10 000 Maniacs
Mais famosa por aqui nos anos 90, a banda de folk rock americana 10 000 Maniacs andou sumida, porém continua viva e na estrada. Com Mary Ramsey nos vocais (e também no violino e na viola) desde a saída de Natalie Merchant, em 1993, o conjunto superou a perda de outro fundador, o guitarrista Robert Buck, morto em 2000, e traz ao Rio a turnê Playing Favorites. Gravado ao vivo no ano passado em Jamestown, Nova York, cidade natal da banda, o álbum contempla os hits preferidos do público — a lista inclui os covers Because the Night, de Patti Smith e Bruce Springsteen, e More than This, do Roxy Music. Vivo Rio. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo. Sexta (2), 22h. R$ 180,00 (balcão) a R$ 320,00 (plateia 1 e camarote A).
Bita e a Imaginação que Sumiu
Sucesso na TV, na Netflix e no YouTube (alguns vídeos têm mais de 50 milhões de visualizações), a série Mundo Bita ganhou o palco, com temporadas no Teatro Riachuelo, no Imperator e, agora, no Teatro Fashion Mall. Estrelado por João Velho, no papel do bigodudo viajante Bita, o musical traz onze músicas originais, números de dança e figurinos coloridos — elementos importantes para cativar o público. No elenco, Barbara Ferr e Rodrigo Drade garantem boas gargalhadas ao encarnar coqueiros, nuvens e até uma vaca, para ajudar na composição cênica. Rec. a partir de 1 ano. Teatro Fashion Mall. Estrada da Gávea, 899, sala 213, São Conrado, ☎ 2422-9800. Sábado, 16h; domingo, 13h. R$ 60,00. Até 23 de julho.
Criolo
O flerte com o samba é antigo: consagrado pelo rap, Criolo já cortejou o gênero em faixas como Linha de Frente, de Nó na Orelha (2011), e Fermento pra Massa, de Convoque Seu Buda (2014). Depois de revisitar o repertório do primeiro disco, Ainda Há Tempo, de 2006, o artista paulistano dedica seu quarto álbum à batucada, sem deixar de lado o engajamento nas letras. Em duas noites, mostra pela primeira vez no Rio as dez músicas de Espiral de Ilusão, entre elas o samba-canção Menino Mimado. O projeto Discopédia, dos DJs Dandan, Marco e Nyack, anima os intervalos com soul, samba-rock e rap. Circo Voador. Sexta (2) e sábado (3), 22h. R$ 140,00 (3º lote).
Dégradé
Palestinos e gêmeos, Arab e Tarzan Nasser fazem uma demolidora tragicomédia sobre a Faixa de Gaza em Dégradé. A ação se concentra num improvisado salão de beleza de uma imigrante russa (Victoria Balitska). Lá, as mulheres esperam a hora de dar um trato no visual. Uma jovem cabeleireira, porém, está mais preocupada com seu namorado temperamental e, sobretudo, com o leão que o acompanha. O microcosmo da região é representado por personagens femininas de opiniões distintas: da muçulmana ortodoxa à cinquentona liberal. Elas falam a mesma língua, mas seu posicionamento político diverge. Os irmãos realizadores se jogam no humor para extrair comédia dos contrastes. Na meia hora final, contudo, o clima pesa com os conflitos entre rivais nas ruas. Embora seja em registro pouco natural, o drama deixa seu recado sobre irreconciliáveis diferenças. Direção: Arab e Tarzan Nasser (Palestina/França, 2015, 85min). 12 anos.
Falando Frangamente
A música alta aos cuidados do DJ LC Ambient já dá uma pista do que vem por aí. No centro do pequeno palco, Aloisio de Abreu dança e cumprimenta quem chega. Quando o último espectador se acomoda, o ator avisa: “Tudo é livre”. E então começa a divertida sessão, mistura de stand-up comedy, paródias musicais e imitações — formato semelhante ao da série de espetáculos Subversões, sucesso cult dos anos 90, com Abreu, Marcia Cabrita e Luis Salem. Simples, o cenário de Beli Araújo orienta a montagem: um quadro-negro anuncia os assuntos que ali serão abordados. Cenas curtas sobre filosofia, sexo e hábitos alimentares deixam claro como Aloisio se diverte com o próprio texto, recheado de algumas piadas mais engraçadas do que outras, mas com humor para todos os gostos (70min). 16 anos. Casa de Cultura Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema. Quinta, às 21h. R$ 30,00. Até 26 de julho.
Mostra Bienal Caixa de Novos Artistas
Trinta nomes emergentes das artes nacionais terão a oportunidade de exibir seu talento Brasil afora na segunda edição da Mostra Bienal Caixa de Novos Artistas. Primeira cidade a receber a exposição, o Rio reúne, a partir de quarta (31), 37 obras em suportes variados. Autores como a carioca Denise Silveira e o goiano Fernando Bueno, escolhidos entre mais de 600 candidatos, assinam fotos, pinturas, esculturas, instalações e colagens, como o tríptico Sistemas II (detalhe na foto), do curitibano Adriano Catenzaro. Fortaleza, Recife, Salvador e Curitiba estão na rota para receber a mostra no segundo semestre. Caixa Cultural. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro. Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 23 de julho.
Milton Nascimento
O músico, 74 anos, teve shows cancelados em 2015, andou afastado dos palcos e mudou-se do Rio para Juiz de Fora. A boa-nova: o cantor e compositor volta à estrada com novo show, Semente da Terra. De seu repertório, pinçou canções de cunho político e social, a exemplo de A Terceira Margem do Rio (composta com Caetano Veloso), San Vicente (com Fernando Brant) e Canção do Sal. Metropolitan. Avenida Ayrton Senna, 3000 (Via Parque), Barra. Sábado (3), 22h. R$ 100,00 (mesa lateral e poltrona, esgotados) a R$ 220,00 (mesa vip e camarote).
Punhos de Sangue
Em 1975, Chuck Wepner (interpretado por Liev Schreiber) já estava entregando os pontos na carreira quando seu empresário o convenceu a desafiar o imbatível Muhammad Ali — o campeão dos pesos-pesados acabara de ganhar a lendária luta contra George Foreman. Wepner, claro, perdeu o embate, mas entrou para a história. Punhos de Sangue narra a trajetória real do boxeador, que serviu de inspiração para o personagem de Sylvester Stallone em Rocky, um Lutador, vencedor do Oscar de melhor filme em 1977. Essa curiosidade se torna o grande atrativo de um drama modesto e triste sobre um homem deslumbrado com a fama repentina. Direção: Philippe Falardeau (The Bleeder, EUA, 2016, 98min). 16 anos.
TropicalSoundSystem
Popularizados nas ruas da Jamaica nos anos 50, os sound systems caracterizam-se pela vibrante mistura sonora que sai dos paredões de caixas de som. Essa é a ideia do TropicalSoundSystem, agito movido por ritmos brasileiros, africanos e caribenhos. Na estreia, o Baiana System (foto), de Russo Passapusso, mostra sua mistura de dub, rock e rap. O grupo divide a noite com os DJs Dolores e Omulu, além da dupla Radiola Serra Alta, que funde sons regionais e eletrônico. Vivo Rio. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo. Sábado (3), 22h. R$ 80,00 (pista, 1º lote, e balcão) a R$ 160,00 (camarote A).
World Press Photo
Grandes momentos do fotojornalismo mundial estão reunidos em 164 registros. Há fartas doses de emoção. Em flagrante mais descontraído, Antonio Gibotta (autor da foto acima) acompanha uma tradição festiva, com direito a farinha e muitos ovos, na cidade espanhola de Ibi. Caixa Cultural. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro. Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 18 de junho.