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Gamboa ganha Laboratório Aberto de Arqueologia Urbana

Local terá exposição permanente aberta ao público e será espaço para arqueólogos realizarem análise e catalogação dos objetos encontrados na Região Portuária

Por Da Redação
Atualizado em 2 jun 2017, 13h00 - Publicado em 21 set 2014, 15h48

Cariocas e turistas terão a oportunidade de conhecer um pouco do trabalho de arqueologia realizado no processo de revitalização da Zona Portuária, além de poder ver as peças já resgatadas nas escavações. Um dos Galpões da Gamboa irá abrigar o Laboratório Aberto de Arqueologia Urbana, que reunirá os objetos encontrados durante as obras e realizará uma exposição permanente dos principais achados. O local também será um espaço de estudo, aberto ao público em geral e, principalmente, aos profissionais de arqueologia, que poderão realizar análises mais detalhadas de todo o acervo encontrado.

“Este espaço será um laboratório acessível à população e para quem quiser conhecer um pouco mais desta história que foi redescoberta. Daremos a oportunidade para que todos possam conhecer o trabalho de arqueologia na prática”, informa Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) e responsável pela iniciativa.

Até o fim do ano, a prefeitura contratará uma equipe de profissionais de arqueologia para concluir o trabalho de catalogação dos objetos encontrados na primeira etapa das obras do Porto Maravilha. Entre as diversas peças encontradas, destaca-se a Pedra Fundamental da Docas Pedro II, datada de 15 de setembro de 1871. Além dela, também foram achados canhões, partes de navios, peças de louças, talheres, botões, dedais e até uma âncora. Também foram localizados objetos utilizados em cultos religiosos ou itens usados por escravos para proteção do corpo, como pedras, miçangas e piaçava.

Também foi encontrada a Pedra Fundamental da Docas Pedro II, datada de 15 de setembro de 1871
Também foi encontrada a Pedra Fundamental da Docas Pedro II, datada de 15 de setembro de 1871 ()

Estes profissionais atuarão durante um ano no laboratório experimental no Galpão, que ocupa uma área de 3,5 mil m² na área portuária da cidade. A perspectiva é que, até o fim de 2015, o local já esteja funcionando de forma plena. Além do laboratório e da exposição permanente, o IRPH estuda fazer no local um auditório multiuso onde poderão ser realizados eventos e palestras que envolvam o tema patrimônio. Todo o trabalho está sendo acompanhado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).

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Um trabalho de análise minucioso é feito em todas as peças resgatadas durante a obra
Um trabalho de análise minucioso é feito em todas as peças resgatadas durante a obra ()

“A Região Portuária está em constante revitalização. É muito provável que novos achados surjam com o decorrer do tempo. E o laboratório servirá justamente para abrigar todo este material. Será um espaço de estudo e conhecimento, tanto para os arqueólogos quanto para os cariocas”, explica Fajardo.

Entre os achados arqueológicos da Zona Portuária, pedaços de louça e de objetos de porcelana portuguesa
Entre os achados arqueológicos da Zona Portuária, pedaços de louça e de objetos de porcelana portuguesa ()

As obras de restauração da Região Portuária começaram em 2009. Durante a primeira fase de revitalização, foi redescoberto o Cais do Valongo, local por onde mais de 500 mil africanos escravizados chegaram ao Brasil. Hoje, o sítio arqueológico do Cais do Valongo está exposto como memorial aberto à visitação pública. Desde então, a região continua no processo constante de revitalização de uma área de 5 milhões de m2, operacionalizada por meio de uma Parceria Pública Privada que investe cerca de R$ 8 bilhões no local.

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