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Debates e apresentações imperdíveis para conferir no Festival WOW Rio

Programação 100% gratuita ocupa a Praça Mauá, o Museu de Arte do Rio, Museu do Amanhã, entre outros espaços com foco nas mulheres

Por Redação VEJA RIO/Media Partner
27 out 2023, 14h26

Entre sexta (27) e domingo (29), o Festival WOW Rio 2023 promove, além de um espaço de reflexão para a sociedade civil, muita diversão com shows e apresentações, gratuitas, de grandes nomes da música, como Marina Sena e Alcione. No sábado (28), o espaço será invadido pelo famoso bordão “E aí, pessoal!” de MC Carol, que está animada em fazer parte de um evento feito por mulheres.

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“Comecei no funk há mais de dez anos e antigamente artistas mulheres ainda eram minoria, você mal via DJs mulheres, mal via produtoras mulheres, qualquer evento era sempre dominado por homens, então é muito legal ver como as coisas avançaram e agora a gente tem cada vez mais espaço”, orgulha-se. A funkeira é querida e conhecida pelo seu repertório cheio de músicas que trazem o seu ponto de vista, mas que muitas mulheres se identificam. “Mas vocês vão ter que ir lá ouvir pra saber”, instiga.

A cantora e compositora baiana Majur também levará seu brilho ao palco do WOW. Em parceria com a Casa de Cosmos, um coletivo de arte e performance que nasceu dentro da cultura ballroom, a artista promete um grande espetáculo ao público. “Estou muito ansiosa para este momento. Vai ser inacreditável! É um espaço de fomento à cultura ballroom no Brasil e eu sou a primeira artista a dar esse espaço no palco, a construir esse imaginário, que é um lugar onde esses corpos devem estar. Corpos que se expressam diariamente e lutam pela vida. A house é o espaço de lutar pela vida, é onde muitas pessoas LGBQIAP+ resistem. A arte e a expressão do seu corpo na apresentação é uma forma de resistir,é uma forma de incentivar uns aos outros de estarem vivos e juntos”, pondera.

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Oficinas e rodas de conversa

A roda de conversa “Experiências do Prazer e do Gozo”, nesta sexta (27), no Museu de Arte do Rio (MAR) terá a cientista social, consultora em educação e saúde sexual, e fundadora da Yoni das Pretas – primeira comunidade afro referenciada no Brasil com foco no PRAZER & BEM VIVER das mulheres/pessoas com útero que cuidam e querem ser cuidadas – Caroline Amanda. O encontro promete render um papo profundo sobre sexualidade, mas também de ancestralidade.

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“A medida que a gente percebe que o que estamos fazendo é um sonho ancestral, a gente toma nossa ação como um legado para quem virá. Nós poderemos nos posicionar através de tudo que vem acontecendo, e do que será exposto através das palestras, que nós somos as ancestrais do futuro. E nós temos responsabilidade de deixar um legado genuíno, autêntico, e sobretudo de continuidade, de bem viver”, reflete Caroline, que estará no domingo (29) no bate-papo “Ter um Corpo, ser também um corpo”, também no MAR.

A pernambucana, gastrônoma, pesquisadora e escritora Dona Carmem Virgínia, que se divide entre as funções na sua carreira artística, onde faz parte do elenco como jurada do Cozinheiros em Ação e é apresentadora de seu programa “Uma Senhora Panela”, no Canal GNT realiza a oficina “Dona Carmen e sua função como chefe”, 27, no MAR, compartilhando sua trajetória.

“Nós somos um coletivo de mulheres no mundo, mas cada uma tem sua particularidade. É preciso enxergar a figura da mulher única dentro dessa coletividade. É preciso entender que há diversidade de comportamento, classes sociais, etnias e de gênero também entre as mulheres. E que é preciso o entendimento dessa pluralidade para que todas se sintam contempladas em nossas falas e ações”, frisa ela, que está animada para a 2ª edição do WOW e “reencontrar pessoas queridas, trocar aprendizados, partilhar sonhos e claro contribuir para que seja mais um sucesso”.

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+ Grátis! Festival WOW traz Marina Sena, Conceição Evaristo e Anielle Franco

Idealizado pela ativista inglesa Jude Kelly, que busca em cada país uma organização da sociedade civil local para parceria, o WOW promove desde 2010 encontros em várias partes do mundo para articular pensamentos, fazeres e vivências diversas. No Brasil, a curadoria ficou por conta da ONG Redes da Maré, que trabalha com diversos projetos culturais e sociais dentro do conjunto de favelas da Zona Norte do Rio.

Em sua 2ª edição presencial na cidade, o WOW traz debates importantes sobre a realidade enfrentada por moradoras da periferia do Rio de Janeiro. Segundo Eliana Sousa, uma das curadoras do WOW no Brasil e diretora da Redes da Maré, o Festival é “para todo mundo que quer trocar e refletir sobre todos estes temas e conhecer mulheres do Brasil e do mundo. E apoiar a consolidação de uma agenda para uma cidade mais justa, menos violenta, especialmente, para mulheres que vivem em favelas e periferias”, reforça.

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Entenda os temas do Festival WOW 2023

A segunda edição brasileira foi organizada a partir dos temas: Futuros para quem?, Amor e afetos, Terra e alimento, Saúde, Saberes e educação, Violências e justiça e Poder e política. “Todos estes temas reverberam com o trabalho da Redes, o acúmulo de outras edições, as experiências de mulheres de favelas e periferias, e da nossa rede de parceiras”, pondera Eliana.

Além da programação com importantes diálogos, como por exemplo, seis mesas de debates com o tema aborto legal e justiça reprodutiva, que contará com a presença de convidadas de países na América Latina e, em parceria com a Fundação WOW, o festival também terá a presença de oito mulheres da Ásia que pensam gênero, política e lutas em seus países. Ao todos 14 países estarão presentes durante os três dias de encontro.

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Também na praça Mauá cerca de 150 empreendedoras selecionadas por edital e que fizeram uma formação junto ao Sebrae participam da Feira Negócios Delas: um espaço em que essas mulheres apresentarão seus negócios e produtos e que visa o fortalecimento da criação, produção e consumo de produtos e serviços geridos por elas, movimentos e redes que atuam como tema de gênero, como estratégia de autonomia e desenvolvimento.

Segundo Eliana, o objetivo é ouvir mulheres que atuam diariamente por uma segurança pública efetiva aos direitos humanos dos moradores de favela. “Estamos acompanhando uma série de notícias sobre as violências institucionais que ocorrem nas Favelas da Maré e tentamos reagir a partir do nosso trabalho e busca pela efetivação dos direitos dos 140 mil moradores das favelas da Maré”, disse.

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E o reflexo desse trabalho está em todo o evento, que conta com a participação de 70 moradoras da Maré em diferentes áreas – produção, monitorias, expositoras, ativistas. “Falo aqui das favelas da Maré, mas temos convidadas de muitas outras favelas e territórios periféricos do Rio, do Brasil e do mundo. Convidamos esse ano a Assa Traoré, uma ativista francesa, que também está na Flup, figura da luta contra a violência policial na França. Ela vai estar trocando a partir de um outro contexto para pensarmos em agendas comuns”.

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