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Bazar Doar Fashion chega à 15ª edição com mais de 100.000 peças vendidas

Em paralelo ao evento criado pela estilista Daniella Martins, crescem na cidade outras iniciativas de consumo consciente

Por Natália Boere
8 ago 2025, 06h39
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A estilista Daniella Martins, criadora do bazar Doar Fashion, onde as peças são armazenadas (Dani Dacorso/Veja Rio)
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Uma bolsa Burberry esquecida num canto de um closet coalhado de outras tantas peças de grife ganha vida nova ao ser separada para doação. Além disso, pode ser convertida em ações de educação, saúde e cidadania para pessoas de baixa renda. Esse é o propósito do bazar Doar Fashion, cuja 15ª edição acontece nos dias 16 e 17 de agosto, na Casa Santa Ignez, na Gávea.

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A iniciativa é capitaneada pela estilista Daniella Martins desde 2011. A ideia surgiu ao voltar de uma viagem à Inglaterra com a mala cheia de roupas doadas pela irmã. “Reuni algumas amigas que enxergaram propósito no desapego e já na primeira edição faturamos 63 000 reais”, relembra. No ano passado, foram arrecadados cerca de 1,2 milhão de reais com a venda de roupas, sapatos e acessórios, novos ou usados, a preços populares.

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Todo o lucro é destinado a instituições de caridade. Neste ano, 27 000 produtos estarão à disposição dos frequentadores, desde itens de marcas nacionais, como Farm, Dress To e Reserva, a partir de 10 reais. Chanel, Valentino e Hermès também darão pinta por lá, custando pelo menos 90 reais. Mais de 100 000 peças já foram vendidas e cerca de 10 000 pessoas de baixa renda foram beneficiadas pela rede de moda circular e solidariedade, que conta com quatrocentos voluntários.

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Algumas peças que estarão à venda na 15ª edição do bazar Doar Fashion na Gávea (Dano Dacorso/Veja Rio)

“Chegamos tão longe porque desde o primeiro dia existe amor. Fazemos a nossa parte para uma sociedade mais humana, mesmo que seja uma gota no oceano”, reflete Daniella. Entre as entidades apoiadas está a Fundação Santa Ignez, que, desde 1985, oferece creche e reforço escolar para em média 270 crianças de comunidades da Zona Sul todo ano.

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“Com a verba recebida nos últimos anos, conseguimos reformar a cozinha e o banheiro da sede, além de comprar brinquedos para os alunos e cestas básicas para funcionários e famílias carentes. Essa ajuda é fundamental”, conta a presidente da instituição, Christiane Barbosa. Entusiasta do Doar Fashion, a jornalista e apresentadora da TV Globo Maria Beltrão grava vídeos de divulgação e desapega de pelo menos quinze itens a cada edição. “É um ciclo virtuoso, o bem contagia todo mundo”, observa Maria.

A criadora de conteúdo Joana Nolasco é, inclusive, voluntária ao lado da filha Maria Carolina, de 12 anos, e já doou mais de cem exemplares do próprio guarda-roupa. “Esse é o melhor uso que podemos dar para as roupas e acessórios”, resume. Sissi Freeman, dona da Granado, que enviou velas, colônias e sabonetes da marca, faz coro. “É um projeto necessário, que nos enche de orgulho”, define.

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Oficina Muda: mais de 1 milhão de peças foram restauradas e vendidas em uma década na multimarcas (./Divulgação)

De acordo com a ONU Meio Ambiente, cerca de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis se acumulam a cada ano, o equivalente a um caminhão de lixo despejado a cada segundo. De olho na redução desse impacto, crescem no Rio empreitadas como a Oficina Muda, multimarcas de moda sustentável que repara e comercializa, a preços acessíveis, roupas com pequenos danos que seriam descartadas por grandes grifes nacionais. Em uma década, mais de 1 milhão de peças, de marcas como Foxton, Cantão e Maria Filó, foram poupadas.

“Temos ainda o Projeto Retalhos, que distribui sobras de tecidos e já gerou 7 milhões de reais para trezentas artesãs em situação de vulnerabilidade social”, conta Yamê Reis, diretora do Instituto Muda Mais, pilar socioambiental da Oficina Muda.

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Vestido de 7 metros foi destaque na exposição Entrelinhas, que celebrou 25 anos de Fernando Viana dedicados ao upcycling no Parque das Ruínas (./Divulgação)

Quando morava em Londres, o estilista e artista plástico Fernando Viana teve a sacada de transformar tecidos descartados em looks icônicos, como um vestido de 7 metros feito com restos do cenário de um espetáculo teatral. A peça foi destaque na recente exposição Entrelinhas, no Parque das Ruínas.

“O desperdício na moda sempre me chocou. O despertar da consciência ambiental é urgente”, clama Viana, que vai passar a oferecer a moradoras da Rocinha oficinas sobre como transformar embalagens de café a vácuo em bolsas. O planeta agradece.

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