Crítica: grandes nomes da arte assinam estudos para projeto de Castro Maya
Clássicos da literatura foram ilustrados por nomes como Di Cavalcanti e Cândido Portinari e são exibidos na Chácara do Céu
Coleção Castro Maya: a Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil em Destaque. Mecenas entusiasmado, o industrial Raymundo Ottoni de Castro Maya (1894–1968) apoiou a cultura nacional em várias frentes. Em 1943, criou a Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil, reunindo nomes como o empresário Roberto Marinho, para editar obras de autores brasileiros ilustradas por expoentes das artes plásticas. Nascia assim uma exclusiva coleção de 23 clássicos da literatura transformados em preciosos livros de arte. A pequena exposição em cartaz na Chácara do Céu, antiga residência de Castro Maya, revisita parte desse projeto. O acervo exibe algumas das 7 000 delicadas gravuras aquareladas à mão por Darel Valença Lins para Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, além de criações de Di Cavalcanti para A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água, de Jorge Amado. Carybé, Lívio Abramo, Poty e Portinari — este último com desenhos inconfundíveis para Menino de Engenho (foto), de José Lins do Rego — completam o passeio. Museu da Chácara do Céu. Rua Murtinho Nobre, 93, Santa Teresa. Quarta a segunda, 12h às 17h. R$ 6,00 (grátis às quartas). Até 15 de outubro.