Durante a festa haverá atrações como ciranda, contação de histórias indígenas e o espetáculo teatral (“Voe Comigo”), além de exibição de curtas na FlipZona.
Flip+Sesc
O Sesc estará presente em mais uma edição da Flip, desta vez como parceiro institucional em uma programação literária e cultural voltada a crianças, jovens e adultos. As ações Flip+Sesc serão realizadas em uma nova área montada no Largo de Santa Rita, no Centro Histórico, e nos espaços do Sesc que já são tradição durante o evento: o Sesc Santa Rita, com seus cafés literários, oficinas e apresentações artísticas, e a Casa Edições Sesc, com ações baseadas nas obras da editora. Rodas de conversas, contação de histórias, apresentação de jongo e de rap e espetáculo teatral fazem parte da programação, que acontece entre os dias 23 e 26 de novembro e é totalmente gratuita. Já os tradicionais cafés literários do Sesc recebendo nomes como Conceição Evaristo, escritora e fundadora da Casa Escrevivência, Giovana Madalosso, idealizadora do movimento Um Grande Dia para as Escritoras; e Jefferson Tenório, vencedor do Prêmio Jabuti com o romance O avesso da pele. Outro destaque é o bate-papo com Fabio Porchat, dentro da programação conjunta com a Fundação José Saramago. O ator, roteirista e humorista falará sobre seu programa Viagem a Portugal, que percorreu os locais visitados e registrados por José Saramago na obra de mesmo nome.
Casa Sete Selos+
O coletivo formado pelas editoras Âyiné, Bazar do Tempo, Carambaia, Círculo de Poemas, Cobogó, Fósforo e Ubu, terá uma casa com programação aberta ao público durante a 21ª Flip, em parceria com a revista Gama, a livraria Megafauna e a editora de audiolivros Supersônica. A Casa Sete Selos+, localizada na Rua da Matriz 107, no Centro Histórico de Paraty, contará com onze sessões de bate-papo, três de leitura de livros e três happy hours. Passarão por lá, entre os dias 23 e 26 de novembro, mais de trinta convidados — entre eles, Ana Paula Pacheco, Deivison Faustino, Eliane Robert Moraes, Julia de Souza, Luciana da Cruz Brito, Marcio Abreu e Sidarta Ribeiro. A casa terá também um bar, comandado pela cervejaria Catimba, que funcionará de quinta (23) a sábado (25),das 12h às 22h30.
Encruza Literária
Encruza, na cosmogonia afro-brasileira, se coloca como lugar da comunicação e das trocas. E entroncamento de caminhos. É isso que Encruza Literária propõe levar para a FLIP 2023: um espaço onde saberes, pessoas e ideias diversas se encontram. Esta será a tônica da programação criada pela Editora Oficina Raquel que ocupará o Boteco Damião, no Centro Histórico de Paraty nos dias do evento. Conversas ao ar livre, gratuitas e com um incrível cardápio de temas e petiscos, serão o ambiente de 11 momentos de bate-papos e trocas de ideias em meio a mesas do bar, de 22 a 26 de novembro, na charmosa esquina da Rua Santa Rita. Será tudo no melhor estilo “Conversa de Botequim”. Além das bebidinhas e quitutes, o cardápio de encontros promovidos pela Oficina Raquel traz, entre seus destaques, conversas sobre temáticas como: mulher, cidade e direitos, literatura infantil, ilustração, 20 anos da lei 10.639/03 (educação antirracista) e uma mesa especial dedicada a homenageada do evento, Pagu, entre outros assuntos. Por lá passarão nomes como Conceição Evarist, além da escritora Cidinha da Silva, do babalorixá e escritor Rogério Athayde, do jornalista internacional Jamil Chade, e de Cíntia Barreto, também confirmada na programação da Flipinha.
Casa Poéticas Negras
Aquilombar-se, ou reconectar-se com a força das nossas raízes, é a proposta que a Casa Poéticas Negras leva mais uma vez para a Flip, como casa parceira oficial do evento. O espaço reunirá editoras especializadas em literatura negra e indígena, escritores e escritoras, artistas e empreendedores, com uma programação recheada de debates e trocas afrocentradas. A programação deste ano contará com mais de 40 horas de atividades afroreferenciadas, com mesas literárias, lançamentos de livros, sessão de autógrafos, slam, poesia, exibição do documentário Moa do Katende e shows. Tudo isso permeado com a presença de convidadas ilustres do Brasil, como Katiuscia Ribeiro, Luciana Barreto, Dani Balbi,Fayda Belo, a secretária de Meio Ambiente do Rio de Janeiro Taina de Paula, e do exterior como a escritora cubana Teresa Cárdenas. O espaço também será palco para o lançamento de mais de 50 publicações de obras dos catálogos das editoras Coletivo Diversos, FEMINAs, Jandira, Kitembo, Miolo Mole, Pallas e Telha, todas dedicadas à literatura afrobrasileiras, diaspóricas e indígenas.
Veja a Confira a lista completa dos autores convidados:
Internacionais:
Akwaeke Emezi (Nigéria, EUA)
Alana Portero (Espanha)
Christina Sharpe (EUA)
David Jackson (EUA)
Dionne Brand (Trinidad e Tobago, Canadá)
Ilya Kaminsky (Ucrânia, EUA)
Kelefa Sanneh (Inglaterra, EUA)
Laura Wittner (Argentina)
Manuel Mutimucuio (Moçambique)
Marion Aubert (França)
Mónica Ojeda (Equador)
Nora Krug (Alemanha)
Sinéad Gleeson (Irlanda)
Nacionais:
Adriana Armony
Angélica Freitas
Bruna Beber
Carla Akotirene
Denise Carrascosa
Eliane Marques
Felipe Charbel
Flora Süssekind
Glicéria Tupinambá
Gustavo Caboco
Itamar Vieira Junior
Joice Berth
Jorge Augusto
José Henrique Bortoluci
Leda Cartum
Leda Maria Martins
Lubi Prates
Luiza Romão
Manuela D’Ávila
Maria Dolores Rodriguez
Marília Garcia
Miriam Esposito
Natalia Timerman
Socorro Acioli
Tatiana Pequeno