Mal terminou a temporada de O Espectador, com todas as noites esgotadas, Andrea Beltrão volta ao palco do Teatro Poeira com o monólogo Antígona, pelo qual ganhou o prêmio APCA de melhor atriz em 2017. A tragédia grega, escrita por Sófocles há 2.500 anos e traduzida por Millôr Fernandes, tem dramaturgia assinada a quatro mãos pela atriz e por Amir Haddad, que dirige o espetáculo.
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Andréa enfrentou o desafio de encenar sozinha um texto que possui mais de dez personagens. Uma espécie de árvore genalógica fixada no fundo do espaço cênico ajuda o público a localizar cada um na história. Peças de roupa e mudanças na impostação de voz ajudam a atriz a dar forma a cada uma dessas pessoas.
Filha do incesto de Édipo e Jocasta, que eram mãe e filho, Antígona contraria a ordem oficial do rei de Tebas, Creonte (seu tio), de deixar seu irmão Polinice sem sepultura. Ele, que era o primogênito, havia iniciado uma guerra para disputar o trono com seu irmão, Etéocles, que terminou com um duelo em que os dois morreram. Etéocles é considerado herói por Creonte e Polinice, traidor.
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Na semana do Dia Internacional da Mulher, Andréa Beltrão volta a encarnar uma mulher insubmissa, que pagou com a própria vida ao contrariar o sistema. Por buscar garantir ao irmão um fim digno, enterrando-o, ela acaba pagando com sua própria vida.
Teatro Poeira. Rua São João Batista,104, Botafogo. Qui. a sáb., 21h. Dom., 19h. R$ 30,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla.
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