Fazendo História traz embate entre professores
O conflito entre dois mestres de estilos diferentes serve de pano de fundo para reflexões sobre tolerância e educação
AVALIAÇÃO ✪✪✪
Guardadas as devidas proporções, Fazendo História revela semelhanças com os chamados romances de formação, em que o personagem principal é mostrado da infância ou adolescência até a maturidade. Vencedora dos importantes prêmios Laurence Olivier, em sua encenação original inglesa, e Tony, pela montagem na Broadway, a comédia dramática de Alan Bennett traz, porém, não um, mas oito protagonistas (vividos aqui por André Arteche, Renato Góes, Hugo Kerth, Helder Agostinni, Rafael Canedo, Yuri Ribeiro, Ricardo Kennup e Guilherme Ferraz). Alunos de uma mesma escola, eles estão sendo preparados para entrar nas melhores universidades da Inglaterra. Para isso, o diretor (Edmundo Lippi) contrata Irwin (Mouhamed Harfouch), professor que ele julga mais qualificado do que o heterodoxo Hector (Xando Graça, excelente) — com quem, entretanto, os garotos têm enorme cumplicidade. Tendo o embate entre os mestres como pano de fundo, o texto vai entrecruzando de maneira tocante, mas sem pieguice, as aspirações para o futuro e a realidade do presente de cada um dos alunos, enquanto reflete sobre a superação de diferenças e a própria ideia de educação. Diante de uma cenografia crua, a direção de Gláucia Rodrigues investe, com êxito, na interação do elenco (120min). 12 anos. Estreou em 23/10/2014.
Teatro Eva Herz (186 lugares). Rua Senador Dantas,45 (Livraria Cultura Cine Vitória), Centro, ☎ 3916-2600, ↕ Cinelândia. → Quarta a sábado, 19h. R$ 40,00 (qua.) e R$ 50,00 (qui. a sáb.). Bilheteria: a partir das 15h30 (qua. a sáb.). IC. Até 20 de dezembro.
+ Confira outras peças em cartaz na cidade