Crítica: Luis Lobianco brilha em peça sobre transfobia no CCBB
"Gisberta" narra a história real de uma travesti assassinada em Portugal
Gisberta. Luis Lobianco estrela o monólogo de Rafael Souza-Ribeiro, mas não está sozinho em cena. Para narrar a história de uma travesti assassinada em Portugal, o ator conta com a companhia dos músicos Lúcio Zandonadi, Danielly Sousa e Rafael Bezerra. A trilha sonora sublinha as mudanças de clima do espetáculo, ora leve e divertido, ora chocante. Um jogo instigante entre a luz afinada de Renato Machado e o cenário de Mina Quental esconde e revela o trio de instrumentistas ao longo da sessão. Lobianco não encarna Gisberta, e sim figuras importantes de sua trajetória, das descobertas na infância à derrocada, já na cidade do Porto. Seu desempenho comovente merece tantos aplausos quanto a mensagem da peça, um libelo contra o preconceito que alimenta a violência. A propósito: é aconselhável garantir os ingressos com antecedência (70min). 14 anos. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Quinta a domingo, 19h30. R$ 20,00. Até 30 de abril.
Outra peça em cartaz no Rio traz temática semelhante: Lady Christiny conta a história real de uma travesti com valores conservadores. Leia crítica abaixo:
Lady Christiny. Alexandre Lino inaugura horário alternativo dentro da programação do Teatro Sesi com espirituoso monólogo sobre a história real da transformação de Celso Marques, casado e pai de dois filhos, na performática Lady Christiny. Ao longo da apresentação, o discurso da protagonista, carregado de questões conservadoras, como a defesa de valores familiares tradicionais, surpreende o público. Munido apenas de microfone no cenário quase vazio, Lino tem sua interpretação priorizada na direção de Maria Maya (50min). 16 anos. Avenida Graça Aranha, 1, Centro. Segunda e terça, 19h30. R$ 20,00. Até 18 de abril. A partir de segunda (20).