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Dia do Teatro: sete livros para entender a arte da ribalta

Do teatro grego à contracultura carioca, VEJA Rio selecionou publicações para quem adora a atmosfera da plateia e o cheirinho dos refletores

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 16 set 2020, 19h45 - Publicado em 16 set 2020, 17h56

Desde que surgiu, na Grécia Antiga, no século 5 a.C., o teatro enfrentou inúmeras transformações. O filósofo Aristóteles dizia que a função das tragédias era ‘expulsar as fortes emoções dos espectadores’. Ou seja: levar o público à catarse. Na Idade Média, o teatro foi absorvido pela Igreja e passou a ser didático: contando histórias pela ótica dos poderosos da vez.

O homem volta a ser protagonista das histórias exibidas nos palcos durante o Renascimento, época em que o chamado ‘palco italiano’, o mais tradicional, se estabelece, com uma ‘quarta parede’ imaginária separando o público da encenação. No século 20, vanguardas ao redor do mundo quebraram esse distanciamento, propondo interação, e passaram a explorar diversos tipos de palco. Eis que, na pandemia, a ribalta está a um clique ou na palma da mão: nasceu o teatro on-line, provando mais uma vez que a arte do palco e da ribalda se adapta, mas está sempre viva.

Para comemorar o Dia do Teatro, neste sábado (19), VEJA Rio selecionou alguns livros que podem inspirar os amantes das peças e textos teatrais.

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O Théâtre du Soleil – Os Primeiros 50 anos – Béatrice Picon-Vallin. | clique aqui para comprar

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Neste livro, o grupo teatral mais influente do planeta se une à mais importante crítica e pesquisadora do teatro na atualidade. O Théâtre du Soleil, com sede em Paris, na França, é conhecido pelas montagens colaborativas em que não há protagonistas. O treinamento constante de atores, diretores, técnicos e artesãos nas performances chama atenção do mundo todo e atores dos quatro cantos se especializam no Soleil, fundado em 1964. Editora: Perspectiva.

Asdrúbal Trouxe o Trombone – Heloisa Buarque de Hollanda. | clique aqui para comprar

Asdrúbal Trouxe o Trombone: trupe da qual fizeram parte Regina Casé e Evandro Mesquita abalou o teatro carioca nos anos 70 (Editora Aeroplano/Divulgação)

Em 1974, em meio aos anos de chumbo da Ditadura Militar, um grupo teatral inventivo abalou as estruturas da cultura carioca. Asdrúbal Trouxe o Trombone foi sucesso de público e crítica já na primeira montagem: O Inspetor Geral, do russo Nikolai Gogol. A montagem de Trate-me, leão, com nomes como Hamilton Vaz Pereira, Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães e Evandro Mesquita fez do grupo o representante do que se passava nos corações e mentes da juventude da época. O livro de Heloisa Buarque de Hollanda resgata a trajetória do grupo – contada nas vozes dos próprios atores.

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História do Teatro Brasileiro: Volume I – Das Origens ao Teatro Profissional da Primeira Metade do Século XX – João Roberto Faria. | clique aqui para comprar

A obra coletiva perpassa várias épocas e modos de realizar a arte teatral no Brasil, avaliando as suas semelhanças e diferenças. Por vezes, os pesquisadores precisaram recorrer a um trabalho quase arqueológico para conseguir referências, a exemplo do teatro jesuítico, em virtude da escassez documental e textual deste tipo de arte no Brasil Colônia. O livro vai até a crise do ‘teatrão’, quando o modo convencional do fazer teatral passou a ser questionado por novas propostas com atrevimentos da vanguarda. Editora: Perspectiva.

Como Shakespeare Se Tornou Shakespeare – Stephen Greenblatt. | clique aqui para comprar

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Como Shakespeare se tornou Shakespeare: biografia sobre o maior dramaturgo de todos os tempos propõe interpretação inovadora para a obra do autor (Companhia das Letras/Divulgação)

O dramaturgo inglês William Shakespeare alcançou o sucesso ainda em vida, mas seus contemporâneos não se interessaram em registrar o que sabiam sobre ele enquanto as lembranças ainda eram recentes. Portanto, toda biografia a respeito da mente por trás de clássicos como Romeu e Julieta está fadada a conter inevitáveis lacunas, o que torna a tarefa um exercício especulativo muitas vezes. Porém, para responder à pergunta de como Shakespeare se tornou Shakespeare, o acadêmico norte-americano Stephen Greenblatt propõe uma interpretação inovadora da obra do autor. O catolicismo clandestino da família do dramaturgo pode estar intimamente ligado ao fantasma que assombra Hamlet; por exemplo. O livro é um estudo inspirado e indispensável sobre os mecanismos mentais do maior dramaturgo de todos os tempos. Editora: Companhia das Letras.

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Teatro e Política – Arena, Oficina e Opinião – Edélcio Mostaço. | clique aqui para comprar

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Foi no Teatro Opinião que artistas como Nara Leão e Maria Bethânia começaram a cantar profissionalmente. Neste livro, Mostaço traça um panorama da produção teatral que se abre para abranger um período de três décadas, até os primeiros indicadores do processo de abertura política, no fim da ditadura militar. O que orienta o autor na construção narrativa é a análise do pensamento político que moveu a esquerda teatral, cuja motivação convergia, mas cada vertente se expressava de uma forma. Editora: Annablume.

História Mundial do Teatro – Margot Berthold. | clique aqui para comprar

História Mundial do Teatro: obra fundamental (Editora Perspectiva/Divulgação)

De forma primorosa, Margot Berthold mistura documentos, história da dramaturgia, análise estética e crítica sobre as tendências e correntes artísticas vigentes dentro e fora do palco neste livro. A obra é fundamental tanto para especialistas ou iniciantes interessados na história do teatro. Editora: Perspectiva.

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O Trabalho do Ator: Diário de um Aluno – Konstantín Stanislávski | clique aqui para comprar

Leitura “obrigatória” para quem deseja subir ao palco. O método de Stanislávski domina a formação do ator no Ocidente desde que seus escritos foram traduzidos para o inglês nas décadas de 1920 e 1930. A tentativa sistemática de delinear uma técnica psicofísica revolucionou sozinha os paradigmas da arte dramática. O livro junta outros dois escritos do especialista russo, A preparação do ator e A construção da personagem, num só volume, e num estilo coloquial e de fácil leitura para os atores de hoje.

 

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