Dia da Síndrome de Down: filmes, livros e influenciadores sobre o tema

Na data, celebrada em 21 de março, conheça mais sobre o universo das pessoas com Down, do premiado longa Colegas à modelo Maju de Araújo

Por Redação VEJA RIO SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 21 mar 2024, 13h45 - Publicado em 20 mar 2024, 21h41

FILMES

Colegas (2012)

Filme mais conhecido sobre o tema no país, o longa de Marcelo Galvão conta a história de três amigos com síndrome de Down que são loucos por cinema. Inspirados na aventura Thelma e Louise (1991), eles roubam o carro do jardineiro (Lima Duarte, também narrador da produção) e fogem da instituição onde vivem em busca de seus sonhos: Stallone (Ariel Goldenberg) quer ver o mar, Aninha (Rita Pokk) deseja se casar e Márcio (Breno Viola) planeja voar. Leve, divertida e emocionante, a história é cheia de referências a outros filmes e rendeu ao trio e ao longa o prêmio especial do júri e o de melhor filme em Gramado, respectivamente. No catálogo da Netflix.

Do Luto à Luta (2006)

O documentário de Evaldo Mocarzel investiga como pais de pessoas com síndrome de Down receberam a notícia, além de relatar as dificuldades, desafios e preconceitos. O diretor é pai de Joana Mocarzel, jovem com a síndrome que está no filme e que interpretou a menina Clarinha na novela Páginas da Vida (2007), da Globo, na qual vivia a filha de Helena (Regina Duarte) — a novela, por sinal, pode ser assistida por assinantes da Globoplay. Ariel Goldenberg e Rita Pokk, dois dos protagonistas de Colegas (2012), também são entrevistados no longa. Disponível no Vimeo.

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O Oitavo Dia (1996)

A comédia dramática do belga Jaco Dormael conta a história de Harry (Daniel Auteuil), um homem bem-sucedido nos negócios, mas que vive só para o trabalho e, por isso, acabando sendo abandonado pela esposa e filhas. Um dia, ele quase atropela Georges (Pascal Duquenne), que tem síndrome de Down, e os dois acabam se tornando grandes amigos, o que muda para sempre a vida de Harry. Duquenne e Auteuil dividiram o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes.

Três Vidas e Um Sonho (2022)

Escrito e dirigido por Marcelo Galvão, de Colegas (2012), e lançado dez anos depois do longa premiado em Gramado, o documentário conta as histórias dos três protagonistas da comédia e suas mães: Ariel Goldenberg e Corine Goldenberg, Rita Pokk e Muriel Pokk, e Breno Viola e Suely Viola. Graças aos esforços e à dedidação dessas mulheres, seus filhos estrelaram um filme reconhecido internacionalmente, além de terem realizado diversos outros sonhos ao longo de suas vidas. Disponível para aluguel ou compra no GooglePlay, na AppleTV+ e no YouTube Filmes.

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INFLUENCIADORES

Breno Viola

Referência na luta das pessoas com síndrome de Down, o carioca de 43 anos foi o pioneiro do judô para pessoas com síndrome de Down nas Américas. É um dos protagonistas do longa Colegas (2012). Em 2015, apresentou ao lado de Drauzio Varella o quadro Qual É a Diferença?, no Fantástico. Também participou do documentário Três Vidas e Um Sonho (2022), de Marcelo Galvão (mesmo diretor de Colegas) e está no elenco da continuação Colegas e o Herdeiro, prevista para 2015. Em seu Instagram (@breno.viola), mostra seu dia a dia de forma leve e bem-humorada.

Fernanda Honorato

Primeira repórter com síndrome de Down do país, entre 2007 e 2021 a carioca de 44 anos fez parte do Programa Especial, da TV Brasil, entrevistando centenas de personalidades que tinham ou apoiavam projetos voltados para a inclusão. Atuou no espetáculo teatral Musical da Alegria (2016), de Renata Mizrahi e com direção de Luís Igreja. Em seu perfil no Instagram (@fernandahonorato_01), ela compartilha sobretudo trabalhos que realiza e vídeos informativos sobre a síndrome.

Maju de Araújo

Aos 21 anos, a modelo é embaixadora de marcas globais como L’Oréal Paris e Lancôme. Maju já desfilou na Semana de Moda de Milão e fez trabalhos em países como Portugal, Inglaterra, França e Catar. Em seu perfil no Instagram (@majudearaujo), publica posts informativos sobre a síndrome de Down, cliques e vídeos com seus looks, além de capas de revistas estampadas por ela e as campanhas que realiza. Em 2022, foi eleita a Carioca do Ano na categoria Representatividade por VEJA RIO.

Samanta Quadrado

Paulistana, a atriz de 36 anos veio para o Rio em 2018, para viver com o namorado, o também ator Breno Viola, que conheceu na pré-estreia de Colegas (2012), onde fez figuração. Samanta atuou na novela Um Lugar ao Sol (2021), em que interpretou a personagem Mel (disponível na Globoplay). Na trama, ela morava com o pai, Paco (Otávio Müller), que incentivava a sua independência e autonomia, enquanto a mãe, Helena (Cláudia Mauro), queria superprotegê-la. Em seu Instagram (@samantaquadrado_), ela compartilha seu dia a dia, viagens com a família e looks.

LIVROS

Ninguém Mais Vai Ser Bonzinho Na Sociedade Inclusiva (ed. WVA, 2009)

Escrito pela jornalista Claudia Werneck (mãe da atriz e apresentadora Tatá Werneck), que há 22 anos preside a ONG Escola de Gente, o livro é um roteiro com poderações sobre como a família, a escola, a mídia e a literatura podem colaborar na implementação da inclusão no Brasil. A autora frisa que, em uma sociedade inclusiva, ninguém é bonzinho: somos apenas cidadãos responsáveis pela qualidade de vida do outro, por mais diferente que ele seja ou nos pareça ser.

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Síndrome de Down: Relações Afetivas e Sexualidade (ed. Saberes, 2013)

O livro da psicóloga espanhola Beatriz Garvía Peñuelas chama atenção para o fato de que a sexualidade das pessoas com síndrome de Down está sujeita a uma série de mitos, preconceitos e medos que têm pouca relação com a realidade. Ela não é “mais aflorada”, como faz crer uma antiga (e defasada) crença. Na publicação, a autora oferece ferramentas para entender, abordar e refletir sobre a sexualidade das pessoas com a síndrome, administrar a ansiedade que produz nas famílias e nos profissionais, e frisar a importância da educação sexual.

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