Ascânio MMM na Casa Roberto Marinho e mais 7 novas exposições no Rio
Mostra dedicada ao colecionador Luiz Buarque de Hollanda e nova individual de Lucas Finonho estão entre as que abrem nesta semana
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Com curadoria de Armando Mattos, a exposição reúne os trabalhos inéditos dos participantes da última residência artística da Bienal Anual de Búzios (Bab) e peças do acervo da Bab, com um total de 25 obras. Pela primeira vez em 15 anos, o evento apresenta o resultado de sua experiência fora de seu espaço. Há trabalhos de nomes como Anna Bella Geiger, Panmela Castro, Laura Lima, Opavivará!, Marcos Bonisson, Luciano Bogado e Brígida Baltar (1959-2022), que integram o acervo.
Queerioca. Travessa do Comércio, 16, Centro. Abertura: Sáb. (14), 17h. Visitação: Qua. e qui., 16h/0h. Sex., 16h/2h. Sáb., 11h/2h. Grátis. De 14 de dezembro a março.
Das Lagoas ao Imaginário Popular
A mostra homenageia a colecionadora e artista plástica Tania de Maya Pedrosa. Aos 90 anos, ela é referência na pintura naïf e na preservação e valorização das tradições artísticas e culturais de Alagoas. São cerca de 250 obras representativas do artesanato típico de regiões do Rio São Francisco, como Ilha do Ferro, Lagoa da Canoa e Capela. Além das peças da coleção de artesanato de Tania e de suas pinturas, também estão expostas criações em entalhe em madeira, cerâmica e bordado filé do acervo do Crab.
Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (Crab). Praça Tiradentes, 69/71, Centro. Ter. a sáb., 10h/17h. Grátis (mediante apresentação de documento com foto). Até início de março.
Geometria Inquieta
Com curadoria de Lauro Cavalcanti, a mostra homenageia os 60 anos de carreira de Ascânio MMM, um dos principais nomes do construtivismo brasileiro. A exposição reúne cerca de 100 obras do artista, conhecido por suas esculturas geométricas que exploram tridimensionalidade e interação com luz e sombra, incluindo uma seleção do acervo pessoal do escultor em diálogo com peças da Coleção Roberto Marinho. A exibição é dividida em seções: Diálogo com Influências, com trabalhos de nomes como Lygia Clark, Amilcar de Castro e Franz Weissmann; Processo Criativo, que reproduz o ateliê do artista; Interação e Ludicidade, com esculturas projetadas para interação com o público; e Exploração dos Materiais, que destaca a evolução técnica de Ascânio.
Rua Cosme Velho, 1105. Abertura: Sáb. (14), 12h. Visitação: Ter. a dom., 12h/18h (última entrada às 17h15). R$ 5,00 a R$ 10,00. Grátis às quartas. Aos domingos, ingresso família para até quatro pessoas por R$ 10,00. De 14 dezembro a 30 de março.
Mato-à-Mata
A primeira individual de Willy Chung explora as conexões entre o humano e a natureza por meio de pinturas, esculturas e instalações, tendo como inspirações os princípios das filosofias orientais e das práticas meditativas. Em suas obras, o humano e o vegetal, o mineral e o animal coexistem sem hierarquias. Com curadoria de Fabricio Faccio, a mostra convida o público a olhar para a natureza e entendê-la como espelho, reconhecendo-se como parte indivisível do mundo.
Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Ter. a sáb., 12h/19h. Grátis. Até 15 de janeiro.
Um Olhar Afetivo Para a Arte Brasileira: Luiz Buarque de Hollanda
A exposição, que conta com curadoria de Felipe Scovino e expografia de Daniela Thomas, é dedicada a Luiz Buarque de Hollanda (1939-1999), que, ao longo de trinta anos, foi um nome central do colecionismo no Brasil, além de pioneiro na colaboração com projetos de artistas que se tornariam fundamentais para a história da arte brasileira. Entre eles, Carlos Vergara, Carlos Zilio, Cildo Meireles, Debret, Iberê Camargo, Iole de Freitas e J. Carlos. O advogado e colecionador criou, com o sócio Paulo Bittencourt (1944-1996), a Galeria Luiz Buarque de Hollanda & Paulo Bittencourt, com atuação entre 1973 e 1978. A mostra traz cerca de 150 obras de artistas presentes na coleção e nas exposições promovidas pela galeria.
Flexa. Rua Dias Ferreira, 214, Leblon. Seg. a sex, 10h/19h. Sáb., 13h/18h. Grátis. De 14 de dezembro a 15 de março.
Onde Tem Água é Tudo Feliz
A mostra conta com onze telas de Daniel Otalora, artista basco radicado há vinte anos no Rio. São trabalhos recentes nos quais se destacam os contrastes cromáticos e que exploram temas como o universo dos espectros, do equilíbrio gravitacional e da energia cósmica. O artista estará presente durante toda a duração da exposição.
Parque Glória Maria. Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa. Sáb. (14) e dom. (15), 9h/18h. Grátis.
Ruínas
A nova exposição individual Lucas Finonho, nome em ascensão no cenário das artes visuais, parte da obra homônima, inspirada em uma música da compositora Aureah Lima que aborda as ruínas como reinício. Com curadoria de Shannon Botelho, a mostra aborda temas como resiliência, esperança, perseverança e reconstrução diante das adversidades. Pedras policromadas, telas pintadas, assemblages e um ambiente instalativo compõem o conjunto de trabalhos.
Ateliê 31. Rua México, 31, sala 1003, Centro. Abertura: Sex. (13), 16h. Visitação: Ter. a sex., 13h/18h. Grátis. De 13 de dezembro a 31 de janeiro.
Zimar
A mostra itinerante do Centro Cultural Vale Maranhão apresenta 65 obras de Eusimar Meireles Gomes, o Zimar, artista nascido em Matinha (MA). São representações do cazumba, um dos personagens mais emblemáticos do Bumba Meu Boi do Maranhão. Capacete, cano de PVC, pára-lamas de moto, panelas de alumínio, peças de ventilador, escovas de dentes, pneus de bicicletas são alguns dos artefatos usados pelo artesão na criação das caretas da figura. A exposição conta ainda com um documentário curta-metragem inédito, dirigido pelo cineasta Beto Matuck especialmente para a mostra.
Museu de Arte do Rio (MAR). Praça Mauá, 5, Centro. Ter. a dom., 11h/18h (última entrada às 17h). R$ 10,00 a R$ 20,00. Grátis às terças. Ingressos pelo Inti. Até 7 de abril.