Cinco programas imperdíveis para o fim de semana
Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado
1 – Curtir o show da nova banda de Marcelo Camelo e Mallu Magalhães no Circo Voador
Era questão de tempo. Juntos desde 2008, Marcelo Camelo e Mallu Magalhães sempre levaram trabalho para casa — e vice-versa. Pitanga, o último disco dela, tem produção e participação dele. Toque Dela, lançado por Camelo em 2011, exalta no título a importância da cantora em sua vida. Após a mudança do casal de São Paulo para Portugal, no ano passado, a parceria desembocou na Banda do Mar, que se completa com o baterista português Fred Ferreira (filho de Kalú, do Xutos & Pontapés, grupo de rock conhecido naquele país). Sem a colaboração de outros músicos no estúdio, o trio gravou as doze canções do álbum de estreia e vai mostrá-las ao vivo em duas noites no Circo Voador. Para os fãs de Mallu, prometem ser pontos altos as interpretações de Mais Ninguém e Me Sinto Ótima, essa uma composição com a pegada meio country que sempre a acompanhou. Camelo capricha na ternura da voz e do violão em Dia Clarear. Cidade Nova, outra defendida por ele, lembra a época do Los Hermanos. No palco, os três recebem o reforço de Marcos Gerez (baixo) e Gabriel Bubu (guitarra).
Circo Voador (2 000 lugares). Arcos da Lapa, s/nº, Lapa, ☎ 2533-0354. Sábado (11), a partir das 22h. 18 anos. Domingo (12), a partir das 20h. 16 anos. R$ 120,00. Desconto de 50% com a apresentação do e-flyer ou 1 quilo de alimento não perecível. Bilheteria: 12h/19h (ter. a sex.); a partir das 14h (sáb.); a partir das 18h (dom.). IC. www.circovoador.com.br
+ Saiba mais sobre os melhores shows no Rio
2- Levar as crianças para assistir ao musical Os Saltimbancos
A estrutura de andaimes de 4,5 metros de altura que cobre o fundo do palco ao longo da sessão pertence ao musical Ópera do Malandro, também em cartaz na casa. A boa notícia é que esse cenário emprestado não prejudica em nada a montagem do musical infantil. Figurinos coloridos e elenco afinado abrilhantam a peça, criada na Itália por Luis Bacalov e Sergio Bardotti (a partir do conto Os Músicos de Bremen), e adaptada por Chico Buarque, também o autor da Ópera. Em cena, os bichos que escapam de seus donos cruéis e decidem tomar o rumo da cidade para viver de música são interpretados por Bianca Byington (a galinha), Carol Futuro (a gata), Pedro Lima (o jumento) e José Mauro Brant (o cachorro). O desfile de canções conhecidas — História de uma Gata, Todos Juntos, O Jumento — é acompanhado com palminhas pela plateia. Também, pudera: aos nomes nos papéis principais juntam-se seis talentosos coadjuvantes e acompanhamento musical ao vivo. Direção de Cacá Mourthé (60min). Rec. a partir de 3 anos. Reestreou em 13/9/2014.
Theatro Net Rio — Sala Tereza Rachel (623 lugares). Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping Cidade Copacabana), sobreloja, Copacabana, ☎ 2147-8060. Sábado, 17h e domingo, 16h. R$ 50,00 (frisas e balcão) e R$ 70,00 (plateia). Bilheteria: a partir das 10h (sáb. e dom.). Até o dia 26.
+ Veja mais atrações infantis na cidade
3 – Conferir a peça Blackbird
Um incômodo profundo contagia a plateia na peça do inglês David Harrower. Vencedor do prêmio Laurence Olivier, o mais importante do teatro britânico, como a melhor montagem de 2006, o drama é inspirado em um episódio real de pedofilia envolvendo um ex-fuzileiro naval americano de 31 anos e uma menina britânica de apenas 12. Em cena, Ray (Yashar Zambuzzi) e Una (Viviani Rayes) ocupam a sala imunda do lugar onde ele trabalha (apropriadamente claustrofóbica no cenário de Pati Faedo). Como se verá, quinze anos antes, quando ela era uma criança e ele tinha pouco mais de 30, os dois tiveram um envolvimento amoroso — se é que se pode usar tal expressão para descrever um relacionamento entre um homem feito e uma menor de idade. Preso pelo crime, Ray consegue refazer a vida sob nova identidade, mas a moça descobre seu paradeiro e vai atrás dele. Ao longo de intenso diálogo, zonas cinzentas vão sendo descortinadas pela exposição do caráter consensual da relação mantida no passado. Quase ao final, surge uma garota interpretada por Lorena Comparato, reforçando irremediavelmente o desconforto no público. Harrower se equilibra no fio da navalha: não vilaniza nem absolve seus personagens. A abordagem encontra consonância na direção firme de Bruce Gomlevsky e nas performances equilibradas de Viviani e Zambuzzi (90min). 16 anos. Estreou em 6/9/2014.
Teatro Gláucio Gill (71 lugares). Praça Cardeal Arcoverde, s/nº, Copacabana, ☎ 2332-7904, ↕ Cardeal Arcoverde. → Sábado a segunda, 20h. R$ 30,00. Bilheteria: a partir das 16h (sáb. a seg.). CI. Até 13 de outubro.
+ Confira todos os espetáculos em cartaz na cidade
4 – Pegar um cineminha com o filme Garota Exemplar
Na metade do best-seller de mistério Garota Exemplar, escrito pela americana Gillian Flynn em 2012, o leitor aprende a lição: não se deve confiar numa única palavra narrada pelos personagens. Nos primeiros parágrafos do romance, o jornalista desempregado Nick Dunne divaga sobre a impossibilidade de entender o que passa pela cabeça da mulher com quem vive há cinco anos, a adorável Amy. Essa sensação, essencial à trama original, foi mantida na adaptação dirigida por David Fincher. Tal como em Millennium — Os Homens que Não Amavam as Mulheres (2011), o cineasta segue a estrutura do livro (a escritora assina o roteiro), mas revela seu estilo envolvente, e por vezes cruel, ao acentuar a atmosfera de paranoia e desconforto submersa num ambiente familiar. O “lar, doce lar” de Nick (Ben Affleck, convincente no papel) e Amy (Rosamund Pike) começa a ruir quando, na manhã do aniversário de casamento deles, ela desaparece. Todas as pistas indicam a culpa do marido. A trilha sonora de Trent Reznor e de Atticus Ross, entre a delicadeza e o ruído, capta o espírito ambíguo do thriller. Escorada em reviravoltas nem sempre verossímeis, a fita guarda para os últimos minutos uma afiada observação sobre o lado doentio do casamento. Direção: David Fincher (Gone Girl, EUA, 2014, 149min). 16 anos. Estreou em 2/10/2014.
+ Confira todos os filmes em cartaz na cidade
5 – Conhecer o Bento, novo bar de cervejas artesanais da Tijuca
A vizinhança é animada. Casas como Buxixo Choperia e Rota 66 oferecem a seus clientes hectolitros de chope Brahma e pagode. No entanto, outro perfil boêmio vem ganhando força na Praça Varnhagen. Cervejas artesanais e repertório musical que não atrapalha a conversa são as armas da pequenina Hopfen, aberta no ano passado, e do Bento, inaugurado no começo de setembro. No ponto mais novo, há mesas sobre o deque da varanda coberta e no pequeno salão, onde sobressai uma espécie de arquibancada, de frente para a TV, preparada para abrigar o público em dia de jogo. Um quadro-negro anuncia as degustações promovidas às terças, sob o comando do beer sommelier Hugo Ruffo, e a cervejaria visitante — que, se cair no gosto dos bebedores, ganha lugar no cardápio. No último dia 26, a candidata foi a leve e agradável IPA Refrescadô de Safadeza (R$ 24,00; 330 mililitros), da fábrica paulista Urbana. Na carta de geladas já se encontram 85 rótulos. A double IPA Heelch O’Hops (R$ 30,00; 355 mililitros), da americana Anderson Valley, é imperdível para os fãs do lúpulo. Na enxuta lista de tira-gostos há queijos e frios, que podem ser pedidos na tábua mista (R$ 45,00), e carpaccio de carne ao pesto (R$ 20,00).
+ Veja mais bares em diversas regiões da cidade