Um novo retorno
Sem gravar desde 2005, A Cor do Som prepara novidades e sobe ao palco do Teatro Rival
Antes de lançar o primeiro disco, em 1977, o grupo A Cor do Som participou do I Festival de Choro da TV Bandeirantes. Ao defender a música Espírito Infantil, do tecladista Mú Carvalho, a banda deu o que falar usando guitarras e outros instrumentos pouco afeitos ao gênero. A carreira só engrenou mesmo quando, por sugestão de André Midani, então executivo da gravadora WEA, eles acrescentaram canções ao repertório instrumental. No segundo álbum, Frutificar (1979), as faixas Abri a Porta, Beleza Pura e Suingue Menina abriram caminho para o sucesso e apresentações diante de até 50?000 pessoas.
Depois de 1996, os encontros se tornaram raros e os músicos gravaram apenas um DVD, em 2005. De volta ao estúdio após um longo hiato, o quinteto está preparando um CD de inéditas. ?Gravamos três faixas, pode ser que ainda saia neste ano?, diz Carvalho.
Enquanto o novo trabalho não fica pronto, Mú (teclado), Armandinho (guitarra), Dadi (baixo e guitarra), Gustavo (bateria) e Ary Dias (percussão) relembram as sessões lotadas que marcaram época no Teatro Ipanema e no Morro da Urca em duas noites no Teatro Rival. Antigos sucessos ganharam novos arranjos. A levada de balada de Abri a Porta, por exemplo, dá lugar a um xote, mais semelhante à versão do autor Dominguinhos. Também estão no programa Zanzibar, Beleza Pura, Menino Deus e Semente do Amor.
A Cor do Som. 16 anos. Teatro Rival Petrobras (472 lugares). Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, ☎ 2240-4469, ? Cinelândia. Sexta (13) e sábado (14), 19h30. R$ 60,00. Bilheteria: 15h/21h (seg. a qui.); a partir de 15h (sex. e sáb.). TT. www.rivalpetrobras.com.br.