A francesa Camille Bertault conquistou fãs na internet com vídeos caseiros em que esbanja talento no scat singing, reproduzindo com a voz notas e solos de clássicos do jazz. A intérprete mostra esses e outros dons no sábado (27), como atração do Rc4, festival de música e tecnologia.
Barão Vermelho. Com Rodrigo Suricato nos vocais e na guitarra, no lugar de Frejat, a banda lembra hits como Bete Balanço e Pro Dia Nascer Feliz na turnê #barãoprasempre. Antes, o trio Beach Combers lança álbum. Circo Voador. Arcos da Lapa, s/nº. Sábado (27), a partir das 22h. R$ 100,00 (1º lote).
Nando Reis na Fundição Progreso
Nando Reis. Lançado em 2017, o disco jardim-pomar abastece o show do ex-titã. Com o apoio da banda Os Infernais, inéditas são alternadas com as conhecidas Os Cegos do Castelo, O Segundo Sol, Relicário e Marvin. Fundição Progresso. Rua dos Arcos, 24. Sábado (27), 0h. R$ 120,00 (3º lote).
Dois casais transportam a parceria para os palcos
(Juliana Hilal/Divulgação)
Jogo do Amor. Aline Riscado divide a temporada com o namorado, Felipe Roque. Na comédia, os dois interpretam um casal em meio a encontros e desencontros. Texto de Vítor Frad e direção de Carlos Bonow (60min). 14 anos. Teatro dos Grandes Atores. Avenida das Américas, 3555, Barra. Sexta e sábado, 23h. R$ 70,00. Até 25 de fevereiro.
O Topo da Montanha. Casados, Lázaro Ramos e Taís Araújo (na foto) revivem em cena, sob a direção dele, o último dia de vida do ativista político Martin Luther King (90min). 12 anos. Imperator — Centro Cultural João Nogueira. Rua Dias da Cruz, 170, Méier. Sábado, 21h; domingo, 19h. R$ 60,00 a R$ 70,00. Até domingo (4).
Crítica: Boca de Ouro é marco na carreira de Gabriel Villela
Mel Lisboa e Malvino Salvador: ótimas atuações (João Caldas Filho/Divulgação)
Boca de Ouro. Sucesso de crítica desde a estreia, em 1992, a encenação de Romeu e Julieta marcou a trajetória do Grupo Galpão ao transpor o clássico de Shakespeare para o universo circense. Diretor daquela montagem, Gabriel Vilela se arrisca novamente ao revestir de atmosfera carnavalesca o conhecido texto de Nelson Rodrigues. Cercado de cuidados estéticos impecáveis, da cenografia simples aos extravagantes figurinos de sua autoria, Vilela esbanja criatividade. Seus muitos acertos incluem detalhes como, entre outros, o dedilhar dos atores nas mesas reproduzindo o som de máquina de escrever e as taças de vidro transformadas em telefone. No equilibrado elenco, Malvino Salvador empresta bem-vindas nuances ao protagonista. Também sobressaem Chico Carvalho, em especial na pele da grã-fina Maria Luisa, e Mel Lisboa, como a galhofeira e dramática Celeste. Com amplos toques satíricos, o drama acompanha a(s) história(s) do bicheiro conhecido como Drácula de Madureira, que arrancou todos os dentes e trocou-os por próteses de ouro. Como o clássico que é, a peça traz discussões atuais, a exemplo do papel da mulher em uma sociedade machista, e, nesta feliz adaptação, ainda flerta com o gênero musical: em cena, os atores cantam (muito bem) sucessos da música brasileira (110min). 14 anos. Sesc Ginástico. Avenida Graça Aranha, 187, Centro. Sexta e sábado, 19h; domingo, 18h. R$ 30,00. Até 25 de fevereiro.
Matheus Nachtergaele reestreia peça com poesia de sua mãe
Quando era um bebê de apenas 3 meses, Matheus Nachtergaele perdeu a mãe, a poetisa Maria Cecília Nachtergaele. Cinquenta anos depois, ele retorna ao palco com Processo de Conscerto do Desejo, tributo à obra deixada pela matriarca. Na companhia dos músicos Luã Belik (violão) e Henrique Rohrmann (violino), o ator recita textos assinados por ela. O drama, que joga no título com as palavras conserto e concerto, também relembra as músicas favoritas da escritora (60min). 16 anos. Teatro da Caixa Nelson Rodrigues. Avenida República do Chile, 230, Centro. Quinta a domingo, 19h. R$ 20,00. Até 4 de fevereiro. Reestreia na quinta (25).
Sucesso em SP, “Grande Sertão: Veredas” estreia no CCBB
(Roberto Pontes/Divulgação)
Elogiado em São Paulo, Grande Sertão: Veredas chega ao Rio no domingo (28), com sessões em uma gaiola na rotunda do CCBB. A peça marca o retorno da diretora Bia Lessa à obra-prima de Guimarães Rosa, após sua aclamada exposição temática criada para a inauguração do Museu da Língua Portuguesa, em 2006. Caio Blat estrela a história do jagunço Riobaldo e seu amor por Diadorim (Luíza Lemmertz, na foto com Blat). Com fones de ouvido, o público acompanha diálogos, efeitos sonoros e a trilha sonora de Egberto Gismonti (140min). 18 anos. CCBB. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Quarta a domingo, 21h. R$ 20,00. Até 31 de março. Estreia no domingo (28).
Ótimo musical faz tributo a trajetória de Bibi Ferreira
(Guga Melgar/Divulgação)
✪✪✪✪ Bibi — Uma Vida em Musical. A difícil tarefa de celebrar, em vida, a grande dama do teatro musical é cumprida com louvor. Ao longo do espetáculo, revelam-se surpresas adoráveis, momentos pouco conhecidos na rica trajetória da atriz, cantora e diretora Bibi Ferreira. Tadeu Aguiar, em um de seus melhores trabalhos de direção, dá um toque circense à montagem, com texto de Luanna Guimarães e Artur Xexéo. Em cena, a vida da filha de Procópio Ferreira (1898-1979) ganha como pano de fundo a história do teatro nacional. O humor, além das belas atuações de Leo Bahia, o divertido narrador, e da protagonista, Amanda Acosta, faz passar rápido quase três horas de sessão. Ao vivo, oito músicos — escondidos do público — acompanham 33 canções de espetáculos estrelados pela homenageada, entre eles Bibi Canta Piaf e My Fair Lady (165min). 10 anos. Teatro Oi Casa Grande. Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon. Quinta e sexta, 20h30; sábado, 17h e 21h; domingo, 19h. R$ 50,00 a R$ 150,00. Até 1º de abril.