Festival do grupo Satyros terá 78 horas ininterruptas de cultura pela web
Artistas que queiram participar da programação com números de teatro, dança, circo, literatura e música podem se inscrever até o dia 8 de novembro
Quando 2020 começou, os integrantes da tradicional companhia paulistana de teatro Os Satyros imaginavam comemorar os 20 anos da ocupação da Praça Roosevelt, no Centro de São Paulo, com novos trabalhos e a turnê europeia do monólogo Todos Os Sonhos do Mundo, com Ivam Cabral.
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A pandemia, como sabemos, alterou todos os planos e, através da internet, os Satyros fizeram do limão uma limonada. A Arte de Encarar O Medo foi uma das primeiras peças brasileiras criadas para as plataformas digitais. O sucesso foi tanto que o trabalho ganhou uma versão afro-europeia e uma americana, com elencos diferentes.
A companhia também lançou o espetáculo Novos Normais pela web e adaptou o solo de Cabral para uma tocante e singela versão on-line.
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É natural, portanto, que, neste 2020 virado ao avesso, o já tradicional festival Satyrianas, com 78 horas ininterruptas de programação cultural, rompa as barreiras físicas e seja transposto para a internet, alcançando não só o público brasileiro, mas estrangeiro.
O festival on-line, batizado de Satyrianas – Pra Não Dizer Que Não Falaremos de Flores, acontece entre os dias 3 e 6 de dezembro.
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Os eventos, todos gratuitos, serão apresentados em variadas plataformas digitais, como Zoom, YouTube, Facebook, Instagram, Twitter, Whatsapp e TikTok.
Artistas e coletivos que desejem mostrar a sua arte no festival Satyrianas 2020 têm até o dia 8 de novembro para inscrever seus projetos nas áreas de teatro, dança, circo, audiovisual, performance, literaturam podcast e música. O edital e a ficha de inscrição podem ser consultados neste link.
“Vivemos tempos quase insuportáveis, de dor e ódio, tanto na nossa aldeia quanto no planeta. Mais do que nunca, precisamos fazer da nossa arte uma luz de esperança para o futuro”, afirma Rodolfo García Vázquez, diretor e cofundador da companhia.
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Os Satyros já produziram mais de cem espetáculos, se apresentaram em 27 países e ganharam uma centena de prêmios – incluindo os maiores do teatro brasileiro, como APCA e Shell