Estreias: de Clarice Lispector a Marcos Veras, as novidades nos teatros

Monólogo de Gregório Duvivier, musical sobre Bibi Ferreira e Solano Trindade também estão entre os espetáculos que chegam aos palcos da cidade

Por Kamille Viola
Atualizado em 2 jun 2022, 17h45 - Publicado em 2 jun 2022, 17h09

Marcos Veras: retratação pública — Marcos Veras: artista estreia talk-show baseado em espetáculo - (Daryan Dorneles/Divulgação)

Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres

Prevista para estrear em 2020, quando foi celebrado o centenário de Clarice Lispector, a adaptação feita pela atriz Melise Maia para o livro da escritora chega aos palcos nesta sexta (3). Com direção de Ernesto Piccolo, o espetáculo traz ainda Rafael Queiroz no elenco. Na trama, a professora primária Loreley, a Lóri, sai de Campos para o Rio, onde conhece Ulisses, um professor de filosofia com quem irá se envolver. Edu Lobo assina a direção musical e os arranjos da trilha, pré-gravada por Mauro Senise (sopros), Cristovão Bastos (piano) e Jorge Helder (contrabaixo).

Casa de Cultura Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 25,00 a R$ 50,00. De 3 a 26 de junho.

Bibi, Uma Vida em Musical

O espetáculo está de volta aos palcos, com Amanda Acosta mais uma vez no papel da saudosa atriz e cantora Bibi Ferreira, no ano de seu centenário. Por mais de oito décadas, ela brilhou nos palcos, em montagens antológicas, como Gota d’Água e My Fair Lady, entre muitas outras. O musical premiado, dirigido por Tadeu Aguiar, tem texto de texto de Artur Xexéo e Luanna Guimarães, e conta com mais dezessete atores no elenco.

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Teatro Riachuelo. Rua do Passeio, 38, Centro. Sex., 20h. Sáb., 16h e 20h30. Dom., 18h. R$ 30,00 a R$ 120,00. Ingressos pelo https://www.sympla.com.br. De 3 de junho a 31 de julho.

Falando a Veras — Convida

Apresentado pelo ator Marcos Veras, o um talk-show mensal é uma versão do stand-up de humor Falando a Veras, que ficou mais de dez anos em cartaz e rodou o país. Agora, Veras recebe artistas e outras figuras públicas para um bate-papo descontraído sobre assuntos como amor, sexo, velhice, redes sociais, sonhos e medos, além de temas urgentes como racismo, homofobia, sustentabilidade e feminismo. Na primeira edição, serão duas sessões: às 19h, ele recebe a promoter Carol Sampaio. Às 20h30, Marcelo Adnet.

VillageMall. Avenida das Américas, 3.900, Deck – Piso L3, Barra. Dom., 19h e 20h30. Grátis. É preciso reservar antecipadamente pelo aplicativo Multi.

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Frágil — Fora da Caixa

Escrita e encenada por Dani Fritzen e Mario Neto, a comédia dramática, que conta a história de Ana, uma mulher de 40 anos recém-separada e de mudança para a nova casa. No palco, tomado por caixas de papelão cheias de objetos, ela divide esse momento de recomeço com Edu, seu alter-ego e amigo. Juntos, eles refletem sobre assuntos como infância, família, felicidade, vulnerabilidades, padrão de beleza, prazer feminino, relação abusiva, religião, envelhecimento e fragilidades. A direção é de Marcos Ácher. Estreia nesta sexta (3).

Teatro Cândido Mendes. Rua Joana Angélica. 63, Ipanema. Sex. a dom., 20h. R$ 30,00 e R$ 60,00. Ingressos pelo https://www.sympla.com.br. De 03 a 26 de junho.

Gengibre

Para criar um clima de humor de botequim, o stand-up conta com doses de batida gengibre distribuídas para a plateia. No palco, três humoristas: Pedro Benevides, o Bené do Porta dos Fundos; Matheus Mad, roteirista do canal, e João Raphael. Ora juntos, ora separados, eles fazem piada de situações de seus cotidianos e de suas trajetórias pessoais, além de improvisar com a plateia em alguns momentos.

Teatro Café Pequeno. Avenida Ataulfo de Paiva, 269, Leblon. Qui, 20h. R$ 15,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo https://www.sympla.com.br. De 2 a 30 de junho.

A Jornada de Um Herói

O espetáculo narra o cotidiano de José, um homem preto e pobre que, após ser demitido, embarca numa verdadeira epopeia — assim como o herói grego Homero — para chegar ao banco e alcançar o seu objetivo: conseguir o fundo de proteção e garantia ao trabalhador desempregado. Escrita e encenada por Mateus Amorim, a peça tem direção de Alexandre O. Gomes e surgiu durante um projeto da Escola Fábrica de Atores & Materiais Artísticos, de Nova Iguaçu.

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Teatro Café Pequeno. Avenida Ataulfo de Paiva, 269, Leblon. Sáb, 20h. Dom, 19h. R$ 15,00 a R$ 30,00.

Negra Palavra — Solano Trindade

Está de volta aos palcos cariocas o espetáculo que celebra a a vida e a obra do poeta pernambucano, ativista político, ator de cinema, artista plástico, pesquisador de culturas populares e homem de teatro. Desta vez, a peça é encenada por oito atores e uma atriz, representando ainda mais as múltiplas faces de Solano: Adriano Torres, André Américo, Eudes Veloso, Jorge Oliveira, Leá Cunha, Lucas Sampaio, Raphael Elias, Rodrigo Átila e Thiago Hypólito. A direção-geral é de Orlando Caldeira e Renato Farias, que também assina o roteiro. Estreia nesta sexta (3).

Sede Cia dos Atores. Rua Manuel Carneiro, 12, Lapa. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h, R$ 10,00 a R$ 20,00. Ingressos pelo https://www.sympla.com.br. De 3 a 26 de junho.

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Sísifo

Depois de um hiato de dois anos, devido à pandemia, Gregorio Duvivier volta a encontrar o público carioca. Neste monólogo, inspirado no mito grego — um homem que diariamente carrega uma pedra que rola morro abaixo e tem que recomeçar diariamente o mesmo trabalho —, formado por sessenta cenas curtas, a mitologia é conectada ao mundo e ao Brasil de hoje e seus memes. A imagem da tarefa repetitiva de Sísifo aqui está relacionada aos gifs. O texto é assinado por Gregorio e Vinicius Calderoni. Estreia nesta quinta (2).

Teatro João Caetano. Praça Tiradentes, s/nº, Centro. Qui. e sex., 19h30. Sáb., 18h. R$ 20,00 a R$ 60,00. De 2 a 18 de junho.

Vamo Acelerá Essa Festinha

Com direção de Júlia Horta, o espetáculo é um monólogo da atriz Katerina Amsler, uma festa no palco onde ela recebe, flerta e conversa com o público. Aos poucos, vão surgindo revelações: um relato real de uma mulher que sofreu o golpe Boa-Noite, Cinderela, um programa de televisão conduzido por um apresentador famoso e a bula de um remédio indutor de sono. Trafegando entre a realidade e a ficção, a peça propõe uma reflexão sobre a violência contra a mulher.

Espaço Cultural Sérgio Porto. Rua Humaitá 163 (entrada pela Rua Visconde Silva). Sáb. e dom., 19h. R$ 10,00. Ingressos pelo https://www.sympla.com.br. R$ De 4 a 26 de junho.

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