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Em cartaz no IMS, mostra discute o cinema alemão

Doku.Arts exibe documentários sobre a ética e a estética de cineastas como Hitchcock e Haneke

Por Thayz Guimarães
Atualizado em 2 jun 2017, 12h48 - Publicado em 7 jan 2015, 15h46
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    Entre os dias 8 e 14 de janeiro, o cinema do Instituto Moreira Salles irá exibir a mostra alemã de documentários Doku.Arts. No programa estão previstos filmes que tratam da ética e da estética cinematográficas de ícones como Alfred Hitchcock (Psicose) e Michael Haneke (Amor; A Fita Branca).

    Confira a programação completa:

    Quinta | 8 de janeiro

    16h

    A máquina louca (Miradas múltiples, la máquina loca), de Emilio Maillé  (México, 2012. 93’)

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    Um panorama da extensa carreira cinematográfica (mais de 200 títulos; entre eles, filmes de Buñuel, Ford e Huston) do fotógrafo mexicano Gabriel Figueroa.

    20h

    Béla Tarr : outrora eu fui um diretor de cinema (Tarr Béla: I used to be a filmmmaker), de Jean Marc Lamoure (França, 2013. 88’)

    Diretor célebre pela complexidade de seus movimentos de câmera, Tarr anunciou recentemente que deixou de fazer filmes. Este documentário sobre o que se passa por trás das câmeras de seu último trabalho, O cavalo de Turim (2010) – os guindastes, as máquinas de vento e os equipamentos de iluminação –, registra também observações do diretor sobre o seu ofício: “Cinema é coisa que se faz num sistema bastante feudal. Alguém, uma só pessoa, decide onde colocar a câmera. Não existe democracia no mundo da arte. Ou – acrescenta com um sorriso – existe tanta democracia na arte quanto na vida.”

    + Mostra exibe os melhores filmes de 2014 no CCBB

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    Sexta | 9 de janeiro

    14h

    A voz de Sokurov (Sokurovin ääni) de Leena Kilpeläinen (Finlândia, 2014. 77’)

    Com base em seis longas entrevistas filmadas em seis locais diferentes de São Petersburgo, o filme documenta o método de trabalho do diretor de obras impactantes como Moloch, Arca russa e Fausto.

    16h

    Michael H. Profissão: diretor de cinema (Michael H. Profession: Director), de Yves Montmayeur (França, 2013. 92’)

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    Um dos cineastas europeus mais polêmicos e ao mesmo tempo mais respeitados, Haneke investiga as origens da violência na psique humana e, simultaneamente, questiona em que medida existe um prazer em ver a violência representada na tela.

    20h

    O duplo (Double Take), de Johan Grimonprez (Inglaterra, Alemanha, Holanda, 2009. 80’)

    Entre 1958 e 1963 – a Guerra Fria na política internacional e a televisão começando a remodelar a sociedade –, Alfred Hitchcock fez Intriga internacional, Psicose e Os pássaros. Grimonprez investiga este período a partir do que identifica como o confronto central dos filmes de Hitchcock: o confronto com o duplo, marcado então por uma estranha advertência: “Se encontrar o seu duplo, você deve matá-lo.” Um filme de muitos pares estranhos: Hitchcock e seu duplo, Kruschev e Nixon, Nixon e Kennedy, Kennedy e Kruschev, Leste e Oeste, foguetes soviéticos e televisões americanas.

    + Confira os filmes em cartaz na cidade

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    Sábado | 10 de janeiro

    14h

    Béla Tarr : Outrora eu fui um diretor de cinema (Tarr Béla: I used to be a filmmmaker), de Jean Marc Lamoure (França, 2013. 88’)

    16h

    A máquina louca (Miradas múltiples, la máquina loca), de Emilio Maillé  (México, 2012. 93’). Sessão em presença do realizador

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    Um panorama da extensa carreira cinematográfica (mais de 200 títulos; entre eles, filmes de Buñuel, Ford e Huston) do fotógrafo mexicano Gabriel Figueroa. 

    20h

    Para os outros (It for others), de Duncan Campbell (Inglaterra, 2013. 54’)

    Uma discussão do colonialismo e das práticas dos museus e mercados de arte. Um filme inspirado em As estátuas também morrem, de Marker e Resnais (1953), e na tradição do pensamento marxista, ilustrado no filme por meio de um balé da companhia de dança de Michael Clark.

    As estáturas também morrem (Les Statutes meurent aussi) de Chris Marker e Alain Resnais (França, 1953. 30‘)

    “É estranho que o panfleto, gênero admitido e honrado na literatura, não seja aceito no cinema”, observou Marker ao comentar a censura imposta pela França a este filme sobre “a deformação que o olhar colonialista impôs à arte africana ao retirá-la de seu contexto”.

    doku arts
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    Domingo | 11 de janeiro

    14h

    Michael H. Profissão: diretor de cinema (Michael H. Profession: Director), de Yves Montmayeur (Austria, França, 2013. 92’)

    Um dos cineastas europeus mais polêmicos e ao mesmo tempo mais respeitados, Haneke investiga as origens da violência na psique humana e, simultaneamente, questiona em que medida existe um prazer em ver a violência representada na tela.

    16h 

    O duplo (Double Take), de Johan Grimonprez (Inglaterra, Alemanha, Holanda, 2009. 80’)

    20h 

    Libertários, de Lauro Escorel (Brasil, 1977. 30’)

    Um retrato das lutas de trabalhadores no princípio do século 20 a partir de imagens do arquivo Edgard Leuenroth e de documentos das condições de trabalhos nas fábricas em São Paulo no começo da industrialização.

    Tudo isto pode acontecer (All This Can Happen) de Siobhan Davies e David Hinton (Inglaterra, 2012. 50’)

    No conto Um passeio (1917), do suíço Robert Walser, um homem decide abandonar tudo para uma viagem pela floresta e nesta aventura redescobre a vontade de viver/Para contar essa experiência no cinema, uma cuidadosa remontagem de filmes mudos.

    Terça | 12 de janeiro

    14h

    Libertários de Lauro Escorel (Brasil, 1977. 30’)

    As lutas de trabalhadores no princípio do século 20 a partir de imagens do arquivo Edgard Leuenroth.

    Tudo isto pode acontecer (All This Can Happen) de Siobhan Davies e David Hinton (Inglaterra, 2012. 50’)

    No conto Um passeio (1917), do suíço Robert Walser, um homem decide abandonar tudo para uma viagem pela floresta e nesta aventura redescobre a vontade de viver.

    16h

    Béla Tarr : outrora eu fui um diretor de cinema (Tarr Béla: I used to be a filmmmaker), de Jean Marc Lamoure (França, 2013. 88’)

    20h

    Outro sertão, de Adriana Jacobsen e Soraia Vilela (Brasil, 2013.)

    “Guimarães Rosa como consul brasileiro na Alemanha nazista: a pesquisa durou uma década”, dizem as diretoras. “Visitamos incontáveis arquivos, encontramos um dossiê da Gestapo sobre Guimarães Rosa e reunimos relatos de judeus que deixaram a Alemanha com vistos expedidos pelo consulado brasileiro em Hamburgo”.

    Quarta | 3 de dezembro

    14h

    Nós que aqui estamos por vós esperamos, de Marcelo Masagão (Brasil, 1998. 102’)

    16h

    A voz de Sokurov (Sokurovin ääni), de Leena Kilpeläinen (Finlândia, 2014. 77’)

    Com base em seis longas entrevistas filmadas em seis locais diferentes de São Petersburgo, o filme documenta o método de trabalho do diretor de obras impactantes como Moloch, Arca russa e Fausto.

    20h

    Para os outros (It for others), de Duncan Campbell (Inglaterra, 2013. 54’)

    Uma discussão do colonialismo e das práticas dos museus e mercados de arte. Um filme inspirado em As estátuas também morrem, de Marker e Resnais (1953), e na tradição do pensamento marxista, ilustrado no filme por meio de um balé da companhia de dança de Michael Clark.

    As estáturas também morrem (Les Statutes meurent aussi) de Chris Marker e Alain Resnais (França, 1953. 30‘)

    Para Marker, um filme sobre “a deformação que o olhar colonialista impôs à arte africana ao retirá-la de seu contexto”.

    O Instituto Moreira Salles fica na Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea. As sessões custam R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). Mais informações pelo telefone 3284-7400.

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